Quando eu estava no carro, indo para uma reunião, recebi uma ligação da minha irmã, pedindo que eu fosse até em casa, não disse qual seria o motivo urgente, mas insistiu que eu fosse até lá o mais rápido que pudesse. Então, liguei no telefone da minha casa e uma das empregadas atendeu. – Bom dia, Olívia está ocupada? É o Hoke. – avisei. – Oh, sim, senhor! Ela está na área externa da casa. Quer que eu vá chama-la? – Não, apenas diga que eu liguei, avise que não poderei chegar para o jantar essa noite, estarei em casa quando puder, tenho uma viagem de última hora. – expliquei. – Tudo bem, senhor, eu avisarei. Desliguei o celular e dei meia volta, fui direto ao aeroporto novamente, comprei a passagem mais próxima para o Havaí e aguardei o horário do embarque. Estou exausto, mas Morgana parecia ansiosa ao telefone e eu sempre corro quando é algo relacionado a minha família. Meu telefone vibrou no bolso do paletó e eu atendi antes mesmo de ver quem era, merda. – Pai, onde você está
Eu não sabia o que fazer quando Joshua me mandou aguardá-lo para o jantar, foi em um momento tão desconfortável, toda essa cobrança em cima de mim, esse sentimento de não pertencer a lugar nenhum me deixou tão triste e pensativa. Um dia minha vida estava perfeita, tudo acontecia como deveria ser e no outro.... nada, simplesmente não existia mais nada de como era antes. Pouco depois que ele saiu, eu continuei com minha sessão de fisioterapia, os avanços do último mês foram incríveis e eu não quero perdê-los. Durante as aulas a curiosidade a respeito da conversa estavam quase me deixando doida. — Tem que se concentrar, Olívia. – meu professor falou gentilmente e riu. — Tudo bem, me desculpe . – falei sem graça. Respirei e tentei manter minha mente o mais limpa possível, eu não queria que nada me atrapalhasse. Depois disso foi uma sucessão de treinos e conversas com os meus ajudadores, estou cada dia mais forte e saudável. Para minha felicidade e acho que somente a minha. No momento
Eu aguardei na porta, usando um vestido solto e sandália baixa, uma das empregadas me ajudou a arrumar o cabelo, fazer as unhas e sobrancelhas, eu estava bem bonita. Ele foi tão cavalheiro, desceu do carro e me ajudou a entrar. — Você está tão linda, Olívia. — ele me elogiou. — Obrigada, você também está bonito. — falei um pouco nervosa. — Onde você gostaria de ir? — ele perguntou. — Bom, eu não sei, o que está afim de fazer? — Vou te levar em lugar bem legal, então. — ele riu. O lugar é do outro lado da cidade, em um bairro mais movimentado, nós entramos em um pub, o lugar era tão aconchegante, havia um cantor nem animado no palco, as pessoas pareciam bem animadas. Colin me ajudou a caminhar, me guiando no meio das pessoas, usando muletas é um pouco devagar, mas ele me guiou muito bem. — Oi, Colin, trouxe uma convidada hoje? A moça que trabalha no balcão falou com ele, ele me ajudou a sentar em uma cadeira e a moça estendeu a mão para mim. — Olivia, essa é Lucy, minha amiga
Não sei se foi pelo que aconteceu na noite passada, mas eu acordei com uma animação diferente, um sentimento estranho, algo bom. Eu me aprontei bem rápido e me apoiei nas muletas, talvez eu converse com meu fisioterapeuta, o senhor Evans, acho que já posso andar segurando apenas em um apoio, talvez uma bengala. — Bom dia, meninas. Falei com as empregadas que estavam colocando a mesa de café da manhã. — Bom dia, Olívia, como você está? parece animada, como foi ontem? Quero saber. — uma das riu. — Foi bom, não, mais que bom, ele canta, vocês sabiam? Ele cantou em um pub e todo mundo gostou. Enquanto conversávamos sobre a outra noite, eu comi o café da manhã maravilhoso, eu senti que a casa estava muito sozinha, mesmo estando acostumada, hoje não é dia de treino, então não verei Colin hoje. — Uau, ele é lindo, você não acha? — Acho. — falei sincera. — Mas não quero ir com pressa, se for para ser, será. O senhor Evans anunciou sua chegada e já se encaminhou para a área de treinos.
