Alessandra MartinsNo apartamento, Patrícia já estava lá com uma mesa linda posta para o almoço. Sebastian que não estava nada feliz em ver a sua prima, não sei se foi a Patrícia que fez a comida, mas o show estava muito bom. Se for como o seu primo, ela com certeza contratou um chefe de cozinha.— O que você está fazendo aqui? — Sebastian coloca a minha bolsa em cima do sofá e olha para Patrícia esperando a sua resposta.— Estou aqui pela Alessandra, e não por você. — diz, vindo até a mim e me abraçou. — Poupei tempo de vocês terem que preparar alguma coisa ou pedir, sei que comida de hospital não é nada boa.Sorri para ela em agradecimento.— Ok, agora pode ir embora.— Sebastian! — olhei para ele envergonhada pela sua atitude.— Está tudo bem, Alessandra. Parece que Sebastian ainda não aprendeu como demonstrar amor, mas continuo gostando muito dele. — Patrícia mostra a língua para Sebastian. — Agora venha comer.Juntas fomos até a mesa, estava gostando de ser mimada desse jeito. No
Sebastian D’AmoreA notícia de uma festa beneficente é me dada antes da minha saída da empresa, pelo Victor que dá a desculpinha de que esqueceu de contar mais cedo. Não crio caso, Alessandra está em sua mira e não poderia levantar suspeitas de qual lado estou. Victor suspeita, mas, no fundo, não acredita que teria coragem de me voltar contra ele. Tolo. Minha convivência com ele não é das melhores, e com Alessandra está caminhando para o mesmo caminho. Hoje ela foi ver o idiota do André. Ah, como foi bom atingir sua face diversas vezes.Poderia ter sido mais.André não presta e estou para provar.Patricia vem ficando em meu encalço toda hora e podemos acabar levantando suspeitas, dando uma espiã descobriu que Victor e Elisa havia se aliado contra Alessandra. É estranho e bom saber que tenho Patricia ao meu lado, qualquer outra pessoa da família não me apoiaria. Alessandra não é da família, por enquanto. Meu celular toca em meu bolso ao chegar no estacionamento, peguei o celular e con
Sebastian Martins Passo a mão pelo cabelo sentindo uma dor de cabeça que não me deixa por nada, Caleb conseguiu viagem com meu motorista para minha casa. Estou ficando no apartamento da Alessandra com ela e nunca vi dividir a casa por tanto tempo com uma mulher, também nunca estive em um relacionamento e aqui estou eu. A necessidade de tê-la por perto me assusta, assim como o conforto que me faz sentir e uma segurança. É um contrato, não assinado, que gostava de manter, mas esse contrato logo teria nossas assinaturas.— Alessandra? — Coloquei minha pasta em cima do pequeno armário na entrada.Não obtive resposta, mas consigo ver ela sentada em um dos sofás. Me aproximo, beijei seu rosto e recebi um meio sorriso. Hum, era de se esperar que o clima não fosse tão bom quando nos encontrássemos depois dela ter ido ver o amigo idiota.— Hoje garanti que você não fosse denunciado à polícia. — Se levantou do sofá. — Sinceramente não sei como André perdoou…Começo a tirar o meu terno, nem um
Alessandra Martins Nunca me senti tão sozinha, ver Sebastian sair por aquela porta me bateu um sentimento tão ruim. Não queria brigar, tão pouco queria que saísse chateado comigo. Mas como ele não percebe como foi errado bater no André? Nada se resolve com violência. E não consigo tirar da minha cabeça que o ciúme está o dominando, mas o que chamou minha atenção foi ele dizer que fez muita coisa por mim nos últimos dias. O que seria? Ele está estranho e não é de hoje.Por que não me conta? Deveríamos ser confidentes um com o outro, Sebastian se fecha de um jeito querendo resolver tudo sozinho, mas ele não está sozinho. Quando vai perceber isso? Perguntas e mais perguntas, agora as respostas não existiam. Existia, sim, mas não tinha ninguém para respondê-la para mim.No dia seguinte, imaginando que as coisas não poderiam piorar, recebo um e-mail da galeria avisando do meu afastamento. Meu mundo parou no exato momento que eu lia pela quinta vez o e-mail enviado. Afastada por tempo inde
