— E você, o que veio fazer aqui? Se ela disse que não quer mais, e que vai voltar para o Ronny, então você vai aceitar isso. — Eu estou grávida - Contou de uma vez e novamente o pai se voltou a Clarisse, no entanto, um pouco mais tonto e completamente, desorientado — É do Ronny. Antes que você grite e se exalte, estou grávida do Ronny, ele sabe disso e prometeu cuidar de mim e do nosso filho, mas eu tenho que ir embora com ele. — E eu não vou aceitar isso - Vicent falou pela primeira vez na presença de policial que sequer o olhou — Eu gosto da Clarisse, eu a amo. Estou disposto a cuidar dela, a cuidar do meu neto, do meu filho, eu caso se ela quiser. — Você não vai mais se aproximar da minha filha - Avisou, embora não tenha o olhando, seu olhar estava fixado demais na garota para desviar — Você não é um CEO importante que precisa de empresário e ter uma boa postura e imagem - Continuava a olhar para Clarisse como se esperasse alguma ajud
— Grávida? - A mãe ergueu rapidamente ficando de pé, encarou sua única filha com lágrima nos olhos. — Ah meu Deus! - Se aproximou da garota que não mantinha nenhuma expressão de infelicidade. — Que lindo isso. Abraçou Clarisse com tanto carinho e amor. Os olhos apertados de felicidade apenas em saber que logo, logo seria avó. — O Ronny está muito feliz - O pai murmurou mais atrás chamando atenção das mulheres. Ainda não tinham conversado sobre o assunto com Ronny, mas sabia que em breve um jantar aconteceria para que tudo fosse colocado em pratos limpos. — Acredito que esteja. Lembra quando descobrimos que eu estava grávida? Comemoramos por dias apenas eu e você em um hotel chique e bonito para casais - Deu um breve selinho no esposo voltando a Clarisse — e aquele homem que não gosta de você? Como reagiu? - Clarisse desviou o olhar cruzando os braços. Seu pai a fez prometer que aquela situação ficaria apenas entre os dois. Segredos entre
— Grávida? - A mãe perguntou rapidamente mal dando tempo do marido terminar a historia. Olhou para Ronny depois para Clarisse que mostrava um sorriso gentil, mas pronta para chorar se ela viesse para cima pronta para acabar com tudo. Sabia que sua mãe seria incapaz de lhe maltratar ou julgá-la, mas no momento, estava lidando com tanta coisa que não queria outra briga por conta de tudo que estava acontecendo. E se tivesse mais algum comentário certamente contaria toda a história, e não apenas uma parte — Ah meu Deus! Eu vou ser avó - Declarou animadamente indo até sua filha e lhe abraçou. Podia-se ver que ao menos com a notícia da gravidez sua mãe não ficara amargurada ou triste, queria saber agora o que ela acharia quando soubesse que iria embora em breve. — Minha filha, você vai entender a partir de agora as maravilhas de ser mãe de uma menina linda, porque tenho certeza que vai ser uma garota. — Eu acho que vindo com saúde já vai ser bem amada, nã
Os óculos escuros escondiam os olhos verdes que seguiam com atenção até o elevador. O cabelo longo jogando para trás cobrindo as costas nuas da camisa de seda junto a calça lhe passava a aparência de uma mulher mais velha, elegante e destemida.Respirou profundamente quando as portas do elevador se abriram e agradeceu aos céus ao notar que não havia ninguém, assim, poderia seguir direto para o último andar, onde a cobertura lhe esperava com tudo que tinha direito e um homem lhe que amava.Sorriu ao retirar os óculos, nem podia acreditar que estava mesmo ali, os últimos meses haviam sido difíceis, e todos a partir dali seriam também, mas ela poderia agora manter sua cabeça no lugar, né?Quando voltou a caminhar estava no corredor dando acesso a porta da cobertura, o apartamento mais lindo que já entrou e possivelmente iria viver em toda sua vida. Deixou suas coisas pelo caminho enquanto buscava por aquele homem, aquele que fazia suas noites quentes e os dias tão sem graça que não conse
6 meses antes…A torcida naquelas arquibancadas gritava como se fosse a final de um jogo mundial. Bandeiras, líderes de torcida, jogadores a flor da pele. Os campeonatos de futebol entre faculdades eram disputados até o último suor cair. O fim de ano era marcado pela rivalidade e disputa acirrada, e naquele ano o time de Ronny Tornneght ganhou com maestria, seu time havia treinado, se fortalecido e levado a melhor. Dentro do campo, Ronny não se via como o herdeiro de um grupo de empresas famoso e milionário, mas como um garoto normal tentando ganhar sua própria fama, e não havia coisa melhor que ser aclamado por seus esforços. Seu time, sua faculdade… e finalmente sua namorada.— Você foi incrível – Ela o abraçou fortemente, o suor não lhe incomodava quantas vezes já o tocou assim. As pessoas ao redor também não iriam lhe impedir de beijá-lo.— Todos os gols foram para você. Eu te amo. – De todas as formas, ela quem o incentivou para sua glória. Gritos de vitória cercaram o casal.
