Victor estava sentado, atrás da sua mesa, me olhando com o semblante fechado, isso eu já até esperava. — Sente-se! Eu obedeci, mas parecia hipnotizada pela presença daquele homem que me causou tanto mal, mas que quando estava diante dele só lembrava dos momentos mais íntimos. — Victor, não precisamos ter essa conversa. Eu sei que estou aqui como empregada e que tenho que me colocar no meu lugar. Não se preocupe, não haverá mal estar entre nós, eu só quero estar perto do meu filho! Ignorando o que eu havia dito, Victor anunciou: — Você usará o mesmo quarto, o qual usou quando chegou aqui no início. — Eu não me importo de dormir junto com as criadas— eu disse cabisbaixa. — Pensei que quisesse ficar mais perto do seu filho! — Eu quero, claro, mas não achei que fosse ficar perto de você— eu ainda falava cabisbaixa. Victor inclinou-se para frente, com os seus olhos verdes brilhantes num misto de raiva e sarcasmo para retrucar: — Por que você acha q
Eu me tranquei no meu quarto e não saí mais. Zilma veio falar comigo. — O que aconteceu? Está encolhida aí na cama, por que? — Estou cansada, só isso!— respondi debaixo dos lençóis. Zilma estava agitada. Sentou a beira da cama falando enquanto olhava para a porta, na verdade ela queria dar a impressão de estar falando lá de baixo. — Precisa ver o patrão, jantando e olhando aqui para cima! Ele não tem mais sossego agora que você está aqui! — Ele me trouxe para me manter sob controle! Ele assustou-se com o fato de eu ser capaz de ir na festa do Junior vestida de palhaça Zilma começou a dar risadas. — Menina, essa foi demais! Você foi mesmo ousada! Adorei! Neste momento, Diana deu duas batidas na porta e foi entrando. — Nora, achei que estivesse dormindo!— ela disse ofegante. — Não, ainda vou descer para jantar— eu disse naturalmente. — O Victor, ele quer que você vá servi-lo! — O quê!— eu quase gritei. Diana não concordava com aq
Victor me beijou e eu senti o meu corpo despido relaxar, para aceitar tudo que em sã consciência eu não permitiria. Eu sentia aquele beijo gostoso, enquanto percebia que Victor tirava a própria roupa com pressa e a sua respiração estava ofegante. — Ai, Nora, chega a doer o desejo que sinto por você— ele disse se afastando para se livrar das calças. Eu me sentia toda molhada, não dava nem para negar o meu tesão, mas dentro de mim, eu lutava revoltada. Eu dizia para mim mesma:” vai satisfazer um homem que te enxotou desta casa como um cão sarnento?” Victor se despia de pé na minha frente, me olhando com seus olhos apertadinhos e sedutores. Ele foi até o banheiro e pegou um preservativo, começou a colocá-lo na minha frente, sempre me olhando e mordendo os lábios. — Eu vou enlouquecer se eu não te possuir hoje, Nora! Desde que te vi, naquele dia na festa, não paro de pensar em você! Eu estava nua, com as pernas aberta, aquele homem sensual de pé no meio delas forçando para que se
Eu desci para servir o meu patrão com um sorriso no rosto. Victor reparou e enquanto ele segurava a sua xícara, me olhava curioso. — Está tão contente, pelo jeito se aliviou. Pensando em mim, aposto! Eu continuei sorrindo e lhe servindo. Eu cheirava a banho e com certeza Victor podia perceber, mas o cheiro dele exalava pelo ambiente. — Está tão cheirosa!— ele disse inclinando-se na direção do meu pescoço. Eu saí rebolando, faceira. Ele nem imaginava o que lhe esperava. Eu terminei de servi-lo e voltei para a cozinha, onde eu me sentia à vontade. Eu, Zilma e Mary tínhamos quase a mesma idade, elas eram um pouco mais velha, mas nós nos entendíamos muito bem. — Cuidado, menina! Não vá pela cabeça dessas duas aí não! Elas não tem muito juízo! — Norma, não fala isso delas, coitadas, até estão namorando sério!— eu disse brincalhona. Norma deu de ombros e resmungou: — Esses dois aí, tem é muita paciência! Não deve ser fácil segurar essas
