Sebastian D’AmoreAs horas seguintes são um teste para a minha paciência, passei dias corroendo a culpa de ter deixado Alessandra assinar os papéis sem ter lido e hoje vejo que foi a melhor coisa que fiz. A intenção era de proteger a Alessandra do Victor e agora posso usar contra os seus pais, primeiramente que se eu não tivesse a prova de que somos casados não teria chance alguma de poder ver Alessandra.A família Martins está fazendo de tudo para me tirar de seu lado.Me controlo para não fazer nada e justamente por conta da Alessandra. Não sei quais são os seus sentimentos em relação aos seus pais, pouco sei quão perto ela quer continuar tendo eles.Em relação ao Victor, Caleb está de olho em seus passos. Dei carta-branca, quero estar atento e principalmente se ele aparecer por aqui. Terá o que merece e não terá a minha pena, mas não posso sair de perto da Alessandra agora. Não consigo.É sufocante demais vê lá desse jeito, os médicos dizem que está bem e só depende dela para acord
Sebastian D’AmoreO que ela está falando? Será preciso mandar fazer novos exames? Provavelmente bateu a cabeça muito forte nesse acidente. É a única explicação! Sendo a única que aceito. E com o toda certeza não é motivo para terminar, não vai acontecer. Os D’Amore nos casamos uma única vez. Não sou como Victor, vou fazer dar certo.Ela mesmo falou que me ama, foi mais de uma vez. Então pensava em casar comigo, não é? Posso ter pulado algumas etapas, mas faremos do seu jeito quando resolver meu problema com Victor.— ainda não vejo um motivo aprazível para um término.Alessandra me olha como se fosse um ser de outro planeta.— Todos estão contra a gente…— Não importa.— Seu pai me odeia e mostrou bem a forma que me quer fora da sua vida.— Esse problema já está resolvido. — As palavras saem apressada de minha boca.— Como?!— É uma D’Amore, Alessandra. — digo com fúria. — Victor não pode encostar um dedo sequer em você, simplesmente não pode.Não estou com raiva dela, mas a ideia de
Alessandra MartinsNão consigo nem dizer o peso que sinto em ouvir as suas palavras, provavelmente em outro momento cairia ao choro. Não haveria esse momento, durante esses anos, seguir tão a linha da perfeição para os meus pais que nunca ouviria essas palavras vindo da boca de nenhum deles.Estou indo em direção contrária, a direção em que acaba o mundinho perfeito que viveram durante esses anos.Não me recuperei mentalmente do acidente e tenho que lidar com os meus pais com a nova versão deles que sempre existiu, mas escolhi não ver.— Agora que aquele manipulador safado saiu, vamos ter uma conversa séria, mocinha. — Eduardo está com as mãos na cintura, seu rosto mais rígido do que o normal. — Casamento, Alessandra? Me dê um tempo e eu vou provar que aqueles papéis são falsos.Casada. Acordo com essa notícia, outra tristeza. Com toda certeza não foi assim que imaginei quando me casasse, como também confesso que já me imaginei nessa posição na vida de Sebastian. Só que a chance de ac
Sebastian D’AmoreO frio ardente de Nova York preenchia meus pulmões conforme respirava profundamente, abrir os meus olhos olhando aquela correria sem fim das pessoas andando de um lado para o outro. Às vezes alguém esbarra na outra e em um pedido singelo de desculpa continua seguindo o seu caminho. Um casal passa animadamente no outro lado da rua de mãos dadas e entram em um restaurante, pareciam felizes. Sentia náusea, o amor é perda de tempo. Não conseguia enxergar a utilidade dessa perda.— Não me importo com quem você pensa, é pago para fazer o que eu mando. — Falei ao meu assistente. O tom cortante faz com que se cale. — O investimento será maior e com o retorno financeiro triplicado, usaremos para investir nos nossos imóveis. Quero mais expansão.— Sim, senhor.Não me lembro do nome dele e tenho certeza que se pronunciar direi seu nome errado. Prefiro apenas dizer o que ele tem que fazer e pronto, continuando a fazer o seu serviço bem feito, não precisarei me dar o trabalho de
