Capítulo 53°

No dia seguinte, quando desci para o café da manhã, dona Armênia já havia viajado. Eu voltei para as minhas mães do coração. Elas me cercaram de carinho quando sentei à mesa.

— E o patrão de vocês? — eu indaguei demonstrando pouco interesse.

Victor descia as escadas nesse momento. As criadas ficaram assustadas e se espalharam.

Ele sentou-se à mesa, me olhou com indiferença e me cumprimentou:

— Bom dia, Nora!

— Bom dia, Victor!

Eu nem levantei os olhos para não vê-lo arrumado. Aposto que estava lindo num terno impecável como sempre. Melhor eu nem pensar, porque eu mesma escolhi aquela situação. Ele podia chegar tarde ou nem chegar, que eu não poderia mais cobrar nada dele.

Ele se levantou e veio me dar um leve beijo no rosto só para eu sentir o seu perfume estonteante. Victor era provocador.

— Até amanhã senhora, Sorano! — ele disse baixinho.

Eu o acompanhei com o olhar, boquiaberta. As criadas se achegaram, todas sem exceção.

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