Eu ergui o queixo e ajeitei a blusa vermelha de seda por dentro do cinto de couro e me sustentei nos saltos, tudo emprestado. — Vou sair, é minha folga!— eu disse fechando o semblante. Victor engoliu em seco, provavelmente pensando nos conselhos de Diana. — Eu sou um idiota mesmo!— ele disse entre os dentes. — O quê?— Me fiz de boba. Victor se irritou e gesticulou impaciente. — Vá, vá logo! Mas vou mandar uns seguranças por precaução! — Não sou mais sua esposa!— eu, debochada, ainda saí com essa. Victor rebateu sem piscar: — Eu sei disso! Se fosse minha esposa não andaria vestida desse jeito! Eu coloquei a mão na cintura e o desafiei, poderosa: — O que tem a minha roupa? Victor começou a gaguejar: — Parece, sei lá o quê, uma… Eu o interrompi: — Uma vadia? Dessas que você pega por aí? Os olhos de Victor brilharam de ódio e Diana ficou tentando lhe acalmar, enquanto eu saí correndo, quase caindo com aqueles salt
Eu fiquei boquiaberta. Ele continuou e quase rasgou a minha saia. A calcinha delicada não resistiu aos puxões que vinha, um após o outro, e ele só parou quando me despiu inteira. Eu vi ele se despindo, me olhando com ódio e pensei que fosse me machucar. — Não quero!— eu disse quase sem voz. — Você quer!— ele retrucou segurando minha nuca e me trazendo para um beijo ardente. Meu corpo se inclinou e eu não tive forças para resistir. Eu desejei ter tomado muito vinho branco para ter uma defesa. Naquele momento, só me restou fingir que estava bêbada. Eu sabia que Victor não ia parar, mas eu diria no dia seguinte que fui abusada. Que droga! Eu só queria aquele homem dentro de mim! Ele não tirava os olhos de mim, acreditava me intimidar, mas na verdade me seduzia mais ainda, porque eu fingia que estava sendo forçada e me desculpava por estar fazendo o que jurei nunca mais fazer, quando fui expulsa daquela casa. Eu abri as pernas e esperei que ele acreditasse que estava mesmo me forçan
Entramos no quarto sorrindo, parecendo um casalzinho de adolescentes que acabara de descobrir o amor. Essa história poderia acabar aqui, mas ainda havia dor, mágoa e insegurança entre nós. Mas eu fiquei feliz por ele ter vindo dormir em casa. Eu me despi da armadura que criei antes do meu retorno àquela casa e me joguei de corpo e alma. Victor não tinha mais poder de me chantagear. Eu já havia recuperado os meus bens e aceitei ser sua criada para estar perto do meu filho e ele não parecia ter coragem de me mandar embora, porque era nítido que sentia minha falta. — Deixa eu tirar esse casaco!— ele disse carinhoso. Esse era o Victor que eu sempre quis pra mim. Tão atencioso e até onde eu pude perceber, apaixonado. Ele correu para preparar a hidro, enquanto eu suspirava. Eu achava que estava sonhando. — Vem meu amor!— ele disse se despindo tranquilamente. Eu fui rindo e me livrando das minhas roupas. A camisola e a calcinha, praticamente se
No dia seguinte, eu desci, como sempre, uniformizada, mas estava sisuda. Passei por Diana, que logo me repreendeu: — Desmanche essa tromba, menina! Victor se levantou rapidamente ao me ver e deixou sua cadeira arrastar para trás. — Bom dia, Nora!— ele estava nervoso e um tanto ansioso. Eu não lhe dei bola, nem respondi e me aproximei para servi-lo. Ele me surpreendeu, puxando uma cadeira, enquanto disse: — Sente-se, meu amor! Não preciso que me sirva mais! Eu fiquei incrédula e fui me sentando assustada, bem devagar. Victor se ajeitou, agoniado, olhou para Diana e ordenou: — Diana, traga todos os funcionários até aqui, sem exceção. Diana franziu a testa, desconfiada e saiu. Logo depois, estavam todos presentes na sala de jantar. Victor começou o seu discurso: — Pessoal, chamei todos aqui para comunicar a minha decisão e espero que não haja qualquer dúvida posterior. Os olhares curiosos estavam sobre Victor, até