Querida leitora, quero propor um desafio. Que tal, dois capítulo por dia? Se os comentários positivos desse romance chegarem 100. Aumento as atualizações. Nada de emogis hein... quero ver suas belas palavras. Ansiosa pra ver sua reação.
Seis anos se passaram. Jéssica está parada em frente a uma parede, verificando a lista de admitidos na residência médica. Mariana e Jonathas chegam para conferir também. Os três estão tensos e ansiosos. Às vezes, nem toda a dedicação garante o resultado. Há muita coisa envolvida nesse processo. Prendendo a respiração, eles percorrem a lista com cuidado. De cabeça baixa, se encaminham para a sala vazia mais próxima. Jonathan fecha a porta, garantindo que ninguém está chegando. Assim que se vira, eles soltam gritinhos de alegria. Aprovados e para o mesmo hospital! — Não acredito que vamos ficar juntos. Mariana é a primeira a sair do abraço em grupo. Aprenderam a comemorar as conquistas em segredo depois de um episódio com uma aluna muito desagradável. — Gente, olha pra mim. Futura ginecologista! Jéssica está sem acreditar no tamanho da mudança que sua vida está dando. — Empresária e ginecologista, você quer dizer, né? Pare de se menosprezar, gata. Você é incrível. Mariana não gostav
— Não é incomodo e você não está atrapalhando nada. Meu programa com Nicole será a noite. — Ele piscou para a garota como uma promessa de que ainda teriam seu momento a sós. — E temos mesmo que conversar sobre algumas coisas das crianças.Hugo caminhava para a porta ajeitando a camiseta. Seu interior vibrava ao perceber que ainda era importante para Jéssica. Nicole não queria deixar Jéssica com a sensação de vitória. Pensou rápido para marcar seu território. Ela o segurou e deu um último beijo apaixonado.— Não vou me esquecer disso. Te quero inteiro a noite. Disse discretamente no ouvido dele. Jéssica rolou os olhos e saiu da sala para esperar no corredor. Não suportava esse agarramento da Nicole em cima de Hugo.Parecia que estava constantemente tentando provocar. Causar um atrito entre eles. Não confiava nada nela perto dos seus filhos.Hugo saiu da sala limpando o batom dos lábios. Um sentimento de que tinha feito algo terrivelmente errado o invadia. Odiava quando a Nicole fazia ce
— Ele só tem sete anos, Hugo. E nem você fica mais na loja. Jéssica queria que Breno tivesse uma infância normal. Temia que, se o menino se inserisse demais nesse meio, não terminasse os estudos adequadamente. — Posso levá-los por algumas horas. Os três ou quem quiser. Isso será muito bom pra ele. Eu amava ficar na loja com meu pai quando tinha a idade dele. São minhas melhores lembranças. Ele jogou baixo de propósito. — Tudo bem. Mas, por favor, não exagera. E leva a Maria também, mesmo que ela faça cara de quem não quer ir. — Jéssica alertava seriamente. A fase quase adolescente de Maria tirava Hugo do sério. — Como descobriu sobre o Vitor? — Não acredito que você sabia e não me contou. Hugo pagou e seguiram conversando até o carro. O clima entre eles era agradável como antes. Ele fingia um ar de ofendido. Jéssica adorava as performances teatrais que ele fazia em certos momentos. Riu facilmente do gesto. O coração dele disparou ao ver o sorriso. Como essa mulher é linda. E fica a
Jéssica não estava muito confiante em participar daquela festa. O centro acadêmico foi preparado para receber os foliões: um trio elétrico, paredão de som e tudo o que se tinha direito para parecer um pré-carnaval. Os veteranos pensaram nisso com cuidado.A música podia ser ouvida a pelo menos dois quarteirões de distância. Jovens seminus pulavam e festejavam, com corpos suados que se encontravam em batidas descoordenadas, dancinhas coreografadas ou beijos ardentes e desinibidos, despreocupados em saber se iniciavam um romance ou uma ocorrência de atentado ao pudor.— Não acredito que te arrastei! — Jonathan estava muito empolgado com a festa. Desde as provas de fim de semestre, não se envolvia em agitos na universidade e estava em abstinência de novas bocas para beijar.— Olha aquele carinha de camisa verde. Não tira os olhos de você — Mariana deu a dica, e ele se virou disfarçadamente para verificar. O rapaz tinha ombros largos, altura de jogador de vôlei e usava apenas uma bermuda.
