Eu comecei a me vestir enquanto resmungava. — Eu não quero nada com você! Eu saí da sua casa porque não sou feliz do seu lado, portanto, me deixe voltar para a minha casa! Aquela calça jeans estava me irritando. O Victor a tirou com tamanha facilidade e agora eu estava me matando para fazê-la subir. Ele riu e se aproximou para me ajudar. Eu paralisei e ele segurou as duas extremidades da cintura e a indecente subiu facilmente para me envergonhar. Victor ainda arrumou a minha camiseta que estava levantada na altura dos seios. Depois ele arrumou a minha jaqueta sem me olhar, como se fosse uma criada muito competente. Ele ergueu os olhos e me viu olhando surpresa. — O que foi?— ele disse sorrindo e parecia mais jovem. Eu suspirei lembrando de como ele tirou minha roupa tantas vezes com tanta destreza e indaguei sem pensar: — Como você consegue? — O quê?— ele inocente, tão próximo. Eu o beijei. Foi eu mesma que não resisti e beijei aquela boca linda. Que se dane! No dia seguint
Sentamos à mesa e comemos. Estávamos famintos! Victor me olhava, sorria e voltava a comer. Quando estávamos satisfeitos, ele levantou-se e me estendeu a mão. — Vamos para casa! — Victor, precisamos falar a esse respeito. Ele ficou preocupado e voltou a se sentar, me olhando curioso. — Está tudo bem?— ele quis saber. — Nada mudou!— eu disse firme. Victor fechou o semblante. — Não pode estar falando sério! — ele disse bufando. Eu me levantei nervosa, já falando: — Eu tomei uma decisão, e você sabia disso quando me sequestro! Victor me fez sentar, forçando o meu braço. — Sente-se aí, a nossa conversa ainda não acabou!— ele disse impaciente. Eu obedeci a contragosto. — Vai me fazer sua prisioneira? — É o que está me obrigando a fazer! — Não faz sentido! — eu protestei tentando levantar novamente. — Sente-se! — ele gritou me puxando violentamente. O meu corpo se acomodou novamente na cadeira, enquanto Victo
À noite, quando Victor chegou, Diana estava de pé e de braços cruzados na porta do escritório. Ele ia subindo as escadas e parou surpreso. — Está tudo bem? Algum problema? — Preciso falar com você! — Deve ser muito importante, para passar tanto do seu horário! Diana fazia meio período desde que se casou, assim como Clóvis e para estar ali, naquela hora, Victor sabia que ela devia estar com problemas. Ele veio na sua direção, preocupado. Diana abriu a porta do escritório e fez menção para que ele entrasse, assim como uma mãe que ameaça castigar o filho. Victor sentou-se à sua mesa tranquilamente e descansou os cotovelos dizendo: — Fique à vontade, Diana! Diana não se sentou, ficou parada próxima a mesa olhando fixamente para Victor, enquanto dizia: — Onde foi que eu errei, menino? Victor deu de ombros e se fez de bobo. — Não sei do que está falando! Diana inclinou-se para frente falando: — Consegue dormir, sabe
Nessa noite, Victor pediu que Diana sentasse à mesa e jantasse com ele. — Muito bem, mãe! — ele disse retumbante. Diana se assustou e as curiosas que serviam a mesa, paralisaram. — Eu imagino que todos vocês já sabem o que eu demorei anos para saber! — ele disse calmamente. Diana trocou olhares com Norma e Amélia. Enquanto que Zilma e Mary estavam atrás da porta. — Vocês duas, venham até aqui! — Victor ordenou olhando para a parede que separa a sala de refeições da cozinha. As duas se assustaram e correram para se apresentar ao patrão. — Esta é a minha mãe, como vocês bem sabem— Victor falou apontando para Diana. As duas moças assentiram sorrindo e Victor pôs-se a falar animado: — Vou trazê-la para morar comigo novamente! Se soubesse antes, nunca a teria deixado mudar daqui! Diana argumentou agitada: — Não Victor, Clóvis nunca aceitaria isso! Ele tem o apartamento dele e ainda temos o que você nos deu, lembra? — Alugue! Está
