Enry ainda estava tentando recuperar a compostura quando ouviu passos ecoando pelo corredor do castelo. Ele reconheceu imediatamente o som; Henrico estava se aproximando. O ar entre eles sempre parecia carregar um peso, mas desta vez, a atmosfera estava diferente. Enry se ergueu da parede, endireitando os ombros, e aguardou. Henrico apareceu na entrada da sala, seu olhar percorrendo Enry com uma mistura de respeito e cautela. Ele sabia que a viagem havia sido tensa, mas não tinha ideia do que se passava na mente do irmão. — Enry — Henrico começou, parando à porta por um momento antes de entrar completamente. — Como foram as coisas fora do castelo? Enry suspirou pesadamente, seu olhar fixo no chão por um instante, antes de encontrar os olhos de Henrico. — Conseguimos o que precisávamos. Está tudo sob controle por enquanto.- Henrico, com um olhar atento, se aproximou um pouco mais. — Sobre isso... — Henrico esfregou a nuca, sem jeito. — Eu queria me esculpar pela briga que tiv
Logo cedo, Danika acordou com uma sensação de desconforto, a confusão da noite anterior ainda pairando em sua mente. Ela se sentia perdida e ferida, sem entender por que Enry havia reagido daquela forma. Os sentimentos de desamparo e rejeição a envolviam, misturados com a perplexidade sobre o vínculo que deveria unir os dois. Ela precisava de clareza! Danika dirigiu-se à biblioteca, onde Markus a esperava para iniciar o treinamento. O mago estava rodeado de livros antigos e pergaminhos, criando um ambiente de aprendizado que, pelo menos por um momento, distraía Danika de suas preocupações. — Bom dia, Danika — disse Markus com um sorriso gentil. — Hoje começaremos com a teoria. Precisamos entender a fundo sua origem, a força do seu lobo e a magia que envolve sua linhagem. Depois, passaremos para a prática. Danika assentiu, tentando se concentrar no que Markus dizia. Eles se sentaram em uma mesa repleta de livros e papéis. Markus começou a explicar sobre as complexidades das linh
Enry e Danika chegaram ao restaurante, e logo a noite começou a se desenrolar de maneira inesperada. Enquanto se acomodavam em uma mesa elegante à luz de velas, uma garçonete se aproximou com um sorriso sugestivo e uma atitude desafiadora.— Boa noite, senhor — disse ela, com um olhar que não escondia seu interesse por Enry. — O que posso trazer para você esta noite? — perguntou ignorando a presença de Danika.Enry, percebendo a situação, lançou um olhar divertido para Danika, que estava claramente desconfortável. Danika tentou manter a compostura, mas seus olhos não podiam evitar seguir o olhar da garçonete.— Vamos começar com uma garrafa do melhor vinho da casa — disse Enry, ignorando a abordagem direta da garçonete. — E para a comida, deixe-nos decidir com calma.A garçonete, não desanimada, fez um gesto para se afastar, mas lançou um último olhar para Enry antes de ir embora.— Certamente, senhor. Estarei por aqui se precisar de algo mais.Danika, visivelmente irritada, cruzou os
Enry e Danika estavam imersos em uma conexão ardente, suas emoções e desejos se entrelaçando de maneira quase primal. Enquanto Enry a virava de costas para ele, contra a árvore, o contato de seus corpos se tornava cada vez mais intenso. Ele deslizou suas mãos ao longo de seu corpo, sentindo cada curva com um toque possessivo e carinhoso. Seus beijos no pescoço de Danika eram quentes e desesperados, cada toque de seus lábios provocando um arrepio em sua pele. Enry murmurava contra seu pescoço, seu desejo quase palpável enquanto suas respirações se misturavam com a chuva que caía suavemente. — Danika... — sussurrou Enry, sua voz carregada de desejo. — Eu quero sentir você mais perto. Danika gemeu, seu corpo respondendo ao toque urgente e carinhoso de Enry. O prazer estava crescendo, e seus gemidos se misturavam com o som da chuva, criando uma sinfonia de intensidade e entrega. Enry, com um olhar dominador, estava a ponto de levar a paixão ao próximo nível. Ele então baixou a rou
