Escutei o som abrupto da porta do carro se abrindo e o meu corpo foi retirado dali. Victor, ao mesmo tempo em que me segurava, gritava descontrolado para Alberto. Ele ajeitava o meu vestido, fazendo-o subir, sem conseguir me segurar, e ao mesmo tempo, fechar o zíper atrás. — Você é um canalha! Ouviu, Alberto? Eu vou acabar com a sua raça! Eu fui segurada por braços fortes que me conduziram para longe dali. Victor desferiu um soco que Alberto desequilibrou e caiu sangrando pela boca. Ele examinou o machucado e disse com os olhos brilhando de ódio: — Eu não peguei sua mulher à força, Vitor! Ela viu você beijando a minha mulher! Nesse momento, dois homens fortes que faziam a segurança de Alberto, vieram ajudá-lo a levantar do chão. Victor rebateu alterado: — Devia cuidar melhor da sua mulher, Alberto. Eu fui pego de surpresa! Angeline não desiste de mim! Não devia ter trazido a minha mulher até aqui, você fez de propósito! Você s
Eu me encolhi na minha poltrona. Estava assustada. — Está com medo agora? Por que não me deu ouvidos quando disse para não beber? Por que quis se igualar a Angeline? Não consegue ser fiel, não é? Eu meneava a cabeça negando todas as acusações de Victor, mas a verdade, era que eu também acreditava que havia transado com Alberto por vingança. Ao menos eu me recriminava por dentro, mas por fora não! Eu me levantei encarando Victor com as mãos em cima da mesa que nos separava e gritei: — Você é ridículo! Você estava aos beijos com Angeline, eu vi! Victor titubeou por um instante depois deu a volta na nesa e me imobilizou por trás me ameaçando ao pé do ouvido: — Não tente virar o jogo em seu favor, estamos falando de uma mulher casada que foi flagrada bêbada e seminua no carro do seu amante! Não sei o que doía mais, se era a força das mãos de Victor apertando os meus braços ou ter que admitir que tudo aquilo era verdade, eu estava mesmo ali, naquele
Victor abriu a porta e a empurrou com os pés. Eu não sei o que se passava na sua mente, mas acho que a palavra amante acendeu um botãozinho no meio das pernas daquele homem. Que loucura! Victor deve ter nadado a noite toda para desestressar e ativou o alarme do sexo. Ele me beijou ardentemente, arrancou as minhas roupas sem delicadeza e me jogou na cama falando coisas com as quais eu devia me magoar, mas o meu botão da vulgaridade foi ativado e não era possível! — Vem, Nora! Aquele trouxa não conseguiu te satisfazer, não foi? Eu vejo nos seus olhos o seu desejo por mim! Eu ficava mais ofegante a cada frase que ele falava para me ofender. — Eu vou te fazer mulher, vou terminar o que ele começou! Nem aquele idiota do seu ex noivo conseguiu te fazer se sentir assim! Você gosta do meu jeito ogro de ser, não é? Eu queria sair dali e dizer que eu queria mais, queria o que ele não podia me dar, mas ao invés disso, fiquei esperando ele vir me dar as miga
O próprio Alberto ficou boquiaberto. — Só pode estar brincando, Victor! Você é perfeito nos negócios, mas é desastroso com mulheres! Victor riu e retrucou irônico: — Não me diga! Quem foi que se casou com uma garota de programa, hein? Alberto se alterou. — Eu a comprei! Angeline se vendeu pelo preço que quis e casou-se nas condições que quis também! Victor colocou as mãos na cintura e inclinou o corpo para frente, encarando o seu oponente falando: — E o que o faz pensar que Nora casou-se forçada? Ela me ama, enquanto que você é um incompetente, incapaz de seduzir uma mulher que só pensa em sexo! Alberto liberou um sorriso no canto dos lábios e disse baixinho olhando em volta para os curiosos: — Então estamos com as esposas trocadas, meu caro! Você só quer de uma mulher o que a Angeline quer de um homem! Victor fechou semblante e recuou, mas Alberto lhe pegou no ponto fraco e continuou: — Você não é capaz de amar, do jeito que a
