Eu estava pronta para me divertir com aquilo. Especialmente porque muitos deles eram membros da minha Aliança. Quando Alfa Luís começou a falar, todos os olhos se voltaram para mim quando levantei a mão, cortando-o.Eu coloquei minhas mãos no rosto, devagar, dando leves tapinhas.— Nada de bolhas.Minhas mãos desceram, passando pelos seios, pelos quadris e, finalmente, chegando à minha região inferior. Eu sabia que estava sendo observada, então fiz questão de enfatizar minha figura feminina, embora fosse um pouco magra demais, com seios pequenos, mas firmes. Seus olhares, que antes me observaram sem permissão, agora estavam sendo encorajados por mim.— Matilde! — Um rosnado baixo escapou de Diogo, o ciúme estampado em cada palavra enquanto todos olhavam para sua companheira. Um novo poder de confiança explodiu dentro de mim.— Um pênis? Nada disso. — Zombei, sorrindo para toda a sala.— Eu sou Matilde Alves, Alfa da Matilha Pedra Preta. Estou feliz em finalmente conhecer todos vocês, e
Ponto de Vista de MatildeO cenário ao nosso redor era encantador, extremamente romântico, mas eu não conseguia me concentrar nas centenas de rosas vermelhas, nas lanternas iluminadas por luzes de fada ou na música suave ao longe. Tudo o que ocupava meus pensamentos era ele. Desde que voltou à minha vida, venho lutando contra essa atração irresistível, essa força gravitacional que me puxava em sua direção.Ele tirou um maço de cigarros do bolso interno do paletó e colocou um na boca com suavidade. Enquanto acendia e soltava a fumaça, algo em mim se revoltou, um rosnado baixo formou-se no meu peito.— Eu não gosto que você fume. — Disse, sabendo que nunca gostei, mesmo que isso combinasse com sua imagem de bad boy. Eu conhecia os riscos para a saúde, e isso sempre me incomodou.Seu olhar sedutor, uma verdadeira obra de arte, já começava a mexer comigo de maneiras que eu preferia ignorar. Ele deu outra tragada no cigarro, mas dessa vez soprou a fumaça para o lado, longe do meu rosto.—
O beijo dele começa devagar até revelar sua verdadeira fome por mim. Eu lhe dou total controle; eu não teria chance de conseguir a vantagem aqui. Sua língua se move habilmente, provando cada parte da minha boca, e sinto meu corpo perder a capacidade de se manter de pé. Minhas pernas enfraquecem e ele percebe. Sua mão, que estava no meu quadril, envolve minhas costas e me puxa para ele, contra sua virilha. Eu o sinto duro contra mim, o que só aumenta o fogo dentro de mim.A mão dele, que traçou um rastro de arrepios no meu rosto, desce até o topo do meu vestido tomara que caia. Ele puxa o tecido para baixo, revelando meu sutiã de renda rosa antigo. Um gemido faminto escapa dos lábios dele ao olhar para o meu sutiã, meus mamilos visíveis através do material rendado. Seus lábios colidem com os meus novamente, e se meu vestido não fosse tão apertado, eu envolveria minhas pernas ao redor dele. Seus beijos são suficientes para me quebrar a um ponto de onde acho que nunca poderia voltar.De r
Ponto de Vista DiogoEu estava queimando por dentro ao ver Matilde naquele vestido. Só ela poderia caber tão perfeitamente em algo assim, parecia feito para ela. Cada detalhe da sua presença era hipnotizante. O perfume de flor de cerejeira com sal marinho que ela exalava se misturava ao aroma das rosas ao nosso redor, criando uma atmosfera que me deixava tonto de desejo.Eu queria marcar meu território, mostrar para todos na celebração com quem ela deveria estar. Queria que todos soubessem que ela era minha. Mas e se ela não quisesse ser marcada? Ela havia mencionado algo sobre não me manter… seria assim que ela se sentia? Casada, mas não marcada.Eu precisava ir devagar. Esse vínculo de companheiros não era algo que eu poderia forçar. Eu a tinha magoado, e agora precisava provar que não iria a lugar nenhum, que estava comprometido de verdade. Os dois Alfas que falaram dela como se fosse apenas um pedaço de carne… bem, eles já haviam assinado suas próprias sentenças de morte. Se eu nã
