Alessandra Martins Concluir alguns trabalhos na parte da manhã, sendo mais produtiva do que nos últimos dias. Decidida a deixar todo o estresse de lado, queria uma noite divertida digna de uma sexta a noite. Karaokê! Faz um tempo que não vejo Caleb, por onde anda esse homem? Peguei meu celular em cima da mesa. — Srta. Martins… — Oi, Caleb! — Gritei bem animada. — Hoje à noite será de karaokê e não aceito um não como resposta. No começo Caleb sempre inventava uma desculpa para não, até me aceitar até a sua casa buscá-lo. Acredito que tenha ficado com medo que Sebastian descubra e no dia marcado estava lá 10 minutos antes do combinado. Bem, pelo menos ele foi. — Por que Alessandra está te ligando? — Escuto a voz nada gentil de Sebastian no fundo. — S-senhor… — Caleb, não é para… — O que você quer com ele?! — Revirei meus olhos ao ouvir a voz de Sebastian nitidamente. — Dá para você devolver o celular dele? É com o Caleb que estou querendo falar. Não seja rude e mal-educado, Seba
Sebastian D'AmorePeguei o papel em mãos, conferindo cada detalhe. Tudo tinha que sair perfeito e não aceitaria erros, dessa vez nenhum advogado sairia impune e o juiz de paz. Se me fizeram perder, perderá cinco vezes mais. Contendo um mau-humor que crescia dentro do meu peito, conforme as horas se passavam e o segurança que contratei para cuidar de Alessandra havia me confirmado que ela foi para aquele maldito bar de karaokê. Sabia que André estaria com ela e esse é um dos motivos para esse papel não ter erro algum.Alessandra me irrita com a sua teimosia! Agora precisa ser mais rápido do que deveria. Caleb está com eles, não que eu esteja tranquilo quanto a isso. Porém, era mais um par de olhos de minha confiança na Alessandra.— Não acho que seja certo… — Patrícia anda de um lado para o outro, nervosa. — Acho que você está indo ao extremo.— Não pedi a sua opinião.— Pare de ser escroto, Sebastian! — segura em meu braço e me puxa para ter atenção. — Se ela souber, não vai gostar.—
Alessandra Martins Levei a mão ao rosto, respirando fundo. Minha cabeça doía, a dor parecia não ter fim. Tentei mexer meu braço esquerdo, mas resmunguei de dor. Tem alguma coisa que está incomodando no meu braço. Abrir meus olhos lentamente por conta da luz do lugar onde estou, percebi haver uma agulha em mim. Seguindo o fio com o olhar vi o soro. O que está acontecendo?— Bom dia, bela adormecida. — Virei meu rosto em direção à voz. — Como está se sentindo?Patrícia tinha um sorriso contido em seu rosto, parecia estar realmente preocupada. Fiquei algumas vezes me acostumando com uma luz e pude olhar ao redor tendo certeza onde estava.— Patrícia… por que estou no hospital?Ela se aproximou mais da cama.— Você lembra do que aconteceu ontem?Olhei para um canto qualquer tentando forçar a minha mente a lembrar. — Sei que cheguei no bar, encontrei com alguns amigos… Caleb e André estavam lá. — Olhei para ela. — Bebemos, mas… não me lembro de mais nada. Patrícia, cadê o Sebastian?Sent
Alessandra MartinsNo apartamento, Patrícia já estava lá com uma mesa linda posta para o almoço. Sebastian que não estava nada feliz em ver a sua prima, não sei se foi a Patrícia que fez a comida, mas o show estava muito bom. Se for como o seu primo, ela com certeza contratou um chefe de cozinha.— O que você está fazendo aqui? — Sebastian coloca a minha bolsa em cima do sofá e olha para Patrícia esperando a sua resposta.— Estou aqui pela Alessandra, e não por você. — diz, vindo até a mim e me abraçou. — Poupei tempo de vocês terem que preparar alguma coisa ou pedir, sei que comida de hospital não é nada boa.Sorri para ela em agradecimento.— Ok, agora pode ir embora.— Sebastian! — olhei para ele envergonhada pela sua atitude.— Está tudo bem, Alessandra. Parece que Sebastian ainda não aprendeu como demonstrar amor, mas continuo gostando muito dele. — Patrícia mostra a língua para Sebastian. — Agora venha comer.Juntas fomos até a mesa, estava gostando de ser mimada desse jeito. No
