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            Capítulo 2- Dia de incerteza.

Fiquei sem o que responder a minha amiga. Perdida em meus devaneios, nos despedimos. E eu fui para o meu apartamento modesto. Grace ficou de me ligar no dia seguinte. Comecei a pensar na tal festa e no lugar sinistro em que eu ia me meter, talvez fosse só paranóia minha e talvez eu fosse realmente me divertir. 

Mas a energia daquele castelo iria me afetar de alguma forma e se depender do tipo de gente que irá frequentar a festa? Bem, poderia melhorar ou piorar o clima e a atmosfera do Castelo de Breanstone.

Amanhã seria sexta-feira 13. Maravilha! Bem propício para uma festa em um lugar sombrio nessa data considerada azarenta por muitos, mas eu não era muito supersticiosa com essas coisas para mim era só mais um número e só mais um dia nada que eu poderia me preocupar. Antes de dormir preparei meu café e fui para a varanda do prédio onde vivo no décimo segundo andar.

Às 23h12 da noite o frio estava mais intenso, coloquei minha touca de veludo e apreciei a paisagem, naquele andar eu poderia ver quase toda a cidade de Greensvil, menos o Castelo, que ficava atrás do prédio em um campo afastado de tudo.

Pensei em como seria o dia amanhã após o trabalho e de qual roupa eu iria usar, pensei em ir com o mais simples possível, não gostaria de chamar atenção naquele lugar. Eu poderia simplesmente não ir, mas como eu morava sozinha e meus pais moravam em uma vila um pouco afastada das redondezas eu me sentia solitária, e a única amizade que eu tinha era de Grace. 

Ela sempre foi sociável, sempre fez amizades fáceis, já eu nem tanto eu sempre fui centrada no trabalho. Não tinha tempo para me socializar, hoje em dia até me sobra, mas atualmente com 22 anos eu já não me importo mais com essas coisas.

A única coisa que eu pensava era em viajar e conhecer outro País, essa era minha aventura. Após tomar meu café e pensar muito resolvi que iria a essa tal festa que em circunstâncias misteriosas, Grace, havia conseguido o convite, agora como? Eu não sabia, mas eu iria prensar Grace contra a parede para confessar, com certeza eu iria.

Grace não iria escapar das minhas perguntas, eu poderia até ter sido uma detetive se eu tivesse coragem de enfrentar o perigo, coisa que eu nesta atual existência jamais enfrentaria. Sei dos perigos das ruas e do mundo atualmente, os jornais não mentem. Mas me recuso acreditar na existência de mitos, os chamados "vampiros" que sugam o sangue de suas vítimas fatais. Isso nunca me enganou.

Como já dito, são mitos de contos sobrenaturais e afins. Até que se prove o contrário jamais irei acreditar. Meu celular toca me dispersando dos pensamentos, na tela vejo que é mamis.

     — Diga Mãe. Qual a fofoca de hoje?— pergunto das novidades.

     — Mas o quê é isso menina? E eu lá sou de contar fofoca? Sua prima Kely chega em breve por aqui espero sua visita meu amor! — Mamis diz com humor.

     — Viu? Fofoca. Me ligue quando ela chegar mamis quero noticias do Brasil! — falo por fim.

     — Ligo sim querida. E como você está? Essa cidade anda muito perigosa, vejo o noticiário. — pergunta mamis preocupada.

     — Mitos sobre vampiros mamis, não acredite nessas notícias fantasiosas, ok?! — digo revirando os olhos.

     — Mesmo assim tome cuidado! — diz por fim mamis.

Após finalizar a nossa conversa, resolvi me deitar, amanhã seria mais um dia no consultório e eu estava empolgada para que chegasse sexta. Mesmo com todos meus pressentimentos negativos eu estaria lá. Estava realmente pensando que Grace teria razão em questão a diversão.