Capítulo 8

**Benicio de Alcântara e Leão**

O uísque descia pela garganta queimando, mas era um fogo quase reconfortante diante do caos que era minha mente. A casa estava cheia de pessoas que brindavam meu noivado, mas dentro de mim havia um tumulto de pensamentos, e como eu queria que tudo aquilo fosse mentira e que não estivesse acontecendo comigo toda essa merda.

Luana estava lá em cima. Eu sabia disso. Provavelmente se olhava no espelho, preparando-se para dormir, talvez estivesse chorando, pelas mentiras que cercavam minha vida. Fiona gostava de encenar, e eu sempre fui um bom coadjuvante, até agora. Mas as mentiras estavam começando a pesar, e talvez fosse eu quem estivesse segurando a máscara com mais força do que deveria.

“Filho?”

A voz grave do meu pai me trouxe de volta ao presente.

“Pai.”

Ele se aproximou, sem pressa, como se tivesse todo o tempo do mundo para esperar eu abrir a boca. Mas, por alguma razão, naquele momento, eu queria falar.

“Parece que meu filho está triste?”
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