Enry olhou ao redor da cabana, respirando profundamente, sentindo-se mais leve ali do que em qualquer outro lugar. Ele se virou para Danika, os olhos brilhando de uma forma diferente — menos realeza, mais homem. — Este é o meu refúgio! — disse ele, com um tom de voz mais suave do que ela estava acostumada. — É aqui que venho quando preciso escapar... Das responsabilidades, das decisões difíceis... de ser o rei. — Ele fez uma pausa, como se a simples menção do peso do reinado fosse exaustiva. Danika olhou ao redor, absorvendo o ambiente simples, mas acolhedor. O calor da lareira, o som suave da chuva lá fora e o cheiro de terra criavam uma atmosfera aconchegante, quase mágica. Ela se aproximou de Enry, seus dedos roçando levemente os dele, em um gesto de conforto. — É lindo aqui — ela sussurrou, seus olhos azuis brilhando à luz da lareira. Enry deu um meio sorriso, um misto de vulnerabilidade e desejo transparecendo em seus olhos. Ele segurou o rosto de Danika em suas mãos gran
Enry olhou para Danika, percebendo o leve tremor em seu corpo após o intenso momento que compartilharam. Com uma preocupação genuína, ele perguntou: — Está com frio? Danika assentiu levemente, e antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, Enry a puxou pela mão e a conduziu até a cozinha. Lá, ele tirou a camisa, revelando o corpo musculoso, e colocou um avental. O contraste entre sua aparência selvagem e a cena doméstica fez Danika sorrir involuntariamente, achando a situação incrivelmente sexy. Ela se sentou no balcão, observando cada movimento dele enquanto mexia nas panelas, os músculos de suas costas e braços se contraindo a cada gesto. Não conseguia deixar de admirar o quão atraente ele era, não apenas como rei, mas como homem. — Vou preparar uma das minhas especialidades — ele disse, lançando um olhar divertido para Danika, que riu suavemente, encantada com a ideia de Enry cozinhando. — Isso parece interessante — respondeu ela, sorrindo. Enry revirou os olhos, fing
Ao amanhecer, Danika despertou com os primeiros raios de sol, sentindo o calor reconfortante do corpo de Enry ao seu lado. Seu olhar se prendeu à tranquilidade dele enquanto dormia, a linha de sua mandíbula forte, a respiração calma e o peito nu subindo e descendo lentamente. Ela ficou assim por um tempo, perdida em pensamentos, admirando sua beleza de forma silenciosa. Então, notou um pequeno sorriso no canto da boca de Enry. Franziu a testa, desconfiada, e, indignada, sussurrou: — Você estava acordado esse tempo todo? Enry abriu um sorriso mais largo, os olhos ainda fechados, e murmurou: — Gosto de ver você me admirando. Danika revirou os olhos, frustrada com a brincadeira dele. Antes que pudesse protestar, Enry abriu os olhos e, com um olhar cheio de intensidade, inclinou-se para beijá-la. Foi um beijo suave, mas cheio de significado, o tipo de gesto que falava mais do que qualquer palavra poderia. Quando ele se afastou, ainda com aquele sorriso de quem sabia que havia
Danika, ainda dentro do carro, começa a sentir algo estranho. Um incômodo, uma pressão crescente no fundo de sua mente, como se algo estivesse despertando. Ela não sabe o que é, mas pode sentir seu corpo reagindo, seus sentidos aguçando. Uma sensação de perigo iminente inunda seus sentidos. — Enry... — ela murmura, sem saber exatamente o que está acontecendo, mas sabendo que precisa avisá-lo. Enry lança-lhe um olhar rápido, captando sua inquietação, mas sem tempo para processar o que está acontecendo com ela. Sua paciência esgota-se. Em um movimento rápido e letal, ele avança contra o homem mais próximo, sua mão já esticada para atacá-lo. No entanto, antes que possa concluir o movimento, uma dor intensa atravessa suas costas. O impacto é brutal. Uma bala. Não qualquer bala, mas uma feita de prata, e o efeito é imediato. A dor o corrói por dentro, queimando como fogo. Ele cambaleia, os sons ao seu redor se tornando distantes, abafados por um zumbido ensurdecedor. Seus sentidos es