Eleanor permaneceu ali no chão do quarto, com suas roupas manchadas pelo sangue de seu herdeiro. As horas se passaram ela por sua vez não notou os primeiros raios de sol que emergiram pelo quarto.Uma mão sutil pousou sobre seus ombro esquerdo, fazendo uma leve pressão para atrair a atenção da mesma. — Querida ? — a voz suave de Mattheo emergiu em meio ao silêncio do quarto. — Ele não podia ter feito isso. — a voz de Eleanor soou, pela primeira vez em horas, havia um misto de rancor, raiva, ódio e tudo de ruim que se poderia imaginar em meio aquela palavras. — Você não irá interferir Mattheo, Lorenzo irá me pagar por toda a dor que me causou. Quero que todos saibam oque acontece quando se brinca com Eleanor Santoro. — ela diz com frieza, frieza, foi isso que Mattheo encontrou ao olhar em seus olhos azuis. — Como você quiser querida. — Ele diz serenamente, abaixando ao lado dela e pegando o pequeno corpo de seu filho em seus braços. — Meu filho, sua morte será vingada. — ele diz com
As imponentes cortinas que adornavam o centro do salão foram abruptamente ao chão, revelando Lorenzo Mancini pendurado nu, preso ao teto por grossas cordas. O silêncio pesado se instalou no ambiente, quebrado apenas pelo som surdo do tecido ao tocar o chão e pelos murmúrios nervosos dos convidados.Os presentes se encontravam atônitos, incapazes de processar completamente o que testemunhavam, enquanto as palavras de Eleanor ecoavam em suas mentes, evocando uma mistura sombria de fascínio e horror. Era uma noite em que as máscaras caíam, revelando os segredos mais profundos e as motivações mais sinistras, e seus convidados não poderiam imaginar o que ainda estava por vir após aquela demonstração de poder da parte de Eleanor.Os olhos de Lorenzo se abriram repentinamente devido a forte luz que adornava o salão. O espanto em sua face foi nítido ao notar seu estado e percebe que estava cercado por todos ou ao menos os principais membros da organização. Gritos, ordens e chingamentos ecoara
Milão [ITÁLIA] 11 de Dezembro, 09:37 A.M. "Viena." 🎭 Assim como em um jogo de xadrez, quando um movimento errado do jogador em si pode por tudo a perder, assim também é a vida, alianças se formam e são quebradas a todo momento, há momentos em que nossos aliados se tornam nossos inimigos e nossos inimigos se tornam nossos aliados, tudo não passa de um jogo, por espaço, ganância, poder. E posso afirmar com toda a certeza que tenho em meu íntimo que as coisas não iriam mudar tão facilmente, a semana se seguiu em meio a altos e baixos e as palavras de minha avó ainda ecoavam em minha mente. Diego ainda estava desaparecido, Evan estava desaparecido, meus homens haviam sido atacados em uma emboscada ontem pela manhã. Eleanor estava com sangue nos olhos, nunca a havia visto daquela forma. O desejo de vingança estampado em sua face, ela sabia de algo, mas simplesmente preferia resolver de sua maneira ao me contar, não havia como ser Hector, na verdade havia alguém maior por trás
Viena °°°°°°° Desisto de ler a matéria, entregando o tablet para Gaspar, foco meus olhos no horizonte novamente porém não posso deixar de perceber a preocupação que paira sobre Gaspar. — Não deixe que se aproximem da propriedade — digo olhando em seus olhos e posso notar sua preocupação. — Não deixarei que cheguem até você. — Você não é o super-homem, Gaspar, não prometa algo que não poderá cumprir... — Eu prometo aquilo que pretendo cumprir, Viena, é algo totalmente diferente — ele dá um breve sorriso, me fazendo rir também. — Vá para casa e fique com sua família, proteja-os. Não quero jogar com a sorte e não aguentaria se algo acontecesse a um deles. — Elas não estão na cidade, minha mãe precisou ir até San Gimignano para cuidar de minha tia e Isabela está junto a ela — ele diz calmamente, focando seus olhos ao longe. — Não minta para mim, Gaspar — digo calmamente, ainda o observando enquanto ele ainda observa algo no horizonte. — Você é terrível, Viena — ele b