No dia seguinte, eu desci para o café e fui recebida como uma rainha. Victor estava ao pé da escada segurando o corrimão e os funcionários, com exceção de alguns seguranças, estavam embaixo, enfileirados. Parecia aqueles filmes em que a princesa desce as escadas para encontrar o seu príncipe e os súditos ficam a ovacionar. Eu aceitei a mão estendida do Victor, cumprimentei a todos com um aceno e seguimos para a mesa do café. Victor me olhava com os olhos brilhando. Ele devia estar se sentindo vitorioso, achando que me dobrou, depois de me sequestrar como se isso fosse a coisa mais normal do mundo! Ele puxou a minha cadeira e falou bem próximo ao meu ouvido: — Dormiu bem, querida? Eu estremeci. Só me lembrava dele me recriminando por eu ter bebido demais. Diana sentou-se à mesa e tomou café conosco. Aquela novidade me agradava. — Fico feliz por você, Diana! — eu disse sorridente. — Obrigada Nora! — ela disse emocionada, olhando para Victor. — Nora, nossa família precisa au
Chegamos na festa e parecia coisa de outro mundo. Tinha muitos brinquedos e muitos palhaços. O espaço era enorme e estava todo decorado. Uma equipe de mais de cinquenta pessoas cuidavam da organização. Estava tudo impecável. Júnior estava vestido de príncipe e o lugar parecia mesmo um castelo. Os convidados foram chegando e o lugar logo estava cheio. Victor chegou perto de mim para me dar uma notícia, que lhe preocupava. — Nora, eu tenho que lhe avisar a respeito de algumas pessoas que eu convidei e que talvez você não aprove. Eu olhei em volta, sorridente e indiferente. — O que mais pode me surpreender? Todos de Cuiabá estão aqui! Victor ia falar, mas eu avistei uma das possíveis convidadas surpresa chegando. — Rafaella! — Eu ia te falar, Nora! Fred veio correndo ao nosso encontro. — Pai! Victor o abraçou sorrindo, depois virou-se para mim sem jeito, se explicando: — Ele ainda me chama de Pai! Mesmo não
Victor se desesperou. — Não posso, mãe! Não posso fazer isso! Diana olhou para os lados falando alterada: — Por que não pode? Vai se sentir derrotado? Vai deixar ela se casar com outro, então? Victor baixou a cabeça e declarou entristecido: — Não imagino a minha vida sem meu filho! Não imagino chegar todos os dias e não ter o seu sorriso. Diana se emocionou e quase se entregou ao choro, depois sacudiu a cabeça e disse: — Para ela é bem mais dolorido, filho! Ela já ficou sem ele e você não pensou na sua dor. E você pode vê-lo, sempre que quiser, só combine isso com ela! — Então não tenho mesmo escolha? — Não meu filho, você não tem! Diana abraçou o filho com carinho e o encorajou. — Vai lá, filho! Vai lá e acaba com a alegria desse Alberto. Se ele pensa que vai criar o meu neto, ele está muito enganado! Victor respirou fundo e foi para o sacrifício. Ele me procurou. Eu estava junto com Zilma e Mary. Ele fez um gesto e eu logo enten
Diana se aproximou de mim sorrindo e eu sabia que precisava lhe agradecer. — Diana, eu nunca vou esquecer o que está fazendo por mim! Diana se inclinou para beijar o neto com carinho. Júnior sorriu e saiu correndo para brincar. — Eu sou avó, eu sei que vou sentir muito a falta do meu neto, mas eu sei a dor de uma mãe quando lhe tiram o seu filho. Não existe nenhuma dor que possa ser comparada. Eu abracei aquela mulher forte e suspirei feliz. — Quando pretende ir embora?— Diana quis saber. — Amanhã mesmo! — Amanhã já?– Diana se assustou. — Vou criar o meu filho para tocar os negócios da família, Diana. Ele vai ser um homem forte e trabalhador! Diana se emocionou e disse pensativa: — Não sei o que teria sido do Victor se eu tivesse tido a mesma sorte que você. Eu segurei as mãos de Diana e lhe sacudi para lhe animar. — Você fez o seu melhor, Diana! Não se culpe. Victor é um homem trabalhador, honesto, o que mais você poderia querer? — Ele não sabe tratar uma mulher! — O