Capítulo 49

Maria Silva**

Eu abri os olhos devagar, o peso de uma mão descansando na minha cintura me fez congelar. A respiração quente e o cheiro amadeirado inconfundível estavam ali, ao meu lado. Bruno estava deitado comigo, os olhos fechados, mas as sobrancelhas franzidas, como se também estivesse em uma luta interna.

“Bruno, o que você pensa que está fazendo?” minha voz saiu afiada, ainda baixa, mas cheia de indignação.

Ele abriu os olhos lentamente, como se meu incômodo não fosse uma surpresa, mas um detalhe incômodo que ele escolhia ignorar. Em vez de se afastar, ele trouxe o rosto mais perto de mim, os olhos fixos nos meus com uma intensidade que me fez estremecer.

“Só... não fala nada,” ele murmurou, como se o pedido fosse mais uma necessidade do que uma escolha. “Preciso só... sentir o seu cheiro por um momento.”

Eu podia sentir meu coração martelando, um misto de irritação e aquele calor que ele sabia provocar. Eu sabia que deveria ter me levantado, expulso ele imediatamente, mas havia
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