Capítulo 83
Maria Silva**

O peso do meu corpo pendurado nos canos foi um lembrete cruel de quão frágil minha vida estava naquele momento. Meus dedos ardiam, minhas forças desapareciam, e a única coisa que ecoava em minha mente era o rosto do meu filho. Será que ele se lembraria de mim? Será que ele entenderia por que sua mãe não estava lá para abraçá-lo? As lágrimas escorriam pelo meu rosto, e uma mistura de arrependimento e amor me sufocava. Dizem que, no instante da morte, nossa vida passa como um filme. Era exatamente assim que me sentia: revivendo momentos bons e ruins, tentando sorrir, perdoar e, ao mesmo tempo, não chorar.

Meus dedos escorregaram. Senti meu corpo ser tragado pelo vazio. A queda parecia inevitável, mas, de repente, algo firme segurou minha mão. Uma força que não era minha me puxava para cima. Meu coração disparou, e eu fechei os olhos com medo de encarar o que estava acontecendo.

“Maria, segura firme! Não vou deixar você cair!”

Com um último puxão, senti meus pés t
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