Eu achei que Joshua me jogaria de lado, mas não foi isso que ele fez, ele me encarou quando meu rosto se afastou, uma de suas mãos segurou em minhas costas e então ele avançou em minha direção. Seu jeito tem um tom mais sombrio, que me deixa com vontade de viver todas as coisas mais obscuras que estão escondidas em minha cabeça. Ele invadiu minha boca sem pedir passagem, demorei um pouco para pegar o ritmo, soltei um gemido alto quando ele me encostou na parede e me agarrou com força. Uma das mãos desceu até o cós do meu short e eu queria, não posso expressar o tamanho da minh avontade em continuar naquele momento, minha cabeça se desligou da realidade enquanto Joshua me beijava e tentava descer mais. — Joshua... — sussurrei. E então veio o estalo. Ele abriu os olhos e agora sim, ele se afastou de mim, quase afundei na água, ele me colocou de forma segura na borda e nadou para longe de mim. Quando ele já estava fora, segurou em minhas mãos e me puxou da água.— Joshua, vamos...— N
Precisei me afastar o mais rápido que pude, ou eu iria deixar que meus pensamentos mais intrusivos se tornassem realidade, enquanto Olívia ficava atordoada na área da piscina, eu subi para meu quarto e precisei de um banho frio, a água mais gelada que pudesse me lavar daquela quentura. Eu estava tão excitado que nem isso me ajudou. Quando saí da água, peguei meu telefone e liguei no número de confiança. — Estarei no apartamento em vinte minutos. - avisei. — Ok, você parece animado hoje...— Esteja lá. — exigi. Vesti uma roupa e peguei meus itens pessoais, eu só volto a noite e preciso extravasar essa sensação o mais rápido possível. Informei a uma das empregadas que não voltaria pela manhã e pedi que cuidassem de Olívia, tive medo de tê-la machucado quando a joguei contra a piscina. Tenho um apartamento no centro da cidade, onde eu vou apenas quando preciso, o sexo para mim não é mais algo que eu faço por querer e gostar, apenas sinto que preciso e pago alguém que vai me dar a me
Eu não consegui dormir. Virei de um lado a outro da cama a noite toda, então quando amanheceu, eu fui procurar por alguém para fazer um pedido, não sei se foi para minha sorte ou meu azar, Joshua estava sentado na mesa tomando café da manhã e lendo um jornal. Ele não me viu, ou fingiu que não viu, existe uma diferença entre as duas opções e eu prefiro acreditar que ele não me viu. Joshua estava vestido para trabalhar e havia apenas uma xícara de café perto dele. — Bom dia. - falei cautelosa. — Preciso pedir uma coisa. Ele abaixou o papel e afirmou com a cabeça. — Bom dia, pode pedir. Eu cheguei um pouco mais perto dele, senti aquela descarga pelo meu corpo, como se ele fosse um ímã, métodos os meus pelos ficaram arrepiados ao pensar nisso. — Estou um pouco indisposta, poderia começar os exercícios só à tarde? — pedi. — O que está sentindo? Vou chamar uma enfermeira e ela vem avaliar você. — Não, eu... apenas não consegui dormir bem. — falei baixo. — Entendo. Não se preocupe,
Joshua me encarou, franziu a testa levemente e apontou para o sofá, pedindo que eu me sentasse, ele ficou em pé, em silêncio. — Eu acho que agora que estou bem, devo procurar o meu rumo, sabe, eu estou na sua casa e gastando seus recursos, aliás, quero me desculpar pelo que aconteceu na piscina. Não deveria ter acontecido, eu não sei o que deu em mim. — falei sinceramente.— Como assim gastando meus recursos? — ele questionou. — Você pagou todo o meu tratamento e eu ainda nem entendi bem o motivo. — expliquei. — Por que me ajudar tanto? Ele sentou ao meu lado e respirou fundo antes de começar a dizer: — Olívia, meu casamento acabou antes de Martin crescer, percebi que eu não amava Janine e que nunca a amei. Durante anos ela tentou, fez chantagens e eu estava ligado a ela por questões burocráticas, então o divórcio não seria tão simples assim, quando Martin cresceu, ele foi se aproximando mais da mãe, ela o instruiu a fazer tudo pensando em herdar a minha fortuna, as empresas. Jani