Meus amigos estavam se preparando para entrar no lugar, Alexander ficou em casa, guiando a missão de longe, acho que o filho dele ficou doente e meu amigo é completamente obcecado pelo filho e a esposa. — Dois minutos até os portões abrirem para os convidados. — Hunter informou, seus olhos estavam focados na tela do celular por onde ele via a movimentação da propriedade à nossa frente. — Ok, hora da ação. — Slayer confirmou. — Você está bonitão, Skull, parece até um homem pacífico e decente. — o desgraçado riu. — Vai tomar no cu. — respondi e os dois gargalharam. Exatamente às 00:00 nós entramos no carro e seguimos junto da fila de outros carros, estávamos usando nossas máscaras, o "evento" de hoje só aceita "convidados" que estão com o rosto coberto, é uma medida de segurança para os organizadores dessa porra de lugar. Eu dirigia o carro tranquilamente, cumprimentei o segurança que estendeu a mão para receber nossos convites, entreguei os três, ele conferiu tudo e nós en
— Você aceita se casar comigo, Olívia? – ele perguntou ajoelhado no chão. — SIMM, oh meu Deus, sim. — respondi completamente emocionada, as lágrimas desceram tão rápido em meu rosto, mas o sorriso em meus lábios foi o protagonista daquele momento. Eu esperei tanto por isso, o dia em que finalmente estaria noiva de Martin Hoke, meu namorado que conheci na faculdade. Nossa relação sempre foi boa e eu sonhava com esse pedido desde o ano passado, temos tantas metas e sonhos para realizar juntos, mal posso esperar por isso. — Agora sim, que maravilha. — minha futura sogra, Janine Hoke comentou. — Ahh, eles são tão bonitos. — minha mãe comentou. De repente todo mundo começou a se abraçar, minha irmã Dalila me abraçou também, ela parecia muito feliz por mim. Dalila é minha irmã mais nova, temos uma diferença pequena de idade. Ela me salvou de um afogamento quando éramos crianças e acabou doente por causa disso, desde então meus pais sempre deram muita atenção a ela, eu não acho ruim, po
Um ano depois— Olívia? — ouvi uma voz me chamando. Também ouvi um bip muito insistente na minha cabeça, um peso e uma escuridão totalmente confortável, senti vontade de ficar assim por muito tempo. Mas aquela voz insistiu em me chamar de novo. — Olívia, você quer acordar? Oh, seja bem vinda, você finalmente acordou. — a moça me disse quando eu finalmente abri os olhos.Uma mulher sorria amigavelmente para mim, tentei falar alguma coisa, mas eu estava um pouco desnorteada, pisquei várias vezes até me acostumar com a luz e conseguir mexer a minha boca. — Onde... onde eu estou? —perguntei. — Você está no St. Joseph, querida. — ela afirmou. Hospital, eu estou em um hospital no centro da cidade, encarei o teto branco e ao forçar minha mente, as lembranças foram aparecendo na minha cabeça, como flashs rápidos que iam e vinham ao mesmo tempo. Então, tudo começou a fazer sentido, meu coração acelerou um pouco e acho que isso chamou atenção da enfermeira. — O médico virá para vê-la. Não
— É um procedimento delicado, Joshua, tem que ser feito em sigilo, você está tentando esse divórcio desde o ano passado. Mais uma tentativa com meu advogado. Desde o ano passado, quando eu decidi realmente me divorciar no papel, estou buscando uma forma de provar que Janine não merece ficar com uma parte dos meus bens, as empresas da família dela estão em parceria com algumas empresas minhas e isso dificultou um pouco. Mas com todas as provas que eu tenho, acho que...— ... mas sim, estamos muito perto de conseguir, você juntou muita coisa. — ele disse sorrindo. — Passei muito tempo trabalhando nisso. – afirmei. A porta da minha sala foi aberta e a secretária entrou para me dizer sobre a agenda que eu tenho durante o dia. Meu telefone vibrou no meu bolso e pela insistência, eu sei exatamente quem está me ligando. — Ok, obrigado. — agradeci e a secretária saiu. — Eu vou indo, se eu conseguir alguma novidade, eu te ligo. – meu advogado disse. — Tudo bem. – respondi. Retirei o tel
