Ponto de Vista de MatildePoderíamos estar sozinhos nessa sala de festas, pelo que eu sabia. Os arrepios estavam mais fortes do que antes, e eu finalmente entendi o que ele quis dizer, o que ele estava tentando me dizer. Será que éramos companheiros destinados? Isso explicaria muita coisa, como a intensidade entre nós sempre que eu estava sozinha com ele, quando não conseguia me distrair com os assuntos da Matilha ou com a ameaça de segurança que era a ex dele. Por que eu não percebi isso antes?Olhei para Diogo e ele sorriu, aquele sorriso convencido que agora fazia todo sentido. Ele sabia. Sabia há algum tempo, e dava para ver isso no modo como ele olhava para mim enquanto eu processava tudo. Olhei para a minha mão, que estava entrelaçada na dele, com o polegar dele acariciando as costas da minha mão.— Bom, agora parece um bom momento para anunciar o motivo da celebração desta noite! — Alfa Luís falou em voz alta, chamando a atenção de todos na sala.Soltei a mão de Diogo no mesmo
Eu estava pronta para me divertir com aquilo. Especialmente porque muitos deles eram membros da minha Aliança. Quando Alfa Luís começou a falar, todos os olhos se voltaram para mim quando levantei a mão, cortando-o.Eu coloquei minhas mãos no rosto, devagar, dando leves tapinhas.— Nada de bolhas.Minhas mãos desceram, passando pelos seios, pelos quadris e, finalmente, chegando à minha região inferior. Eu sabia que estava sendo observada, então fiz questão de enfatizar minha figura feminina, embora fosse um pouco magra demais, com seios pequenos, mas firmes. Seus olhares, que antes me observaram sem permissão, agora estavam sendo encorajados por mim.— Matilde! — Um rosnado baixo escapou de Diogo, o ciúme estampado em cada palavra enquanto todos olhavam para sua companheira. Um novo poder de confiança explodiu dentro de mim.— Um pênis? Nada disso. — Zombei, sorrindo para toda a sala.— Eu sou Matilde Alves, Alfa da Matilha Pedra Preta. Estou feliz em finalmente conhecer todos vocês, e
Ponto de Vista de MatildeO cenário ao nosso redor era encantador, extremamente romântico, mas eu não conseguia me concentrar nas centenas de rosas vermelhas, nas lanternas iluminadas por luzes de fada ou na música suave ao longe. Tudo o que ocupava meus pensamentos era ele. Desde que voltou à minha vida, venho lutando contra essa atração irresistível, essa força gravitacional que me puxava em sua direção.Ele tirou um maço de cigarros do bolso interno do paletó e colocou um na boca com suavidade. Enquanto acendia e soltava a fumaça, algo em mim se revoltou, um rosnado baixo formou-se no meu peito.— Eu não gosto que você fume. — Disse, sabendo que nunca gostei, mesmo que isso combinasse com sua imagem de bad boy. Eu conhecia os riscos para a saúde, e isso sempre me incomodou.Seu olhar sedutor, uma verdadeira obra de arte, já começava a mexer comigo de maneiras que eu preferia ignorar. Ele deu outra tragada no cigarro, mas dessa vez soprou a fumaça para o lado, longe do meu rosto.—
O beijo dele começa devagar até revelar sua verdadeira fome por mim. Eu lhe dou total controle; eu não teria chance de conseguir a vantagem aqui. Sua língua se move habilmente, provando cada parte da minha boca, e sinto meu corpo perder a capacidade de se manter de pé. Minhas pernas enfraquecem e ele percebe. Sua mão, que estava no meu quadril, envolve minhas costas e me puxa para ele, contra sua virilha. Eu o sinto duro contra mim, o que só aumenta o fogo dentro de mim.A mão dele, que traçou um rastro de arrepios no meu rosto, desce até o topo do meu vestido tomara que caia. Ele puxa o tecido para baixo, revelando meu sutiã de renda rosa antigo. Um gemido faminto escapa dos lábios dele ao olhar para o meu sutiã, meus mamilos visíveis através do material rendado. Seus lábios colidem com os meus novamente, e se meu vestido não fosse tão apertado, eu envolveria minhas pernas ao redor dele. Seus beijos são suficientes para me quebrar a um ponto de onde acho que nunca poderia voltar.De r