Sebastian D’AmoreA notícia de uma festa beneficente é me dada antes da minha saída da empresa, pelo Victor que dá a desculpinha de que esqueceu de contar mais cedo. Não crio caso, Alessandra está em sua mira e não poderia levantar suspeitas de qual lado estou. Victor suspeita, mas, no fundo, não acredita que teria coragem de me voltar contra ele. Tolo. Minha convivência com ele não é das melhores, e com Alessandra está caminhando para o mesmo caminho. Hoje ela foi ver o idiota do André. Ah, como foi bom atingir sua face diversas vezes.Poderia ter sido mais.André não presta e estou para provar.Patricia vem ficando em meu encalço toda hora e podemos acabar levantando suspeitas, dando uma espiã descobriu que Victor e Elisa havia se aliado contra Alessandra. É estranho e bom saber que tenho Patricia ao meu lado, qualquer outra pessoa da família não me apoiaria. Alessandra não é da família, por enquanto. Meu celular toca em meu bolso ao chegar no estacionamento, peguei o celular e con
Sebastian Martins Passo a mão pelo cabelo sentindo uma dor de cabeça que não me deixa por nada, Caleb conseguiu viagem com meu motorista para minha casa. Estou ficando no apartamento da Alessandra com ela e nunca vi dividir a casa por tanto tempo com uma mulher, também nunca estive em um relacionamento e aqui estou eu. A necessidade de tê-la por perto me assusta, assim como o conforto que me faz sentir e uma segurança. É um contrato, não assinado, que gostava de manter, mas esse contrato logo teria nossas assinaturas.— Alessandra? — Coloquei minha pasta em cima do pequeno armário na entrada.Não obtive resposta, mas consigo ver ela sentada em um dos sofás. Me aproximo, beijei seu rosto e recebi um meio sorriso. Hum, era de se esperar que o clima não fosse tão bom quando nos encontrássemos depois dela ter ido ver o amigo idiota.— Hoje garanti que você não fosse denunciado à polícia. — Se levantou do sofá. — Sinceramente não sei como André perdoou…Começo a tirar o meu terno, nem um
Alessandra Martins Nunca me senti tão sozinha, ver Sebastian sair por aquela porta me bateu um sentimento tão ruim. Não queria brigar, tão pouco queria que saísse chateado comigo. Mas como ele não percebe como foi errado bater no André? Nada se resolve com violência. E não consigo tirar da minha cabeça que o ciúme está o dominando, mas o que chamou minha atenção foi ele dizer que fez muita coisa por mim nos últimos dias. O que seria? Ele está estranho e não é de hoje.Por que não me conta? Deveríamos ser confidentes um com o outro, Sebastian se fecha de um jeito querendo resolver tudo sozinho, mas ele não está sozinho. Quando vai perceber isso? Perguntas e mais perguntas, agora as respostas não existiam. Existia, sim, mas não tinha ninguém para respondê-la para mim.No dia seguinte, imaginando que as coisas não poderiam piorar, recebo um e-mail da galeria avisando do meu afastamento. Meu mundo parou no exato momento que eu lia pela quinta vez o e-mail enviado. Afastada por tempo inde
Alessandra MartinsÉ pouca às vezes que estivermos na sua casa, mais afastada de toda a loucura de Nova York. Quando viemos é mais nos finais de semana sem intenção alguma de voltar logo, tendo uma calmaria incrível na nossa rotina agitada demais. O caminho é em completo silêncio, o que acaba me incomodando um pouco, mas seja lá o que vou encontrar nessa casa preciso me acalmar e esperar as próximas informações que verá.Queria respostas e aparentemente agora terei. Lembro da primeira vez que estive aqui, lembro de como Sebastian se tornou mais acessível. É nessa casa que ele tem boas lembranças, ficando mais próximo possível da sua falecida mãe. Uma eterna saudade que nem imagina como é, assim que chegamos Sebastian sai sem dizer uma única palavra. Seu silêncio me incomoda tanto, sem ser sarcástico e debochado era como se tivessem abduzido ele.Sebastian abre a porta para que eu saia do carro, estou prestes a falar com ele quando escuta um barulho vindo do lado de dentro. O homem à