Arthur ignorou a minha aflição e continuou: — Nora, eu vejo que você está infeliz! Esse homem não te merece. — Ele te convidou, não foi? Ficaram amigos, não? Acreditou em tudo o que ele falou, não acreditou?— eu desabafei a minha mágoa. Arthur se desesperou: — Ele tem esse jeito, Nora! Ele fala bonito, é convincente! Não sei como não se apaixonou por ele! Eu confessei: — Eu me apaixonei, Arthur! Ele me abraçou com carinho. — Eu não te culpo, Nora! Ele parece um príncipe! Nasceu rico daquele jeito, impõe respeito, é todo educado, elegante! — É um ogro! Não sabe tratar uma mulher! Eu o odeio! Arthur ficou surpreso. — Então é verdade! Você se deitou com ele. Aquele filho que você perdeu era dele mesmo! — Não! — quase gritei. Eu estava tão confusa. Não queria explicar nada para ninguém. Estava decepcionada com os dois homens igualmente. Saí desesperada pelo meio dos convidados, eu só queria ficar só. Meu desejo era dar u
Chegamos finalmente ao aeroporto. Eu olhei deslumbrada. Nunca tinha ido a um. Meus pais viajavam muito para fora do país, mas nunca me levaram e não foi diferente quando a minha mãe se casou pela segunda vez. Eu não disfarçava minha surpresa. Era muito maior do que parecia nas revistas. Minha mãe trazia muitas revistas para casa e era assim que eu conhecia um pouco do mundo. Eu vi alguns seguranças passar na nossa frente e Victor me puxou pela mão. Logo estávamos entrando no avião. Eu parecia uma criança feliz, ainda mais que estávamos na primeira classe. Victor parecia um rei, tinha sempre algum comissário de bordo querendo servi-lo. Eu imaginei que ele era muito conhecido, mas eu achava que o prefeito da minha cidade era um bobo. Lembrei da estátua de pedra na pracinha e ri gostoso. — O que lhe parece tão engraçado?— Victor indagou curioso virando-se para a minha poltrona. Eu desmanchei o sorriso, claro. Me acomodei no meu canto e não respondi.
Um grito ecoou de dentro de mim, com toda a minha indignação: — Quem é Rafaella?— eu gritei enquanto Victor tentava entender como foi parar no chão. Ele se levantou irritado. — Não é da sua conta! Victor entrou no banheiro e demorou muito, o que me deixou mais revoltada. Quando ele voltou, eu desabafei enquanto ele se deitava tranquilamente: — Estava se tocando pensando nela? Tem uma amante? É isso? Victor bocejou me ignorando e se ajeitou debaixo do cobertor. — Quem é Rafaella?— eu insisti. Ele não respondeu e houve um silêncio. Eu queria gritar de ódio. Estava fora de mim. — Isso não faz parte do acordo! — eu falei alterada insistindo em continuar com a discussão, mesmo que Victor estivesse tentando voltar a dormir. Num minuto, eu já estava de pé pisando na barra daquele pijama ridículo. Victor sentou-se à beira da cama e já estava começando a perder a paciência, uma vez que eu não parava mais de falar. Até a minha mãe eu
Victor sacudiu a cabeça irritado e respondeu: — Para que? Para se achar no direito de me controlar? Eu já disse quais são as condições dessa droga de casamento! Eu larguei o lençol que tinha enrolado ao corpo e me ofereci para ele. Me coloquei na sua frente com o corpo virado para a parede de espelho. Apoiei um pé no vaso sanitário deixando as pernas abertas. — Tem certeza?— ele sussurrou ao meu ouvido. Eu apenas assenti e procurei não fazer careta dessa vez. O espelho refletia ele por trás de mim inclinando o meu corpo, segurando o meu quadril. A respiração dele era um tanto animalesca. Eu me imaginei sendo a própria Rafaella. Ela devia ser bem servida daquele corpo. Eu não deixaria ele tão fácil para ela. Ele casou comigo. Por que não casou com ela? Deixei o meu corpo inclinado o máximo para frente até que senti Victor me tocando por baixo das minhas pernas, me excitando. Logo fiquei bem lubrificada. — Você me deixa louco! — ele disse beijando as