— Eles não vieram? — perguntei a enfermeira. — Ainda não, senhorita Olivia, mas chegarão logo, não se preocupe. Desde que acordei da cirurgia, meus pais ainda não vieram, além de estar triste, também estou preocupada e curiosa para saber o motivo que Dalila precisava ir ao médico naquele dia, ela parecia muito bem. A porta do quarto foi aberta e fiquei animada, o médico entrou com a minha ficha na mão. — Olívia, como se sente? – ele perguntou. — Bem, eu sinto meus pés, minhas pernas, mas...— Calma – ele riu. — Eu estou aqui para te dizer, a cirurgia foi um sucesso, a sorte está ao seu lado. Acontece que, você vai precisar de fisioterapia para estimular a sua força nas pernas, você passou um ano deitada, houve muita perda muscular. — ele explicou cauteloso. — Mas, eu sentir o movimento é um bom sinal? – perguntei devagar. — Sim, com toda certeza. É um ótimo sinal, eu estou colocando o encaminhamento para o fisioterapeuta na sua ficha, vamos nos esforçar para que tudo ocorra bem
Um mês depois— Muito bem, Olívia! — meu fisioterapeuta disse. Desde que eu cheguei, meu progresso tem chamado atenção, o senhor Hoke não vive nessa casa, mas ele vem todo final de semana para ver pessoalmente como eu estou progredindo. Não está sendo fácil, mas eu consigo. — Obrigada, senhor Evans. — respondi. Eu já consigo levantar, consigo segurar nos corrimãos e dar pequenos passos, eu já ganhei peso também, estou fazendo treinos de força e estão dando muito resultado. — Vamos dar uma pausa, é a hora do seu lanche. – ele disse. Até a minha alimentação é balanceada, confesso que estou com muita vontade de comer um hambúrguer ou uma pizza bem grande, mas tenho medo de isso atrapalhar o meu progresso. O senhor Evans empurrou a minha cadeira e me deixou na área externa da casa, perto da piscina, ele me colocou na mesa e uma das cozinheiras trouxe o meu lanche, eu fiz amizade com todo mundo, as moças da cozinha vivem aqui, então nós já nos conhecemos bem. Ouvi o barulho de um ca
Eu me olhei no espelho, encarando minha roupa e minha face, realmente desde o último mês, as coisas mudaram bastante, já consegui ganhar peso, fortaleci minhas pernas, progredi com a fisioterapia. Antes de virar as costas, dei um sorriso, o mais verdadeiro que consegui. Uma das enfermeiras que vive aqui, me ajudou a descer a escada, ela me deixou na mesa de jantar e saiu. Em minha mente, eu imaginava os motivos que levaram o senhor Hoke a se divorciar, também existe o fato de que ele afirma que eu posso ajudá-lo. Como? Como uma pessoa como eu, com a vida toda virada de cabeça para baixo, pode ajudar um homem tão decidido e bem resolvido como ele? — OláSaí do meu devaneio porque ouvi sua voz atrás de mim, virei o rosto para o lado e lá estava ele, bem vestido, usando um casaco preto, o cabelo parecia diferente, talvez ele fez um corte, mas o rosto era o mesmo, aquele bem marcante e...— Olá — me forcei a responder.— Esperou muito? — ele me perguntou. — Não, não muito. Ele colocou
Até o café da manhã eu não havia visto Joshua em lugar nenhum. Minhas pernas estavam doloridas, mas por incrível que pareça, eu senti que elas ficaram mais fortes e decidi andar sozinha hoje para todos os lugares. — Muito bem, Olívia, está conseguindo andar sozinha. — o senhor Evans me cumprimentou. — Obrigada, senhor, estou muito feliz que consegui. — respondi animada. A manhã inteira foi intensa, comecei com treino de força, depois andei na esteira, devagar e com auxílio, depois andei segurando nas barras e por fim, fiz hidroterapia, quando saí da piscina, minha enfermeira, Ema, estava me aguardando na mesa onde eu costumo descansar. — Sua mãe ligou diversas vezes. — ela me avisou. — Agora? — questionei. — A manhã inteira, mas eu não quis te atrapalhar. — ela respondeu. — Fez bem, não quero perder minha motivação. Ema, pode me trazer um pouco de água? Estou com sede. — pedi. — Claro, você deve estar bem cansada, o almoço logo ficará pronto. — ela respondeu e saiu. Segurei o