Eu saí atrás dele protestando, conforme Diana havia me orientado. — Mas Victor, você mesmo disse que eu nunca mais seria a sua esposa! Você disse que me usaria quando quisesse, então deixe-me no meu quarto, estou bem lá! Victor voltou irritado. — Eu dei uma ordem e não admito que questione! Esta noite você vai dormir aqui e amanhã as criadas lhe ajudam com a mudança das suas roupas! Eu fiz uma expressão de desagrado, mas estava feliz por dentro. — Então eu vou ser de fato a sua esposa, na mesa e na cama!— Não sei porque fui fazer essa brincadeira ridícula. Victor me olhou com ódio. Tinha um brilho diferente, mas ele apertou os olhos verdes, segurando a minha nuca, eu podia sentir o seu hálito no meu rosto, quando ele disse: — Não vai me tocar, ouviu? Não tem direitos de esposa! É um acordo comercial, entendeu? — Não vamos mais fazer amor?— eu choraminguei, estava quase acreditando que nunca mais me tocaria. Victor me puxou pela cintura e p
Eu olhei para baixo e percebi que já estava inconscientemente excitada. Relaxei e aproveitei. Victor percebeu que eu gemia baixinho e veio enlouquecido me beijar. — Você é perfeita! — ele disse me olhando. Eu sorri ofegante sem tirar os olhos dele. Ele me sorriu também. Estávamos em sintonia, enquanto ele procurava me penetrar com movimentos constantes de sobe e desce. Eu senti um prazer tão grande, senti o meu amor aumentar, vendo o Victor me olhar daquele jeito que eu sempre quis. “ Victor, eu te amo tanto, tanto”— eu só estava pensando. Eu não falei. — Nora, eu gosto quando diz que me ama quando estamos transando — ele disse me olhando fixamente. “ Para me pisar mais?”— isso era eu pensando. Ele não estava merecendo. Ele estava me usando, como um objeto, uma prostituta, que vai só quando é chamada e essas não amam, ou pelo menos não falam. Eu senti ele chegar mais fundo para eu sentir mais prazer, mais ainda insistia
Victor não me deu ouvidos, saiu me conduzindo pelo meio dos convidados e fazia questão de me apresentar para aqueles que ainda não me conhecia. Eu o repreendi, puxando a sua mão: — Por que está fazendo isso? Você se orgulha de ter uma esposa que se veste como uma velha, enquanto você parece um príncipe? Victor sorriu debochado e inclinou-se para falar ao meu ouvido: — A mim o que importa é que só eu sei o que tem debaixo desse vestido! Eu bufei, claro, mas o pior ainda estava por vir. Angeline se aproximava. Eu me escondi atrás de Victor que segurava firme a minha mão. — Oi Victor!— ela chegou cumprimentando e esticando o pescoço para me ver. Eu olhava para o lado oposto, evitando um confronto com ela. Meu Deus, a mulher estava linda num vestido longo, azul claro cheio de detalhes. Muito fino! Os meus olhos se depararam no sentido em que Alberto vinha. Eu quis correr, mas Victor me segurou. — Ei, aonde pensa que vai? Fique bem aqui do
Sai pelo meio dos carros procurando o meu marido, eu tinha certeza que o encontraria com Angeline. Eu sabia que a dor de lhe flagrar ali seria muito grande, mas eu queria ver com os meus próprios olhos. Angeline estava lá, encostada num carro de luxo, estava um pouco escuro, mas dava para ver um homem com as calças abaixadas atrás dele. Ela gemia alto e eu me aproximava tremendo inteira. Eu cheguei bem perto e gritei: — Victor! O homem virou-se assustado. Não era ele, não era Victor. Eu sorri com as lágrimas escorrendo pelo meu rosto e comecei a dar passadas para trás olhando para aquela mulher nojenta, que se ajeitava para continuar o que eu atrapalhei. Ela me encarava, enquanto puxava o homem para trás dela. Quando eles voltaram a gemer, me olhando e sorrindo, eu virei e sai correndo para fazer o caminho de volta. Esbarrei em Alberto. Eu sorria e chorava. — Alberto! Não é ele! Meu Deus, não é ele! É verdade, ele não a quer! Inesp