Alessandra MartinsÉ pouca às vezes que estivermos na sua casa, mais afastada de toda a loucura de Nova York. Quando viemos é mais nos finais de semana sem intenção alguma de voltar logo, tendo uma calmaria incrível na nossa rotina agitada demais. O caminho é em completo silêncio, o que acaba me incomodando um pouco, mas seja lá o que vou encontrar nessa casa preciso me acalmar e esperar as próximas informações que verá.Queria respostas e aparentemente agora terei. Lembro da primeira vez que estive aqui, lembro de como Sebastian se tornou mais acessível. É nessa casa que ele tem boas lembranças, ficando mais próximo possível da sua falecida mãe. Uma eterna saudade que nem imagina como é, assim que chegamos Sebastian sai sem dizer uma única palavra. Seu silêncio me incomoda tanto, sem ser sarcástico e debochado era como se tivessem abduzido ele.Sebastian abre a porta para que eu saia do carro, estou prestes a falar com ele quando escuta um barulho vindo do lado de dentro. O homem à
Alessandra MartinsSebastian não faz questão alguma de me olhar ou falar comigo, se mantém parado olhando para as telas e as mãos no bolso da frente de sua calça. Podia ouvir a respiração de cada um e identificar de quem era, Caleb parece um peixe sufocando por está fora d'água.— Caleb. — E Sebastian não precisa falar mais nada. Caleb aperta mais alguns botões e um vídeo aparece na tela principal. A qualidade da gravação é ruim, usaram uma câmera escondida, mas vejo meu avô contando sobre o desvio da obra-prima para sua coleção pessoal. O áudio está perfeito, era como ter meu avô na minha frente conhecendo seus jeitos e gestos. Por um momento esqueço como respirar, porque não tenho coragem de abrir a boca e dizer que é montagem.Por que eles fariam isso comigo?— Invadir o sistema da família Martins, encontrando os arquivos muito bem guardado pelo Eduardo Martins. — Caleb confessou. — Foi lá que encontrei as imagens e vídeos, não arrisquei em hacker a família Jones, porque…— Fala.
Alessandra MartinsFoi difícil fazer com que Sebastian não viesse comigo para Califórnia, mas assim como ele quer que eu confie nele, terá que confiar em mim. Não desconfio do que foi me mostrado, só que há certas coisas a ser feita para aceitar o que vi. Minha família negou todas as acusações durante anos, cresci acreditando que eramos inocentes. Sofri tanto por cada acusação e irá refletir em mim se vier atona. Esse quadro não foi vendido, tenho certeza disso.Agora que me faz pensar é: por que ter uma obra-prima de grande valor em mãos e não poder exibi-la?Porque se vender chamaria uma atenção absurda, não plano algum que desse tão certo a ponto de nunca descobrirem que foi a minha família que pegou. Acredito que meu pai e avô não imaginaram a proporção que esse quadro daria.— Olá, meu amor. — Miranda me abraça e retribui, me aconchegando nos braços de minha mãe.— Oi, mãe. — Sussurro.— É bom tê-la de volta.Entramos em casa e a cada passo que dou é querendo guardar cada detalhe
Sebastian D’AmoreO frio ardente de Nova York preenchia meus pulmões conforme respirava profundamente, abrir os meus olhos olhando aquela correria sem fim das pessoas andando de um lado para o outro. Às vezes alguém esbarra na outra e em um pedido singelo de desculpa continua seguindo o seu caminho. Um casal passa animadamente no outro lado da rua de mãos dadas e entram em um restaurante, pareciam felizes. Sentia náusea, o amor é perda de tempo. Não conseguia enxergar a utilidade dessa perda.— Não me importo com quem você pensa, é pago para fazer o que eu mando. — Falei ao meu assistente. O tom cortante faz com que se cale. — O investimento será maior e com o retorno financeiro triplicado, usaremos para investir nos nossos imóveis. Quero mais expansão.— Sim, senhor.Não me lembro do nome dele e tenho certeza que se pronunciar direi seu nome errado. Prefiro apenas dizer o que ele tem que fazer e pronto, continuando a fazer o seu serviço bem feito, não precisarei me dar o trabalho de
