Fazendo assim os alunos decidirem a melhor forma de aprender, sem pressão e mais liberdade.— Vamos a sorveteria e depois ao shoping - falei animada.— Podemos ir a pista de patins depois - Louise exclamou feliz. Caminhamos animados até nossas salas e Dylan já estava a minha espera para nossa aula juntos, ele parecia preocupado, mas quando me viu ficou menos tenso.— Soube o que aconteceu ontem, você está bem? - perguntou assim que me sentei do seu lado.— Estou bem, foi só um susto - pendurei minha bolsa na cadeira e me virei para o moreno. — Como estão as coisas com a Jane?— Muito mau humor? - soltou um muxoxo e relaxou na cadeira, sua jaqueta jeans caida para o lado e o cabelo o mesmo caos de sempre. Uma calça jeans justa preta e uma camisa branca, com uma corrente de prata para enfeitar. — Brigamos por telefone e quando fui conversar com ela, tive que ouvir um manual de como ser o namorado perfeito - revirou os olhos. — Terminamos!— Simples assim? Terminaram? Essa garota vai fa
Acho que ele percebeu meu semblante, mas a ideia de não vê-lo durante esse tempo é algo que eu nunca imaginei que seria possivel. Me acostumei a admira-lo de longe por anos e quando finalmente posso tê-lo por perto, ele vai embora.Percebendo que eu não falei mais nada, ele deixou seu treino de lado e se sentou ao meu lado na cama, segurou a minha mão e colocou em seu peito onde seu coração batia forte, olhando em meus olhos, ele sorriu e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.— Eu sou seu, Meg, e não importa onde eu vá ou o que eu faço, isso jamais irá mudar - aproximando seu rosto do meu, ele me beijou e confesso que saber que o que eu sinto também é reciproco, aliviou meu coração.(...)Eric e eu ficamos no porão até o fim das aulas e depois ele me levou ao cinema, pedi a ele que me ajudasse a ficar fora de casa o máximo de tempo possivel, desde o baile o clima entre meus pais não tem sido muito bom. Mamãe o culpa pelo quase sequestro e o papai está sempre em pé de guerra
— Esquece tudo isso, hoje é o último dia que temos para relaxar - me virei para um beijo em seu rosto e fui surpreendida com um selinho roubado.— Quem ficar bebado primeiro, pula na piscina - Eric me puxou para o nosso lugar na mesa e começamos a jogar as bolinhas nos copos.Ver todos se divertindo parecia ser uma cena de filme, espero poder me lembrar desses momentos depois que me formar.(...)— Mexe essa bunda, Margareth! - Jane gritou no meio da quadra fazendo com que as meninas ficassem em posição novamente para repetir a sequência.— Jane, para de gritar! - Stacy disse massageando suas temporas, assim como eu deve estar cansada de ouvir a ruiva.— Se dançarem direito eu não vou ter que gritar - Jane disse ao cruzar os braços abaixo dos seios.— Sabe qual o seu problema, Janet? - deixei minha posição e fui na direção dela. — Você só sabe dar ordens, até agora não vi você dançando - fiquei a poucos passos de distância dela. — Porque não prova que merece sua posição de lider ensai
Assim que cheguei em casa, ignorei minha mãe ao telefone na sala e corri para o meu quarto, a mais velha não se importaria em perguntar sobre o meu dia ou se atualizar sobre a minha vida, e eu não queria saber sobre sua viagem.Joguei a mochila em algum canto do quarto e fui me despindo pelo caminho, tomei um banho rápido e lavei meu cabelo, depois de brigar com Jane daquele jeito meu cabelo precisa de um tratamento urgente, mas hoje eu tenho pressa. Sai do banheiro enrolada na toalha e dei de cara com Dylan largado em minha cama, ele estava segurando meu caderno de desenho, dei as costas a ele e entrei no closet.— Onde vamos? E porque eu tenho que ir junto? - escutei ele perguntar do quarto.— O Eric me convidou para ver sua estreia no ring e disse para levar - respondi enquanto vestia um conjunto de peças íntimas, um sutiã preto sem alça e uma calcinha no mesmo tom.— Então eu estou indo para ser seu segurança? - perguntou ele.— E também para me fazer companhia - passei um creme p
