ANSIEDADES - PARTE 1.

Na ocasião em que voltaram para o acampamento, Sarati não perdeu a oportunidade de sentar-se na ponta da carroça para observar as estrelas. Nem percebeu que, ao longe, um belo rapaz, com o coração disparado, não conseguia tirar os olhos dela. Ali se achegou para perto da filha, e o âmago daquela mãe igualmente pesava, todavia não poderia ir contra a decisão de Ané.

— Pensativa, Sarati? — Questionou Ali, sentando-se ao lado da filha.

— Desculpe se fui rude aquela hora, mamãe. Não quiser ser grossa, mas não retiro o que eu disse.

Ali só apertou a mão da filha.

— Desde aquela noite, nunca mais tivemos um céu estrelado. Por quê?

— Determinadas perguntas não têm resposta, Sarati, e é melhor não serem ditas em voz alta.

— A sensação que tenho é de que algo muito maior surgirá, e uma estrela nascerá. Lembro que eu disse essas mesmas palavras quando eu tinha oito anos.

— Sarati, antes de sonhar com estrelas, e acabar sendo presa, se continuar com esse assunto, preciso lhe falar. Você me conhe
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