Alessandra MartinsÉ pouca às vezes que estivermos na sua casa, mais afastada de toda a loucura de Nova York. Quando viemos é mais nos finais de semana sem intenção alguma de voltar logo, tendo uma calmaria incrível na nossa rotina agitada demais. O caminho é em completo silêncio, o que acaba me incomodando um pouco, mas seja lá o que vou encontrar nessa casa preciso me acalmar e esperar as próximas informações que verá.Queria respostas e aparentemente agora terei. Lembro da primeira vez que estive aqui, lembro de como Sebastian se tornou mais acessível. É nessa casa que ele tem boas lembranças, ficando mais próximo possível da sua falecida mãe. Uma eterna saudade que nem imagina como é, assim que chegamos Sebastian sai sem dizer uma única palavra. Seu silêncio me incomoda tanto, sem ser sarcástico e debochado era como se tivessem abduzido ele.Sebastian abre a porta para que eu saia do carro, estou prestes a falar com ele quando escuta um barulho vindo do lado de dentro. O homem à
Alessandra MartinsSebastian não faz questão alguma de me olhar ou falar comigo, se mantém parado olhando para as telas e as mãos no bolso da frente de sua calça. Podia ouvir a respiração de cada um e identificar de quem era, Caleb parece um peixe sufocando por está fora d'água.— Caleb. — E Sebastian não precisa falar mais nada. Caleb aperta mais alguns botões e um vídeo aparece na tela principal. A qualidade da gravação é ruim, usaram uma câmera escondida, mas vejo meu avô contando sobre o desvio da obra-prima para sua coleção pessoal. O áudio está perfeito, era como ter meu avô na minha frente conhecendo seus jeitos e gestos. Por um momento esqueço como respirar, porque não tenho coragem de abrir a boca e dizer que é montagem.Por que eles fariam isso comigo?— Invadir o sistema da família Martins, encontrando os arquivos muito bem guardado pelo Eduardo Martins. — Caleb confessou. — Foi lá que encontrei as imagens e vídeos, não arrisquei em hacker a família Jones, porque…— Fala.
Alessandra MartinsFoi difícil fazer com que Sebastian não viesse comigo para Califórnia, mas assim como ele quer que eu confie nele, terá que confiar em mim. Não desconfio do que foi me mostrado, só que há certas coisas a ser feita para aceitar o que vi. Minha família negou todas as acusações durante anos, cresci acreditando que eramos inocentes. Sofri tanto por cada acusação e irá refletir em mim se vier atona. Esse quadro não foi vendido, tenho certeza disso.Agora que me faz pensar é: por que ter uma obra-prima de grande valor em mãos e não poder exibi-la?Porque se vender chamaria uma atenção absurda, não plano algum que desse tão certo a ponto de nunca descobrirem que foi a minha família que pegou. Acredito que meu pai e avô não imaginaram a proporção que esse quadro daria.— Olá, meu amor. — Miranda me abraça e retribui, me aconchegando nos braços de minha mãe.— Oi, mãe. — Sussurro.— É bom tê-la de volta.Entramos em casa e a cada passo que dou é querendo guardar cada detalhe
Sebastian D’AmoreO frio ardente de Nova York preenchia meus pulmões conforme respirava profundamente, abrir os meus olhos olhando aquela correria sem fim das pessoas andando de um lado para o outro. Às vezes alguém esbarra na outra e em um pedido singelo de desculpa continua seguindo o seu caminho. Um casal passa animadamente no outro lado da rua de mãos dadas e entram em um restaurante, pareciam felizes. Sentia náusea, o amor é perda de tempo. Não conseguia enxergar a utilidade dessa perda.— Não me importo com quem você pensa, é pago para fazer o que eu mando. — Falei ao meu assistente. O tom cortante faz com que se cale. — O investimento será maior e com o retorno financeiro triplicado, usaremos para investir nos nossos imóveis. Quero mais expansão.— Sim, senhor.Não me lembro do nome dele e tenho certeza que se pronunciar direi seu nome errado. Prefiro apenas dizer o que ele tem que fazer e pronto, continuando a fazer o seu serviço bem feito, não precisarei me dar o trabalho de