A vida é como um jogo de azar, onde quanto mais você ganha, mais você quer arriscar. Os limites se diluem, as apostas se tornam audaciosas e, quando percebe, a sede pelo poder domina você a ponto de arriscar o que há de mais valioso, tudo por mais uma chance, por uma nova tentativa.Eu, Viena Santoro, herdeira de Eleanor Santoro, uma das mulheres mais implacáveis e calculistas da Itália, posso afirmar com convicção que absorvi os ensinamentos de minha avó. Com o tempo, desenvolvi meus próprios truques, mas o caminho até aqui não foi fácil.Antes de ser acolhida por Eleanor, vivenciei uma série de situações, a maioria causada por mim mesma. Aos seis anos, testemunhei uma briga violenta entre meus pais. Eliza, minha mãe, atirou em meu pai a queima-roupa, alimentada por suspeitas de traição.Um ano depois, meu pai foi fatalmente baleado por ela em outra discussão acalorada. Após a tragédia, fui enviada para viver com a irmã mais nova de minha mãe, uma mulher amarga e promíscua. Em meio a
Viena Santoro. 🎭 Sinceramente, a vida adulta pode ser um labirinto de decisões complexas e armadilhas inesperadas. É como se estivéssemos constantemente sob o fogo cruzado dos problemas alheios, enquanto tentamos desesperadamente resolver nossas próprias batalhas pessoais.Ser a neta de Eleanor Santoro, a poderosa matriarca do império Santoro, certamente tem seus privilégios. Meu sobrenome abre portas e garante um certo nível de respeito e autoridade. No entanto, os fardos que acompanham esse legado são sufocantes, eclipsando em muito qualquer vantagem que possa oferecer.Imagine minha surpresa quando, eu, Viena santoro, uma mulher independe, fria e calculista, que não tem o costume de tomar decisões por impulso, em uma noite qualquer, após um exaustivo dia de reuniões intermináveis e disputas acaloradas, dormi solteira ao acordar me vi repentinamente casada com o neto do homem que minha avó mais odiava na face da terra. Para contexto da história, eu havia dispersado Gaspar aq
Dias atuais. Milão [ ITÁLIA]28 de novembro. 09h37 A.MViena. ~¤~Ao descer as escadas, posso ouvir ao longe as vozes vindas da cozinha. E a julgar pelo tom irritado da voz feminina, posso afirmar que Eleanor não estava em seu melhor humor esta manhã. Não é algo com o qual eu precise me preocupar; certamente um de seus homens fez algo que a deixou um tanto irritada.O som dos meus saltos contra o piso de porcelanato ecoava ao longe. Ao me aproximar da sala de jantar, percebo que o tom de voz de Eleanor estava elevado. Ela estava realmente estressada esta manhã e sinceramente, mal posso esperar para descobrir o que aconteceu.Ignoro a sala de jantar, seguindo diretamente para a cozinha onde encontro Cecília, a cozinheira da casa que preparava o café da manhã.— Bom dia, menina. — Ela diz ao notar minha presença, esboçando um grande sorriso enquanto prepara algo no fogão, cujo cheiro estava divino.— Bom dia, Cecília. Pelo visto, Eleanor não está no melhor dos humores esta manhã. — d
Milão [ ITÁLIA]29 de novembro, 10h37m A.M Narradora. 🎭 O homem de cabelos desgrenhados, com olhos castanhos esverdeados e pupilas dilatadas, percorria o pequeno banheiro do terceiro andar de um prédio antigo. Sua expressão denotava nervosismo, consciente de que não poderia falhar, apesar de ter se envolvido naquela situação por vontade própria. Passou as mãos pelos cabelos emaranhados, questionando-se mentalmente sobre sua própria sanidade ao se imiscuir naquele jogo doentio.O som do celular quebrou o silêncio do ambiente, fazendo-o dar um pulo. Respirou fundo antes de atender, sentindo calafrios percorrerem sua espinha ao reconhecer a voz do outro lado da linha.— Pensei que você fosse eficaz nisso tudo, mas começo a duvidar. — disse a voz feminina, carregada de sombras. — Um conselho, prove-me errada ou perderá mais do que imagina.— Não falharei. — respondeu ele com convicção, tentando ocultar seu estado emocional por trás das palavras.— É melhor que não falhe. Você sabe o q