Jéssica acordou às 5h40 com um barulho alto vindo da cozinha. Garantiu que Breno continuasse dormindo e foi ver o que estava acontecendo. Já podia prever a situação: Leonardo tinha chegado bêbado novamente. Essa situação se tornou frequente desde que se casaram.— Bom dia. — disse ela, chegando na cozinha para confirmar seu palpite. O marido estava caindo de bêbado. Mal se aguentava em pé. Tentava pegar um copo d’água, mas, apoiado na porta da geladeira, balançava muito e quase derrubou tudo o que tinha lá dentro. Um barulho que certamente acordaria o bebê.— Para com isso! — ela o sentou na cadeira e pegou a água para servi-lo, a fim de evitar o pior.— Meu anjo, Jéssica... — ele falava com a voz embargada pelo álcool. Não dava para saber se estava elogiando ou debochando da esposa. Ela o servia em partes para evitar o escândalo e, em parte, porque realmente acreditava que esse era o dever de uma boa esposa.— Qual é o problema com esse seu trabalho? Você é o único da banda que chega
Do outro lado da cidade, Hugo e Clara estavam discutindo sobre a campanha que Clara estrelaria. O sonho dela de se tornar uma influencer famosa parecia finalmente estar dando os frutos desejados.— Não podemos colocar cerveja numa campanha de carros, Clara!. O cliente já especificou o que gostaria que tivesse no comercial. — Hugo estava exausto nesse momento. Estava há horas tentando convencer a esposa a fazer exatamente o que o cliente queria, e não havia nenhum sinal de que ela tivesse entendido o que precisava.— Uma campanha com amigas se divertindo vai parecer muito mais legal. E vai atrair os jovens. As amigas, com roupas bem sensuais, bebendo muito... — Ela divagava, como se não estivesse falando nenhum absurdo. O problema é que o principal posicionamento das redes dela era a família. Mudar assim não fazia sentido para ninguém.— Clara, é um carro para família! Não tem nada de sensual nessa campanha! Você pelo menos leu o briefing? — Hugo parecia um pouco exasperado. Clara tem
Leonardo olha a notificação no celular com expressão neutra. Manter Clara por perto tem suas vantagens e desvantagens. Ele observa o vestido que tem nas mãos com atenção, lembrando das curvas de sua esposa. Precisa agradar a Jéssica hoje.Sabe que passou do limite, pois a vizinha veio reclamar da barulheira de bêbado que ele fez. Foi muito gentil com a vizinha, pediu um milhão de desculpas e prometeu que nunca mais iria acontecer.Não é que ele sinta arrependimento pelas suas ações. Acontece que precisa criar uma boa imagem pública, pois será uma estrela do rock algum dia. Leonardo jamais deixa qualquer coisa ao acaso. Sempre faz tudo projetando o futuro que deseja para si mesmo.Conferiu todo o cenário que montou para esposa. Se tinha flores o suficiente, se os doces estavam bem atrativos, se o cheiro traria boas lembranças. Precisava seduzir para ter o que queria. O perdão da esposa. Pediu pra mãe ficar com Breno durante a noite. Queria que a surpresa fosse completa e planejou leva
Depois da festa, Jéssica e Leonardo voltaram para casa e o clima de romance continuava. Leonardo estava sendo o melhor marido do mundo naquela noite. Tudo perfeito e muito romântico, exatamente como Jéssica sempre sonhou.Nem as grosserias de Clara conseguiram ofuscar o brilho daquela noite. ela conseguiu descansar um pouco e foi para o trabalhar.No trabalho, Jéssica estava nas nuvens, toda distraída, lembrando-se da noite passada.— Mulher, que isso? Hoje você parece tão... leve — Janete falou com um leve deboche, que Clara não percebeu.— E estou mesmo. As coisas parecem que vão melhorar — Jéssica nunca falava da vida pessoal no trabalho e foi a única coisa que disse para Janete, por mais que a amiga insistisse.— O que aconteceu que te deixou assim tão feliz? — Janete procurava saber qualquer coisa sobre a vida de Jéssica. Não entendia o porquê de Luan falar tanto com ela todo dia à tarde e pensava que estivessem tendo um caso.— Coisa minha. Nada demais. Agora, deixa eu passar as