Victor se satisfez muito rápido. Aquela posição era estimulante para ele. Estava conhecendo o meu homem. Eu estava deixando de ser princesa para ser apenas objeto de prazer. Mas era inevitável! Um homem com todos aqueles atributos, dormindo na mesma cama, quem resistiria? Eu me deixei cair na cama depois que ele jorrou seu líquido em mim, achando que ele era egoísta como todos os homens. O importante era a sua satisfação, mas ele me surpreendeu. Me puxou por trás, de conchinha e começou a me tocar a intimidade falando no meu ouvido: — Não vou deixar você na mão. Se eu gozei, você também vai! Vem, empina pra mim! Eu molhei na hora, quem não? Que homem é esse? Tanto que me estimulou a intimidade com seus dedos mágicos e pressionando seu tórax nas minhas costas que fui a loucura. Gemi tão profundo que tive a sensação de nunca ter sentido tanto prazer na vida. É, eu estava ficando viciada naquilo. Não, naquilo nunca mais, no sexo. No sexo gostoso! Victor me solto
Quando descemos no aeroporto, começou o desespero. Muitos seguranças nos cercaram e nos conduziram até alguns carros pretos, blindados. A escolta nos levou até a mansão maravilhosa de Victor. Nem na revista eu tinha visto coisa igual. Na primeira vez em que estive ali, não reparei em nada. Entrei e fui direto para o escritório onde eu pretendia me passar por garota de programa, para contrariar o homem de pedra, mas agora, via tudo com detalhes e parecia a primeira vez em que pisava ali. Ali, só moravam ricos, todos tinham casas no mesmo padrão. O muro bem alto, cercando muitos metros quadrados, incalculáveis para os meus olhos. Um grande portão de ferro com um desenho estranho, pareciam dragões cuspindo fogo, se abriu e veio uma paz quando vi tanto verde. Era um jardim bem cuidado. Atravessamos todo ele e só então descemos do carro. A porta da mansão se abriu no momento em que eu cumprimentava com um sorriso o jardineiro e outra moça que vestia um unif
Foi uma loucura. Eu não me reconhecia. Era tanto fogo. Nós desejávamos igualmente, o que poderia nos separar? Victor me virou pelo avesso. Eu topava tudo com ele. Tudo era prazeroso. Ele mudava de posição o tempo todo e voltava a me penetrar. Eu estava em lua de mel. E daí se estávamos em quartos separados? Ele me desejava, aquela situação não passaria daquela noite. Eu gozei muito antes dele, que continuou estocando dentro de mim ferozmente. Eu descobri que gostava muito de sexo. Ou estava muito apaixonada por aquele homem delicioso. Depois que ele gozou dentro de mim, deixou o seu corpo suado por cima do meu e começou a falar ao meu ouvido: — Impossível dormir separado da minha mulher gostosa! Você me deixa louco com esse seu cheiro! A voz dele foi ficando lenta até que ele adormeceu. Eu o afastei para o lado e me encostei no seu corpo. Adormeci ansiosa para ver a cara de Diana quando soubesse! A minha cama ficaria intacta. No dia seguinte, me
Cheguei na mansão, fora de mim. Durval voltou para a empresa, enquanto eu atravessei o enorme jardim em passos largos. — Não tenha pressa! Cada dia é uma vitória! Eu parei assustada procurando de onde vinha a voz. — Clovis! Quase me matou de susto!— Eu exclamei segurando o peito. — A senhora tem boa memória! — Eu decorei o nome de todos vocês! — respondi sorrindo. Sentei-me no banco de pedra ao lado do homem simpático e confessei: — Com exceção dos seguranças. Não me pergunte o nome deles! Clóvis se punha a podar alguns galhos, calmamente, enquanto falava: — Senhora, tenha paciência com o menino! Ele já sofreu muito! Eu fiquei chocada. — Menino! Chama o Victor de menino? O rei da soja! O homem de coração frio! Para mim, o homem de pedra! Incrivelmente, Clóvis teve uma crise de riso. — Verdade!— eu já me contagiava com o riso fácil de Clóvis. — Esse não é o meu menino! Criaram essa imagem! Ele é um gigante nos negócios, e