O IRRESISTÍVEL "PAI" DO MEU EX
O IRRESISTÍVEL "PAI" DO MEU EX
Por: EMY FERNANDES
Capítulo 1- A queda

— Você aceita se casar comigo, Olívia? – ele perguntou ajoelhado no chão.

— SIMM, oh meu Deus, sim. — respondi completamente emocionada, as lágrimas desceram tão rápido em meu rosto, mas o sorriso em meus lábios foi o protagonista daquele momento.

Eu esperei tanto por isso, o dia em que finalmente estaria noiva de Martin Hoke, meu namorado que conheci na faculdade. Nossa relação sempre foi boa e eu sonhava com esse pedido desde o ano passado, temos tantas metas e sonhos para realizar juntos, mal posso esperar por isso.

— Agora sim, que maravilha. — minha futura sogra, Janine Hoke comentou.

— Ahh, eles são tão bonitos. — minha mãe comentou.

De repente todo mundo começou a se abraçar, minha irmã Dalila me abraçou também, ela parecia muito feliz por mim. Dalila é minha irmã mais nova, temos uma diferença pequena de idade. Ela me salvou de um afogamento quando éramos crianças e acabou doente por causa disso, desde então meus pais sempre deram muita atenção a ela, eu não acho ruim, porque por causa dela eu estou viva.

— Fico feliz que vão se casar. — ela disse rindo.

— Obrigado, Dalila. — Martin respondeu.

— Então, vamos comemorar. — dona Janine falou animada.

Ela compareceu sozinha ao nosso jantar em família, seu marido, o senhor Joshua Hoke não pôde vir, está supervisionando seu mais novo investimento, no Havaí, onde também é a terra natal dos Hoke.

Eu me sentei ao lado de Martin na mesa, nossa comemoração foi muito boa, estávamos em um hotel da família do meu noivo, na Califórnia.

Dalilla de repente teve uma crise de tosse, como é costume dela ter, meus pais levantaram as pressas para socorrê-la, até Martin levantou para dar suporte. Têm sido assim desde sempre.

— Quer ir ao hospital? – perguntei.

— O que? Não, não quero estragar sua comemoração. – ela respondeu com dificuldade.

— Não pense nisso, você não está atrapalhando. – respondi.

— Vamos, vou levar você para o hospital. – meu pai falou.

— Vamos, eu vou junto. – minha mãe respondeu.

— Não, mãe e pai, eu estou bem, parem com isso, não vamos estragar o noivado, eu já disse que estou bem. – ela falou firme.

Meus pais voltaram a se sentar, nós bebemos mais um pouco e tentamos retomar a conversa amigável, mas Dalila teve outra crise e pediu licença para subir ao quarto. Martin se ofereceu para levá-la e não deixá-la sozinha, para o caso dela ter outro ataque.

— Você é um rapaz muito prestativo, Martin. — meu pai disse. — Seria o bom tipo de marido para Dalila.

Não pude deixar de sentir a tristeza dentro de mim, meus pais sempre fazem essas comparações entre nós duas, sendo Dalila uma mulher doce e meiga que merece tudo de bom e eu a filha que sabe se virar sozinha. Mas como eu disse, eu não a culpo, Dalila não tem culpa de ser doente.

— Ora, papai, não diga besteiras, Martin vai ser um bom marido para a mulher que ele escolheu. — minha irmã rebateu.

— Sim, eu sei, mas você precisaria muito mais. — ele tentou se explicar.

— Obrigada pelo elogio, senhor Harris, tenho certeza que Dalila encontrará um homem como eu. — meu noivo respondeu.

Os dois foram até o elevador e eu fiquei naquele silêncio desconfortável com meus pais e a senhorita Janine, que me salvou em vários momentos ao puxar assunto.

— O que pretende fazer depois que terminar a faculdade, Olivia? — foi uma de suas perguntas.

— Oh, eu vou fazer um estágio em uma das empresas do meu pai, depois, quem sabe. – respondi verdadeiramente.

— Eu entendo. Você vai ser uma gerente muito competente. Veja, Martin está a ponto de assumir as empresas do meu marido, Joshua está treinando-o para isso. – ela comentou.

— Oh, que notícia boa, vejo que ele é muito dedicado, olha só, se ofereceu para cuidar de Dalila. – minha mãe disse.

