Os seguranças dormiam no carro e quando nos viram, se assustaram. Durval tinha voltado para a mansão. Fomos no banco de trás sem nos falar, até chegar em casa. Entramos em casa e minha mãe tomava o seu desjejum. Ela nos olhou curiosa. — Bom dia!— ela disse olhando o meu vestido. — Ficou mesmo ótimo em você! — ela disse. Nós dois parados ali, esperando sei lá o que. Minha mãe falou impaciente: — Venha tomar café! Pelo visto, a noite foi ótima! Victor me puxou pela mão e enquanto nos dirigimos à mesa, ele respondeu: — A noite foi maravilhosa! Estamos famintos! Eu o olhei surpresa, enquanto sentava na minha cadeira e Victor que me auxiliava, sorriu falso e continuou: — Não é verdade, querida? Tivemos uma bela e inesquecível noite de amor! Precisávamos disso! Com o nascimento do Junior nos afastamos um pouco. Eu acompanhei os movimentos do meu marido falante que empolgado, acreditava que enganava a todos, ou será que enganava
Durante todo o dia, Victor foi muito simpático com a minha mãe e eu peguei os dois cochichando algumas vezes. Em alguns momentos, ele falava com ela com autoridade e ela só assentia com a cabeça nervosa. A noite, quando ela fazia as malas, eu fui conversar no seu quarto. — Por favor filha! Veja bem o que vai fazer! Esse homem não é de brincadeira!— ela dizia guardando seus pertences numa pequena mala de mão. — Não se preocupe, mãe! Eu já sei o que vou fazer, mas não se iluda, eu não vou demorar a voltar para casa. Minha mãe me olhou séria e preocupada. — Filha, você o ama, não vai mais viver sem esse homem! Ele tem o poder de persuadir, aceite! — Ele tem todo tipo de poder, se é que a senhora me entende!— eu retruquei cruzando os braços, me balançando. Minha mãe parou de fazer as malas e segurou os meus braços falando apavorada: — Esse homem é perigoso, filha! Cuidado! Pense bem no que vai fazer! Ele é orgulhoso e vingativo! — E foi para ess
No dia seguinte, quando desci para o café da manhã, dona Armênia já havia viajado. Eu voltei para as minhas mães do coração. Elas me cercaram de carinho quando sentei à mesa. — E o patrão de vocês? — eu indaguei demonstrando pouco interesse. Victor descia as escadas nesse momento. As criadas ficaram assustadas e se espalharam. Ele sentou-se à mesa, me olhou com indiferença e me cumprimentou: — Bom dia, Nora! — Bom dia, Victor! Eu nem levantei os olhos para não vê-lo arrumado. Aposto que estava lindo num terno impecável como sempre. Melhor eu nem pensar, porque eu mesma escolhi aquela situação. Ele podia chegar tarde ou nem chegar, que eu não poderia mais cobrar nada dele. Ele se levantou e veio me dar um leve beijo no rosto só para eu sentir o seu perfume estonteante. Victor era provocador. — Até amanhã senhora, Sorano! — ele disse baixinho. Eu o acompanhei com o olhar, boquiaberta. As criadas se achegaram, todas sem exceção.
