Nessa noite, Victor pediu que Diana sentasse à mesa e jantasse com ele. — Muito bem, mãe! — ele disse retumbante. Diana se assustou e as curiosas que serviam a mesa, paralisaram. — Eu imagino que todos vocês já sabem o que eu demorei anos para saber! — ele disse calmamente. Diana trocou olhares com Norma e Amélia. Enquanto que Zilma e Mary estavam atrás da porta. — Vocês duas, venham até aqui! — Victor ordenou olhando para a parede que separa a sala de refeições da cozinha. As duas se assustaram e correram para se apresentar ao patrão. — Esta é a minha mãe, como vocês bem sabem— Victor falou apontando para Diana. As duas moças assentiram sorrindo e Victor pôs-se a falar animado: — Vou trazê-la para morar comigo novamente! Se soubesse antes, nunca a teria deixado mudar daqui! Diana argumentou agitada: — Não Victor, Clóvis nunca aceitaria isso! Ele tem o apartamento dele e ainda temos o que você nos deu, lembra? — Alugue! Está
No dia seguinte, eu desci para o café e fui recebida como uma rainha. Victor estava ao pé da escada segurando o corrimão e os funcionários, com exceção de alguns seguranças, estavam embaixo, enfileirados. Parecia aqueles filmes em que a princesa desce as escadas para encontrar o seu príncipe e os súditos ficam a ovacionar. Eu aceitei a mão estendida do Victor, cumprimentei a todos com um aceno e seguimos para a mesa do café. Victor me olhava com os olhos brilhando. Ele devia estar se sentindo vitorioso, achando que me dobrou, depois de me sequestrar como se isso fosse a coisa mais normal do mundo! Ele puxou a minha cadeira e falou bem próximo ao meu ouvido: — Dormiu bem, querida? Eu estremeci. Só me lembrava dele me recriminando por eu ter bebido demais. Diana sentou-se à mesa e tomou café conosco. Aquela novidade me agradava. — Fico feliz por você, Diana! — eu disse sorridente. — Obrigada Nora! — ela disse emocionada, olhando para Victor. — Nora, nossa família precisa au
Chegamos na festa e parecia coisa de outro mundo. Tinha muitos brinquedos e muitos palhaços. O espaço era enorme e estava todo decorado. Uma equipe de mais de cinquenta pessoas cuidavam da organização. Estava tudo impecável. Júnior estava vestido de príncipe e o lugar parecia mesmo um castelo. Os convidados foram chegando e o lugar logo estava cheio. Victor chegou perto de mim para me dar uma notícia, que lhe preocupava. — Nora, eu tenho que lhe avisar a respeito de algumas pessoas que eu convidei e que talvez você não aprove. Eu olhei em volta, sorridente e indiferente. — O que mais pode me surpreender? Todos de Cuiabá estão aqui! Victor ia falar, mas eu avistei uma das possíveis convidadas surpresa chegando. — Rafaella! — Eu ia te falar, Nora! Fred veio correndo ao nosso encontro. — Pai! Victor o abraçou sorrindo, depois virou-se para mim sem jeito, se explicando: — Ele ainda me chama de Pai! Mesmo não
Victor se desesperou. — Não posso, mãe! Não posso fazer isso! Diana olhou para os lados falando alterada: — Por que não pode? Vai se sentir derrotado? Vai deixar ela se casar com outro, então? Victor baixou a cabeça e declarou entristecido: — Não imagino a minha vida sem meu filho! Não imagino chegar todos os dias e não ter o seu sorriso. Diana se emocionou e quase se entregou ao choro, depois sacudiu a cabeça e disse: — Para ela é bem mais dolorido, filho! Ela já ficou sem ele e você não pensou na sua dor. E você pode vê-lo, sempre que quiser, só combine isso com ela! — Então não tenho mesmo escolha? — Não meu filho, você não tem! Diana abraçou o filho com carinho e o encorajou. — Vai lá, filho! Vai lá e acaba com a alegria desse Alberto. Se ele pensa que vai criar o meu neto, ele está muito enganado! Victor respirou fundo e foi para o sacrifício. Ele me procurou. Eu estava junto com Zilma e Mary. Ele fez um gesto e eu logo enten