O silêncio no carro estava incomodando, mas tudo que ele tinha para falar não poderia dizer. Olhava de relance para o homem do outro lado do banco inerte a suas encaradas, concentrado em seu Tablet e no trabalho.Olhou o celular recebendo outra mensagem de sua namorada e nem precisava abrir para saber que era outro xingamento em direção ao seu pai para incrementar os textos anteriores também xingando o homem.— Para com isso – Pediu o mais novo, mas não ganhou a atenção — Para de tratar ela assim. Eu a amo.— Na adolescência ninguém ama ninguém.— Você amou a minha mãe.— E ela está com outro homem agora em algum lugar da Suíça com uma pensão gorda com meu nome no final de todo cheque.— Ah, então você acha que é isso que a Clarisse quer de mim? Me dar um filho e depois abandonar ele com o pai pedir o divórcio e se casar com outro? Vicent o olhou dessa vez. — Ela não me trocaria por outro. Ela me ama. Me ama. Não compare ela com a minha mãe.— Ah… Ela te ama? Ama mesmo? Então para s
O choque em seus olhos era notório. Não tinha se recuperado da surpresa de ver aquele homem ali, e logo recebeu outra ainda mais forte.O que tinha que fazer, sorrir?O que Vicent queria? Oferecer dinheiro para que ela fosse embora como nos doramas? Lhe ameaçar jogando toda sua família na rua da amargura até se mudarem para longe como nos livros de romance?Voltou a respirar sem nem mesmo notar que havia prendido a respiração. Encarar aquele homem parecia no momento um desafio grande. Sabia que ele não gostava de sua presença, mas seu olhar… O olhar de desejo que sentia vir dele era promíscuo, não parecia ser real ao mesmo tempo que lhe dava curiosidade. — Um café… Com você? – Gaguejou pelo menos duas vezes antes de seus pensamentos se formarem naquela pergunta engraçada. — Quer que eu tome café com você?— Podemos conversar em um lugar melhor. Gostaria de fazer um pedido. – Ele foi cordial, muito educado até para sua pessoa. Evitou olhá-la de verdade ainda que estivesse lhe observan
Os olhos arregalados de Clarisse assistiram atentamente quando o homem atravessou a porta e saiu sem nem mesmo olhar para trás. Desviou para as notas em cima da mesa, os doces que pediu até sua mão que foi baixando aos poucos até chegar à mesa.Porque ele iria elogiá-la? Seria um truque ruim para que fosse a festa depois do convite? Porque embora fosse importante para Ronny, não seria o lugar que gostaria de estar na noite de Natal.Também não terminou de comer ou tomar seu café. Pescou o convite na mesa e saiu pegando o primeiro táxi que lhe apareceu. Sua mente confusa a levou até a casa de sua melhor amiga a poucos metros da sua.Tocou a campainha insistentemente até finalmente a porta ser aberta revelando a garota do lado de dentro. A expressão de ódio é felicidade ao mesmo tempo, Clarisse entrou mesmo assim.— Sei que somos amigas, mas me interromper no meio do meu sono de beleza é complicado. – Praguejou fechando a porta.— Já são quase seis da tarde, por favor. - Achou graça — V