Capítulo 17°

Cheguei na mansão, fora de mim. Durval voltou para a empresa, enquanto eu atravessei o enorme jardim em passos largos.

— Não tenha pressa! Cada dia é uma vitória!

Eu parei assustada procurando de onde vinha a voz.

— Clovis! Quase me matou de susto!— Eu exclamei segurando o peito.

— A senhora tem boa memória!

— Eu decorei o nome de todos vocês! — respondi sorrindo.

Sentei-me no banco de pedra ao lado do homem simpático e confessei:

— Com exceção dos seguranças. Não me pergunte o nome deles!

Clóvis se punha a podar alguns galhos, calmamente, enquanto falava:

— Senhora, tenha paciência com o menino! Ele já sofreu muito!

Eu fiquei chocada.

— Menino! Chama o Victor de menino? O rei da soja! O homem de coração frio! Para mim, o homem de pedra!

Incrivelmente, Clóvis teve uma crise de riso.

— Verdade!— eu já me contagiava com o riso fácil de Clóvis.

— Esse não é o meu menino! Criaram essa imagem! Ele é um gigante nos negócios, e
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