Alessandra Martins Espero que o meu dia não termine tão péssimo como começou. Sofremos um grande imprevisto para exposição de arte que acontecerá hoje à noite, o que não é nada bom. André estava precisando se dobrar em dois para poder trazer um dos quadros, Julie Leroy é a mais nova aposta para o mundo das obras-primas. Não ter o seu quadro conosco hoje seria pedir o fim da galeria e manchar a imagem da minha família. Ao ter uma linhagem como a minha, com grandes curadores de arte e eu sendo a que precisa continuar essa linhagem, qualquer errinho pode ser o maior erro da minha carreira. A pressão é grande, reconheço. Porém, não consigo dizer não para minha realidade. André é um historiador de grande porte, conheci ele em uma das minhas viagens ao Egito e nos tornamos grandes amigos. André Brown é um anjo na minha vida, também não posso esquecer que já fiz muito por ele e a nossa amizade é uma via de mão dupla. Cuidei pessoalmente de todos os preparativos da galeria, conferindo cada
Alessandra MartinsAndré e eu temos código entre nós quando precisamos ser salvos se algum cliente que está nos dando dor de cabeça ou quando estamos em um bar e um cara chato vem dar em cima de mim ou vise e versa. Temos esse sistema de parceria até nessas horas, mas no momento não é o caso. É sim… não… eu deveria estar trabalhando e não jogando conversa fora com Sebastian, então por um lado foi bom André aparecer.— Sim, está tudo bem, André…— Não, não está. — Com uma fria, Sebastian diz para André.André deu um passo à frente e coloquei a mão em seu peito em um pedido silencioso para que não fizesse nada. Sou uma anã perto desse dois. Não queria uma competição de quem mais mija longe agora. Olhei para Sebastian, esse jogo está divertido, mas preciso trabalhar.— Foi bom conversar com você, Sr. D'Amore. Espero que aproveite o máximo da nossa exposição de artes, agora preciso voltar ao trabalho.Pensei que seria melhor não esperar uma resposta sua, conversar com Sebastian não é ruim
Sebastian D’AmoreMeia hora. Alessandra disse que em meia hora iria sair, faz vinte minutos do seu atraso. Essa mulher não tem palavra? Deveria ir embora, não sou de esperar por mulher e agora não seria diferente. Já perdi tempo demais nessa exposição de arte, o plano era comprar as benditas artes de Julie Lorey e no máximo vinte minutos depois ir embora. Simples, rápido e adeus. Porém, nos meus planos não contava com Alessandra Martins, mas uma para minha cama. Apenas! Mas ela não deveria se dar ao luxo de me fazer esperar. Coloco o dedo sobre o botão para poder falar com o motorista para irmos embora.Mexo desconfortável no banco e desisto de apertar o botão. Por que não vou embora?! Alessandra não tem nada de especial. A Sra. Rossi fez questão de expor comentários desagradáveis sobre Alexandra, sem pensar duas vezes a defendi. Sinceramente deixei minha raiva falar mais rápido, como aquele idiota tem a ousadia de segurar na cintura da Alessandra com tanta intimidade? Ela estava no s
Sebastian D'AmoreColoquei Alessandra sentada em cima da mesa, onde havíamos acabado de jantar. Alguma coisa caiu no chão e se quebrou. Suas mãos estão em volta do meu pescoço querendo mais contato comigo, suas mãos são tão delicadas que me lembro em ser cuidadoso ao apertá-la contra meu corpo. Não queria machucá-la por mais que ansiava pelo seu corpo, pelo calor que emanava dela poderia ser cuidadoso por essa noite. Haveria outro dia e outra chance para tê-la como realmente quero. Nada iria nos atrapalhar agora… Mas é claro que sim!— Oh, meu Deus! — Ouvi a voz da moça que nos atendeu antes. — Me desculpe…Alessandra se recompôs rapidamente e se esconde atrás de mim, envergonhada por termos sido pegos. Por que sempre tem alguém para nos atrapalhar? Será que dois adultos não pode se beijar em paz ou ter uma conversa tranquila sem ter um idiota por perto. Tenho que lembra o nome daquele imbecil que provavelmente trabalha com Alessandra. Não gosto dele.— Some daqui agora! — Não é preci