Alessandra Martins Espero que o meu dia não termine tão péssimo como começou. Sofremos um grande imprevisto para exposição de arte que acontecerá hoje à noite, o que não é nada bom. André estava precisando se dobrar em dois para poder trazer um dos quadros, Julie Leroy é a mais nova aposta para o mundo das obras-primas. Não ter o seu quadro conosco hoje seria pedir o fim da galeria e manchar a imagem da minha família. Ao ter uma linhagem como a minha, com grandes curadores de arte e eu sendo a que precisa continuar essa linhagem, qualquer errinho pode ser o maior erro da minha carreira. A pressão é grande, reconheço. Porém, não consigo dizer não para minha realidade. André é um historiador de grande porte, conheci ele em uma das minhas viagens ao Egito e nos tornamos grandes amigos. André Brown é um anjo na minha vida, também não posso esquecer que já fiz muito por ele e a nossa amizade é uma via de mão dupla. Cuidei pessoalmente de todos os preparativos da galeria, conferindo cada
Alessandra MartinsAndré e eu temos código entre nós quando precisamos ser salvos se algum cliente que está nos dando dor de cabeça ou quando estamos em um bar e um cara chato vem dar em cima de mim ou vise e versa. Temos esse sistema de parceria até nessas horas, mas no momento não é o caso. É sim… não… eu deveria estar trabalhando e não jogando conversa fora com Sebastian, então por um lado foi bom André aparecer.— Sim, está tudo bem, André…— Não, não está. — Com uma fria, Sebastian diz para André.André deu um passo à frente e coloquei a mão em seu peito em um pedido silencioso para que não fizesse nada. Sou uma anã perto desse dois. Não queria uma competição de quem mais mija longe agora. Olhei para Sebastian, esse jogo está divertido, mas preciso trabalhar.— Foi bom conversar com você, Sr. D'Amore. Espero que aproveite o máximo da nossa exposição de artes, agora preciso voltar ao trabalho.Pensei que seria melhor não esperar uma resposta sua, conversar com Sebastian não é ruim
Sebastian D’AmoreMeia hora. Alessandra disse que em meia hora iria sair, faz vinte minutos do seu atraso. Essa mulher não tem palavra? Deveria ir embora, não sou de esperar por mulher e agora não seria diferente. Já perdi tempo demais nessa exposição de arte, o plano era comprar as benditas artes de Julie Lorey e no máximo vinte minutos depois ir embora. Simples, rápido e adeus. Porém, nos meus planos não contava com Alessandra Martins, mas uma para minha cama. Apenas! Mas ela não deveria se dar ao luxo de me fazer esperar. Coloco o dedo sobre o botão para poder falar com o motorista para irmos embora.Mexo desconfortável no banco e desisto de apertar o botão. Por que não vou embora?! Alessandra não tem nada de especial. A Sra. Rossi fez questão de expor comentários desagradáveis sobre Alexandra, sem pensar duas vezes a defendi. Sinceramente deixei minha raiva falar mais rápido, como aquele idiota tem a ousadia de segurar na cintura da Alessandra com tanta intimidade? Ela estava no s
Sebastian D'AmoreColoquei Alessandra sentada em cima da mesa, onde havíamos acabado de jantar. Alguma coisa caiu no chão e se quebrou. Suas mãos estão em volta do meu pescoço querendo mais contato comigo, suas mãos são tão delicadas que me lembro em ser cuidadoso ao apertá-la contra meu corpo. Não queria machucá-la por mais que ansiava pelo seu corpo, pelo calor que emanava dela poderia ser cuidadoso por essa noite. Haveria outro dia e outra chance para tê-la como realmente quero. Nada iria nos atrapalhar agora… Mas é claro que sim!— Oh, meu Deus! — Ouvi a voz da moça que nos atendeu antes. — Me desculpe…Alessandra se recompôs rapidamente e se esconde atrás de mim, envergonhada por termos sido pegos. Por que sempre tem alguém para nos atrapalhar? Será que dois adultos não pode se beijar em paz ou ter uma conversa tranquila sem ter um idiota por perto. Tenho que lembra o nome daquele imbecil que provavelmente trabalha com Alessandra. Não gosto dele.— Some daqui agora! — Não é preci