Diana se aproximou de mim sorrindo e eu sabia que precisava lhe agradecer. — Diana, eu nunca vou esquecer o que está fazendo por mim! Diana se inclinou para beijar o neto com carinho. Júnior sorriu e saiu correndo para brincar. — Eu sou avó, eu sei que vou sentir muito a falta do meu neto, mas eu sei a dor de uma mãe quando lhe tiram o seu filho. Não existe nenhuma dor que possa ser comparada. Eu abracei aquela mulher forte e suspirei feliz. — Quando pretende ir embora?— Diana quis saber. — Amanhã mesmo! — Amanhã já?– Diana se assustou. — Vou criar o meu filho para tocar os negócios da família, Diana. Ele vai ser um homem forte e trabalhador! Diana se emocionou e disse pensativa: — Não sei o que teria sido do Victor se eu tivesse tido a mesma sorte que você. Eu segurei as mãos de Diana e lhe sacudi para lhe animar. — Você fez o seu melhor, Diana! Não se culpe. Victor é um homem trabalhador, honesto, o que mais você poderia querer? — Ele não sabe tratar uma mulher! — O
Victor ficou olhando fixamente nos meus olhos e apesar de saber que estávamos nos separando para sempre, ele ainda tinha aquele olhar de autoridade sobre o meu corpo. Ele me tomou nos braços e caminhou até a cama sem tirar os olhos dos meus lábios. Ele me colocou delicadamente na cama e afastou as minhas pernas se colocando no meio delas. — Eu vou te dar tanto prazer que jamais esquecerá dessa noite!— ele sussurrou. Eu relaxei o meu corpo esperando que aquelas mãos ágeis viessem me consumir. Victor era paciente e me olhava como se tivesse todo o tempo do mundo. — Tem mesmo que ir?— ele indagou desfazendo o laço da camisola que escondia os meus seios. Eu assenti, estufando o peito, como que os oferecendo para serem tocados. — Como vai fazer quando sentir vontade?— Agora ele já deslizava a mão até o meio das minhas pernas, onde ele estava apoiado e tirava a minha peça íntima, que deslizava facilmente pelas minhas pernas. Eu pensei que ele fosse tirar o membro para fora e me p
Ataquei a bandeja assim que Victor a colocou na cama. — Meu Deus, tudo o que eu gosto está aqui!— Eu exclamei parecendo uma criança. Victor sentou-se ao meu lado e pegou uma xícara com café com leite. — Elas capricharam, hein!— ele disse olhando cada detalhe do breakfast. — Elas são muito especiais. Eu olhava cada coisa e fazia um comentário. — Esse bolo é a especialidade da Amelia! Meu Deus, o pão de queijo da Norma não tem igual! O suco de laranja que eu amo, aqui tem o cuidado da Zilma! Victor também falava remexendo as comidas da bandeja. — Os croissants com certeza foi a minha mãe quem trouxe da padaria! Você é muito amada aqui, Nora! Eu fiquei pensativa. Quando chegasse lá na minha pequena cidade, Ana e Maria com certeza também me encheria de mimos. Elas estavam lá, desde que eu era pequena! Comemos até ficarmos satisfeitos, Victor recolheu a bandeja e voltou falando sério me olhando: — Precisa mesmo ir? Se quiser, pode voltar atrás, Nora! Eu olhei para os olho
Lá embaixo, todos me aguardavam. Júnior estava no colo de Zilma e comia um pão de queijo. Na sua inocência, não compreendia que provavelmente não voltaria a ver aquelas pessoas novamente. É, eu estava exagerando. A Diana era avó e iria atrás dele onde estivesse, e Victor era o pai, com certeza não lhe faltaria. Chegou a hora, foi muito choro. Zilma soluçava. Ela devia pensar que eu estava livre das amarras do Victor e não teria coragem de voltar para aquele mundo novamente. Diana quis me acompanhar até a minha cidade, mas Victor a dispensou. — Não precisa, mãe, deixe que eu mesmo faço isso! Diana concordou e até eu fiquei surpresa. Será que Victor estava armando alguma coisa? Eu fiquei tensa e Diana percebeu. — Eu vou junto e está decidido. Victor segurou o braço da mãe é disse tranquilo: — Confie em mim, mãe! Eu quero ir sozinho, para conversarmos mais! Diana se conformou e se recolheu num canto. Victor entregou o Júnio