Capítulo 48°

Desci para o desjejum na intenção de fazer a última refeição ao lado do meu marido.

Victor estava faminto. Ele comia e por vezes olhava o relógio de pulso.

Eu não vi Durval o esperando, como sempre o fazia. Ele costumava ficar parado na porta segurando o seu quepe.

— Está preocupado com alguma coisa, Victor?— eu quis saber.

— Não, não! Claro que não! — ele falava agitado.

Eu dei de ombros e voltei a comer minha salada de frutas com iogurte.

De repente, uma visita, uma voz conhecida:

— Bom dia!

Eu ergui os olhos sem acreditar. Era a minha mãe!

Victor se levantou animado para recebê-la. Dona Armênia estava eufórica. Olhava todos os cantos da casa, enquanto se aproximava da mesa.

Eu fui recebê-la sorrindo, mas aquilo me pareceu, no mínimo, estranho.

— Ainda bem que cheguei a tempo para o café! Estou faminta!

Minha mãe encheu a casa de alegria. Durval sorria na porta de entrada. Eu imaginei que ele a pengou no aero
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