Eu planejei minha vida toda desde pequena; eu iria morar em uma grande casa na floresta, com trilha para a cachoeira e vista para as montanhas, iria andar descalça todo dia, iria trabalhar em casa como roteirista de histórias em quadrinhos e escrever encantadores romances. Mas nada saiu como planejado e hoje estou presa em um escritório bem no dia do meu aniversário. Roteiro para revisar, reunião para participar, ideias novas para apresentar e uma pessoa cansada de trabalhar. Será que falta muito para eu me aposentar?— Meg, preciso de você na reunião em cinco minutos — meu superior disse. E lá vou eu, participar de mais uma reunião chata. Meu corpo estava sentado naquela cadeira, mas minha mente viajava para outro lugar, o que eu estaria fazendo se ainda tivesse um namorado? Ou se eu tivesse me casado como a maioria das mulheres da minha idade? Eu teria uns 5 filhos e um marido barrigudo no sofá pedindo cerveja. Casar está fora de cogitação. — Meg, o que você acha? — fui
Entrei no primeiro taxi que passou na minha frente, está tão tarde que eu nem imaginei que iria conseguir pegar um, dei meu endereço a ela após me acomodar no banco, o bolinho na minha mão parecia tão apetitoso, mas eu estava sem vontade alguma de comê-lo agora.— É seu aniversário? — perguntou a mulher no volante. Parando para analisar, essa é a primeira vez que eu pego um taxi com uma mulher dirigindo, pelo menos não é um cara estranho que fica me encarando pelo espelho.— Sim, 40 anos com um cansaço de 80 — brinquei e ela riu.— Já fez seu pedido de aniversário? — se referiu a vela apagada do bolinho em minha mão.— Sim, mas eu não tenho esperança dele se realizar, é meio surreal sabe — comentei.— A esperança deveria ser a última a morrer — falou ela. De repente o carro começou a andar rápido demais e quando eu percebi já tínhamos passado do caminho até meu apartamento.— Ei, onde estamos indo? Minha casa já passou — falei desesperada.— Estamos indo realizar seu desejo — ela desv
Dei um pulo da cama ao ouvir batidas na porta do meu quarto, olhei ao redor e de primeira reconheci o cômodo; estou no meu quarto na casa dos meus pais. Minha cama ainda é um colchão no chão que fica do lado da “cama” do meu irmão, a televisão é pequena e velha, nossa sala é junto com a cozinha e não temos quintal ou jardim. Pelo o que vejo, voltei para minha infância. Duas batidas na porta soaram novamente, me assustei pois estava distraída com o ambiente nostálgico ao meu redor e esqueci que tinha gente do lado de fora. Me levantei da cama e a primeira coisa que eu estranhei foi não ter meus seios, eu malhei tanto na academia durante minha adolescência para ter meus seios e agora eles sumiram. Tico e teco, vou sentir saudades de vocês, até daqui uns anos. Ao lado da porta do quarto tinha um pequeno espelho e aproveitei que eu já estava passando por ali mesmo, resolvi olhar meu reflexo. Falta dois dentes meus, eu não tenho o cabelo comprido igual ao de quando eu era adulta e sim o
Olhei para Dylan ao meu lado que tinha o cenho franzido e os lábios em um pequeno bico, apontei para o quarto dele no andar de cima e ele assentiu me seguindo até o cômodo. Ele se sentou no tapete com as pernas cruzadas iguais a de índio e eu me sentei na frente dele fazendo o mesmo, ele ainda estava pensando e quando seu olhar se encontrou com o meu seu rosto de retorceu em uma careta.— Eu não quero me casar com você, você tem piolho — fez cara de nojo.— E você é fedido — dei língua a ele.— Vamos sempre ser amigos ne? — questionou.— Sim, sempre seremos amigos, mesmo se por acaso a gente se casar — falei a ele.— Promete? — estendeu o mindinho e eu o enlacei com o meu.— Prometo.Dylan e eu não sabíamos que nossa vida iria virar de cabeça para baixo, assim que completamos 10 anos nossos pais ficaram malucos. Dylan acompanhava os mais velhos em reuniões — chatas, segundo ele —, e eu era obrigada pelas matriarcas da família a frequentar festas cheias de frufrus, um pouco tradicional