Eu fiquei observando o tempo, aguardando que ele voltasse. Meus pais se levantaram da mesa e eu ouvi:

— Se nos der licença, senhora Hoke, vamos ver como Dalila está. – minha mãe quem falou.

— Claro, espero que esteja tudo bem com ela. – dona Janine respondeu.

Meus pais saíram sem dizer nada para mim, apenas levantaram da cadeira e seguiram seu rumo, me deixando sozinha com minha futura sogra. Acho que a família de Martin pode ser uma boa família para mim, pelo menos a dona Janine não me trata com desdém ou tenta me colocar para baixo.

— Bom, se quiser ir atrás da sua irmã, Olivia, pode ir. – ela disse.

— Ok, obrigada por entender. – respondi sem graça.

Eu a deixei bebendo na mesa e fui.

Segui para o quarto da minha irmã, mas ela não estava, meus pais não atenderam a porta quando eu bati, então segui procurando por Martin, talvez minha irmã tenha passado mal em algum local do hotel.

Eu segui pelo corredor do primeiro andar, mas não os encontrei, segui pelo segundo andar e também nada de Martin, fiz a mesma coisa no terceiro andar e não o encontrei. Achei estranho o seu sumiço, mas imaginei que talvez ele estivesse num local mais reservado para resolver algum problema com o pai, é muito comum o senhor Hoke ligar para Martin e ele precisar de privacidade.

Minha intuição estava apitando, alguma coisa me dizia que nada de bom aconteceu, eu perguntei a um segurança que estava no corredor se ele havia visto pessoas com a descrição dos dois, ele disse que não, mas que talvez estivessem na "área de descanso" no terceiro andar, eu segui até lá, um espaço completamente aberto e cheio de mesas, havia um bar mas já estava fechado por conta do horário. O local é bem aberto e acima entra bastante sol pois é aberto, achei bastante peculiar.

Estava bem escuro, então não vi ninguém, eu virei para ir embora, quando ouvi o barulho de uma mesa se mexendo, me assustei rápido e voltei a olhar, segui em direção ao barulho e tudo foi ficando mais claro. Eu cheguei no canto da área, na última mesa, meu coração deu um pulo, mesmo se fosse em uma escuridão total, ou mesmo se eu fosse cega, ainda saberia que Martin e Dalila estavam ali. E o pior, estavam se beijando e fazendo sexo em cima da mesa.

— Mas – engoli em seco. — Que merda é essa? – gritei.

Comecei a ouvir um barulho esquisito no meu ouvido, minhas pernas perderam completamente a força e parece que meus braços também.

— Olívia. – ele se assustou e tentou vestir sua roupa.

Dalila nem se mexeu, apenas permaneceu imóvel, de costas para mim, Martin conseguiu levantar sua calça, mas meus olhos já estavam banhados pelas lágrimas, na verdade minha mente estava perdida, eu estava perdida.

— Como você pôde fazer isso? Eu.. você acabou de me pedir em casamento. — eu berrei.

— Calma. Olivia, vamos conversar. — ele deu um passo a minha frente.

— Não há nada para conversar, ela nos pegou transando, Martin, diga a verdade, estamos apaixonados. – Dalila finalmente disse algo.

— O que? Que palhaçada é essa? — questionei encarando os dois.

— Isso mesmo, ele só está com você porque você é burra e faz tudo por ele. — ela respondeu.

— Do que você está falando, sua traidora... – eu sussurrei. — Vou dizer a todo mundo que você é uma vadia que transou com meu noivo, e você, Martin, nunca mais fale comigo, tenho nojo de vocês dois... — virei as costas e corri.

Eu corri tanto, mas ao mesmo tempo não fui muito longe, me apoiei na mureta de segurança , senti minhas pernas faltando a força. Eu quis me enfiar em um buraco. Acho que meu corpo pesou tanto para a frente, porque senti a impressão de ser empurrada para as muretas de proteção do prédio, pois em um momento eu estava segurando, de cabeça baixa, no outro eu estava... despencando, meu corpo era empurrado para baixo e a última coisa que eu vi, foi o corrimão da mureta de proteção, depois disso, senti minha cabeça pesada e depois a escuridão me tomou.

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