Ponto de Vista DiogoEu estava queimando por dentro ao ver Matilde naquele vestido. Só ela poderia caber tão perfeitamente em algo assim, parecia feito para ela. Cada detalhe da sua presença era hipnotizante. O perfume de flor de cerejeira com sal marinho que ela exalava se misturava ao aroma das rosas ao nosso redor, criando uma atmosfera que me deixava tonto de desejo.Eu queria marcar meu território, mostrar para todos na celebração com quem ela deveria estar. Queria que todos soubessem que ela era minha. Mas e se ela não quisesse ser marcada? Ela havia mencionado algo sobre não me manter… seria assim que ela se sentia? Casada, mas não marcada.Eu precisava ir devagar. Esse vínculo de companheiros não era algo que eu poderia forçar. Eu a tinha magoado, e agora precisava provar que não iria a lugar nenhum, que estava comprometido de verdade. Os dois Alfas que falaram dela como se fosse apenas um pedaço de carne… bem, eles já haviam assinado suas próprias sentenças de morte. Se eu nã
Eu sabia que, assim como a mãe dela, eu tinha muito o que compensar e uma longa jornada pela frente. Mas estou disposto a tentar. Qualquer pai seria melhor que o meu, com certeza. "Parece ótimo, mas eu ia ver se sua mãe queria dançar..."– Com você? – Ele torceu o nariz, como se fosse impossível alguém querer dançar com a mãe dele. A maioria tinha que passar pelo pai, não pelo filho. Mas o pai estava morto, graças à minha ex desequilibrada. Não, nem f*dendo vou mencionar isso hoje à noite, Diogo. Isso seria um bilhete de primeira classe para destruir qualquer ponto que eu tenha conquistado até agora.Matilde olhou para a pista de dança. Danilo e Rafaela ainda estavam dançando, e Pedro, como de costume, estava flertando com algumas Lunas, o que claramente irritava os companheiros Alfa delas. Camila, por outro lado, discutia com Guilherme, tentando se livrar dele, mas seus olhos piscavam na minha direção.– Sim... – A voz de Matilde saiu rouca, e logo ela limpou a garganta. – Sim, isso s
Ponto de Vista de MatildeEu estava no quarto com Ana e já havia colocado o pijama dela sobre a cama. Ela sempre foi uma pequena teimosa quando se tratava de escovar os dentes. Com toda a quantidade de açúcar que ela consumiu nesta noite, eu sabia que precisava insistir nisso.— Você escovou os dentes? — Pergunto, olhando para o banheiro onde ela estava.Ela respondeu, meio resmungando:— Sim, mamãe...Mas logo ouvi o som da escova de dentes elétrica infantil sendo ligada. Ah, espertinha! Ela tinha tentado escapar dessa vez. O quarto em que estávamos era incrível. Tínhamos claramente recebido o quarto superior, decorado com papel de parede creme, cortinas ricas na mesma tonalidade, e uma enorme super cama de casal. Além disso, havia um banheiro privativo e uma varanda enorme com assentos ao ar livre. Até um aquecedor externo estava disponível, o que, sendo lobisomens, parecia um luxo desnecessário. Não costumamos sentir frio, mas, desde que tive os gêmeos, minha temperatura corporal c
Coloco meu telefone ao meu lado e recosto minha cabeça na espreguiçadeira, aproveitando o assento luxuoso. Meus olhos ardem de cansaço. Muitas coisas aconteceram recentemente e muitas verdades foram reveladas por ambas as partes. Sinto formigamentos nos lábios que se movem para minha bochecha, atravessam até a orelha e o pescoço, voltando para minha boca.— Matilde, acorde. — A voz de Diogo soa contra meus lábios enquanto abro meus olhos, sonolenta, sentindo seus beijos pelo meu pescoço e clavícula.— Diogo... — Começo a protestar que ele me beijasse tão abertamente na frente das crianças, mas então me sento e vejo que os dois estão profundamente adormecidos na cama grande. Ricardo tem traços de lama no rosto, mas Diogo conseguiu colocá-lo para dormir sozinho. Não vou tirar o sorriso orgulhoso do rosto dele perguntando se Ricardo conseguiu escovar os dentes antes de dormir. A julgar pelas marcas no rosto dele, eu diria que não.— Ele apagou como uma luz.— Ele apagou? — Olho para Diogo