Ponto de Vista de Matilde AlvesEstou casada, mas não sintonizada. Sou a esposa do Rei Alfa da Matilha Luar Vermelho. Sua esposa, mas não a Luna da Matilha. Mas isso é apenas uma questão de tecnicidade. Os membros da Matilha, nos últimos dois anos, me apoiaram como a esposa do Alfa e nunca me fizeram sentir menos do que uma Luna. A Matilha Luar Vermelho é a Matilha dominante de muitas outras, pois nossos guerreiros permanecem invictos em batalha. Oferecemos uma aliança forte a Matilhas menores que, em tempos de crise, podem chamar o Rei Alfa e seus guerreiros para ajudar a proteger e garantir suas terras.— Luna... cuidado. Me deixe fazer isso. — Maria Costa, uma das funcionárias da mansão do Alfa, me oferecia ajuda.Como a Luna em exercício, eu era responsável pelo planejamento e organização da Conferência da Lua do grupo anual da Matilha. Acabávamos de concluir o evento deste ano e, sendo a manhã seguinte, estava ajudando na limpeza. A equipe me disse para não me preocupar, que eu j
Ponto de Vista de MatildePor que ela estava aqui? O que ela estava fazendo aqui?Tento encontrar os olhos de Diogo para obter uma indicação de suas emoções com a chegada dela, mas os dele estão fixos na mulher que parece estar agitada com a minha interrupção. Seu cabelo preto brilhante, que era longo nas fotografias, agora estava cortado em um estiloso bob longo. Ela estava usando um top rosa brilhante que revelava bastante o decote, jeans brancos apertados e saltos rosa com pedras brilhantes. Suas roupas não eram nada parecidas com as minhas e me senti bastante feia com minha camiseta preta larga e calças de ginástica pretas.— Oh, você deve ser a Matilde! É um prazer finalmente a conhecer, sou como a irmãzinha do Diogo, eu sou...— Rebeca! Rebeca continua a segurar meu olhar até que ela me observa de cima a baixo, me avaliando. Se não estivesse olhando para ela, acho que ela teria zombado da minha aparência. Minha loba sentia uma maldade nela, uma frieza que ela nasceu com. Diogo é
Ponto de Vista de MatildeLevei Rebeca para fora, para a frente da mansão do Alfa. Queria verificar se ainda havia algo a ser arrumado e, sabendo que Maria e Bianca estavam nos fundos da casa, nossa conversa não deveria ser ouvida. Rebeca se virou para mim, uma aura fria emanando, que ela estava se esforçando para manter escondida, mas minha loba percebeu e choramingou em minha mente. Minha loba sabia que essa fêmea não era de confiança.– Fiquei surpresa de você ter os quartos de hóspedes da frente e que Diogo me deixou ficar nos quartos antigos dele. Com certeza deveria ser o contrário, não? – Ela riu de maneira debochada, minhas costas se enrijecendo com suas palavras. Talvez Danilo estivesse certo, talvez ela estivesse aqui com um motivo oculto. Não tinha tempo para jogos, abandonei minha Matilha familiar para me mudar para cá e trabalhei duro como Luna da Matilha Luar Vermelho nos últimos dois anos. Não ia deixar ela estragar isso. Eu tinha que lutar pelo que era meu.– Rebeca...
Ponto de Vista de MatildeNos dias seguintes, tentei ficar a sós com Diogo, mas Rebeca estava com ele a cada momento. Ela até se infiltrou nas reuniões de negócios da Matilha e ficou quieta ao lado. Ela observava Diogo como se estivesse maravilhada com sua liderança, mas ficava feliz em comentar quando ele pedia minha opinião como Luna.Eu não estava me sentindo bem. Os estágios iniciais da gravidez estavam tirando muita energia do meu corpo, além do estresse adicional de Rebeca estar aqui e saber suas intenções, me impedindo de dormir à noite.Danilo exigia me ver todos os dias. Ele conseguia perceber que eu estava estressada com algo, e as olheiras embaixo dos meus olhos informavam que não estava dormindo bem. Eu estava de volta ao consultório dele, onde ele estava medindo minha pressão arterial e verificando meu peso.– Você já perdeu peso, Matilde. Está tendo dificuldades com enjoo matinal? – Seus olhos me olham por cima dos óculos de aro dourado, ele também estava cansado. Provave