No dia seguinte, eu e Victor estávamos sentados à mesa sem se falar. O som das parcelanas quebrava o silêncio Diana acompanhou as criadas servirem o café olhando curiosa de rabo de olho para os patrões. Zilma e Mary ficavam na cozinha esperando a hora do patrão sair para conversarem comigo. — Vai chegar tarde hoje novamente?— Não sei o que deu em mim para fazer essa pergunta. Victor ergueu os olhos e eu já sabia que vinha ironia. — Sentiu minha falta? Ficou desesperada, desabafando com as criadas? Eu olhei na hora para Diana que ficou sem graça. Norma baixou a cabeça e Amélia se retirou. Então elas me traíram. Contaram para o patrão que eu estava preocupada com ele! Bem, eu respirei fundo e respondi: — Me preocupei sim, Victor! Moramos na mesma casa, e é natural, mas se isso lhe incomoda, não acontecerá outra vez! Victor me olhou com um sorriso maroto. Eu disfarcei que achava aquela carinha de menino levado a coisa mais linda! — Vou chegar cedo hoje! Assim está melhor, min
Victor puxou a cadeira para eu sentar me olhando ansiosos. Eu sentia a sua respiração ofegante. Ele veio para casa cedo, convencido de que eu aceitaria a sua proposta. — Então pensou no meu caso, vou finalmente matar o meu desejo! Vou ter a minha mulher todinha na minha cama! Eu corri os olhos e vi que as criadas não estavam por perto, então respondi em voz baixa: — Estou pensando em mim, nas minhas necessidades, Victor! Não faria nada que fosse bom só para você! Victor deu um sorriso malicioso e retrucou: — Que seja, Nora! Eu estou certo de que sentiu receio de ser substituída na cama. Recusou o seu marido e recuou quando se sentiu ameaçada! — Ainda não aceitei as suas condições, Victor! — eu disse entre os dentes. Victor rebateu me olhando de cima a baixo: — Pelos seus trajes, nem precisa responder, vejo que está ansiosa para se deitar comigo! — Você está muito convencido! — eu disse me levantando, irritada. — Sente-se! — ele disse a
Eu dormi muito bem e acordei cantarolando. Eu me sentia como se tivesse voltando vencedora de uma guerra. Eu cheguei na mesa do café e Victor já estava me esperando. Ele me olhou malicioso. Eu lhe sorri cúmplice. Só nós dois sabíamos o que aconteceu na noite passada. Diana nos olhava curiosa. Ela estava agitada, ia e voltava da cozinha. Eu e Victor nos olhamos e rimos nos lembrando das minhas loucuras. — Você é surpreendente, Nora!— ele disse baixinho. Eu estava me achando poderosa, sabendo que aquele homem estava impressionado comigo. Antes de sair para trabalhar, ele me deu um beijo daqueles de cinema! Eu fiquei sem fôlego e ele saiu sorrindo, achando graça. As criadas me cercaram imediatamente. — Menina, o que foi isso?— Até Norma andava assanhada, ultimamente! Zilma sentou-se à mesa falando agitada: — Bem que eu falei que homem é tudo safado! Essa raça é escrota! Mary concordou de pé ao lado da mesa. Améli
Victor estava muito à vontade comigo. Falava mais e eu o conhecia melhor. — Está tão sensual! — ele disse desabotoando a camisa enorme que eu vestia. Eu estufei o peito na hora em que os meus seios ficaram à mostra. Victor, que estava posicionado entre as minhas pernas, começou a beijá-los e acariciar cada um com movimentos circulares nos mamilos. Os seus dedos mágicos e a sua boca tomaram posse do meu corpo. Eu me segurei na bancada com as mãos para trás em sinal de entrega. Depois de ficar muito tempo nos meus seios, Victor desceu com boca e mãos passando pelo meu ventre até parar entre minhas coxas. Eu ergui as pernas e relaxei minhas costas para trás, facilitando a penetração da língua quente dentro de mim. Nossa, eu estava ficando mais experiente no sexo. Victor me excitou com os dedos mágicos massageando o meu clitóris, enquanto me saboreava. Eu já estava nas nuvens. Que vingança gostosa! Victor sempre levava vantagem no jogo. De todo
Não me restavam muitas alternativas. Eu casei por interesse, porque estava falida e cometi o erro de me apaixonar pelo meu marido. Victor não queria abrir mão da vida livre que sempre teve. O que fazer? Levaria proveito de alguma forma! Explorar aquele corpo gostoso e deixar o tempo passar e reaver o máximo de bens possíveis, era mais sensato. Passei o dia pensando em tudo o que estava acontecendo. Diana veio me dar uma notícia: — Nora, vocês têm um convite para uma festa hoje! Um fornecedor de soja, assim como o Victor. Aproveitei para interrogar minha sogra: — Diana, por favor seja sincera, eu sei que você conhece bem o Victor e pode me esclarecer umas dúvidas. Diana assentiu com a cabeça e se aproximou curiosa. — O Victor, fale a verdade, ele tem alguma ou algumas amantes? A Rafaella nunca foi a única, eu sei! — Nora… — Pode falar a verdade! — eu estava ansiosa. Diana ficou séria e começou a falar sem parar: — Nora, meu menino