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Capitulo 6 - Tour pelo Castelo.

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              Capítulo 6- Tour pelo Castelo.

Ao olhar ao redor vi que era outro salão muito parecido com o que acabamos de sair. Só que sem a multidão e sem o balcão do bar. Tinha uma escadaria no mesmo sentido da principal, olhei as paredes e parecia ter os mesmos quadros, com uma única diferença, tinha uma armadura medieval em pé encostada em meio aos quadros com um enorme machado bem polido. Eu espero que esteja bem preso, aquilo poderia matar alguém.

 Olhei para cima no final da escadaria e estava bastante escuro, não sei se em cima eram quartos ou outro salão ao contrário da outra sala que tem duas pequenas janelas e uma luminária de teto enorme. Aqui já era tudo fechado com candelabros nas paredes dando uma iluminada fraca.

 Olhei para os quadros novamente, e um quadro em especial me gelou a espinha, era o mesmo quadro das duas meninas de mãos dadas só que estavam de frente com feições melancólicas e os olhos delas eram muito pretos. Aquilo me fez ficar com medo e confusa.

        — Esse quadro Grace veja. É o mesmo da entrada principal, só que aqui está diferente! — observo a Grace.

        — Nem notei, horrível, tremendo mau gosto arhg! — Grace dá de ombros.

        — Não sei, mas penso que esses quadros estranhos dizem muito sobre o castelo.  — digo em afirmação..

        — Querida. Estou nem aí para essa decoração cafona, queria estar com o emozinho da outra sala! — diz Grace.

Ignoro o que Grace falava, ela já estava bêbada. Olhei em volta no salão e havia outra grande porta dupla de madeira. Fui apressada até lá dei um puxão na maçaneta, e nada, desgraçado fechou tudo. Pensei em ir até lá em cima poderia ter um terraço ou uma janela.

         — Grace você está com aquela lanterninha na sua bolsa? — pergunto a Grace.

         — Sempre Honey, mas para que? Está bem iluminado aqui! — Grace diz olhando dentro de sua bolsa de cor rosa.

         — A porta está fechada, vamos para o andar de cima vê se tem algum lugar para sair daqui! — digo ansiosa.

Subimos as escadas até o corredor era exatamente igual ao primeiro, estava muito escuro, a lanterna de Grace não estava ajudando muito. Foquei a luz ao fundo e vi um vulto passando rápido na frente da luz, estremeci, meu coração foi para a boca. Até sentir uma mão pegando meu ombro, dei um grito, era Grace me chamando a atenção.

         — Cacete! Que susto Grace poxa!

         — Você está muita tensa, relaxe um pouco e olha para sua esquerda, tem um clarão no final desse corredor. Pode ser uma janela. — observa Grace.

Havia mesmo um clarão, ainda assim era a melhor opção do que o corredor do vulto. Puxei Grace pelo braço seguindo o fiozinho de luz que a lanterna refletia até o clarão, chegando lá levei mais um susto, era um corredor cheio de caixões. Eu e Grace vemos aquilo com olhos arregalados sem acreditar no que estávamos vendo. Mais uma vez minha intuição negativa sobre o lugar havia se concretizado, o clarão na verdade eram luzes de néon azuis que iluminavam o corredor.

Nós não sabíamos se continuava até o final ou voltávamos até o salão principal. Meu pressentimento em voltar era nulo, o único jeito era continuar, deve haver algum lugar ao ar livre por aqui. Grace saiu andando na minha frente curiosa olhando os caixões.

        — Por quê será que esses caixões estão aqui? Será que é coleção do anfitrião? — pergunta Grace de olhos arregalados, curiosa.

        —  Eu não sei, é bem estranho. Não toque em nada, pode ter algum tipo de alarme. Chamar atenção é o que menos quero agora. — alerto Grace em receio de fazer algum ruído.

Ao andar pelo corredor dos caixões dei uma olhada para trás e vi novamente o vulto, pela forma parecia um homem dessa vez ele estava parado nos observando. Estremeci e gelei novamente, dei um empurrãozinho na Grace para andarmos mais rápido e sair logo dali. Finalmente depois de atravessar os caixões, encontramos um lance de escadas que dava a mais um andar em cima, poderia ser uma das torres, subimos e empurramos a portinhola que havia ali. Dei mais uma olhada para trás, mas não havia mais ninguém, ufa.

Como eu havia previsto era uma torre pequena, fui até o pequeno muro e dei uma olhada para baixo para ver se estava muito alto, observei e notei que não estava longe do telhado. O castelo de Breanstone não era um dos mais gigantescos, era modesto comparado a grandes muralhas de pedra que existiam ao sul de Londres, e como foi todo reformado, o telhado estava novinho, daria para pisar sem quebrar nada.

— Isso é loucura Zoe, se eu cair aqui, não irei poder fazer meus programas. Os clientes não vão querer trepar com uma p**a quebrada. — desabafa Grace.

        — E só me seguir Grace para de drama, está baixinho, tira esse salto alto e me segue! — me preparo para o salto.

Não discordo de ser loucura, mas voltar lá dentro eu não queria. Escalamos o pequeno muro até o telhado e caminhamos devagar até o final da grande Torre onde era mais íngreme, havia alguns fenos no chão, bem propício para aquele momento sendo que não vi nenhum cavalo pelas redondezas.

        — Grace vamos ter que pular! O feno vai amortecer nossa queda. — digo encorajando Grace.

        — Não acredito, é muita loucura. Olha me lembre de não convidá-la mais às festas! — revela Grace com as mãos balançando ao ar.

Deixei Grace reclamando e pulei, afundei direto no feno, realmente amorteceu a queda. Aquela altura que era mais ou menos uns 3 metros. Grace vendo que eu estava bem resolve pular, ela afunda, ao sair seu casaco felpudo não era mais o mesmo, tinha feno grudado nele inteiro, Grace começa a chorar. Literalmente.

        — Aaaah meu lindo casaco! Zoe, me lembre de te matar depois! — Grace reclama cuspindo feno.

Saímos correndo dali até a estrada. Grace pega o celular e liga para algum cliente vir nos buscar, olho o relógio e já eram 02h30. Olhei para trás direto para o castelo e não vi sinal do vulto preto, não sei, talvez era só uma alma penada. Estávamos já há alguns quilômetros de lá, dei mais uma olhada e percebi que as janelas do andar debaixo estavam com uma luz vermelha. Será que ia começar a festa de verdade? A porta ainda estava fechada, era um grande mistério.

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