Victor se desesperou. — Não posso, mãe! Não posso fazer isso! Diana olhou para os lados falando alterada: — Por que não pode? Vai se sentir derrotado? Vai deixar ela se casar com outro, então? Victor baixou a cabeça e declarou entristecido: — Não imagino a minha vida sem meu filho! Não imagino chegar todos os dias e não ter o seu sorriso. Diana se emocionou e quase se entregou ao choro, depois sacudiu a cabeça e disse: — Para ela é bem mais dolorido, filho! Ela já ficou sem ele e você não pensou na sua dor. E você pode vê-lo, sempre que quiser, só combine isso com ela! — Então não tenho mesmo escolha? — Não meu filho, você não tem! Diana abraçou o filho com carinho e o encorajou. — Vai lá, filho! Vai lá e acaba com a alegria desse Alberto. Se ele pensa que vai criar o meu neto, ele está muito enganado! Victor respirou fundo e foi para o sacrifício. Ele me procurou. Eu estava junto com Zilma e Mary. Ele fez um gesto e eu logo enten
Diana se aproximou de mim sorrindo e eu sabia que precisava lhe agradecer. — Diana, eu nunca vou esquecer o que está fazendo por mim! Diana se inclinou para beijar o neto com carinho. Júnior sorriu e saiu correndo para brincar. — Eu sou avó, eu sei que vou sentir muito a falta do meu neto, mas eu sei a dor de uma mãe quando lhe tiram o seu filho. Não existe nenhuma dor que possa ser comparada. Eu abracei aquela mulher forte e suspirei feliz. — Quando pretende ir embora?— Diana quis saber. — Amanhã mesmo! — Amanhã já?– Diana se assustou. — Vou criar o meu filho para tocar os negócios da família, Diana. Ele vai ser um homem forte e trabalhador! Diana se emocionou e disse pensativa: — Não sei o que teria sido do Victor se eu tivesse tido a mesma sorte que você. Eu segurei as mãos de Diana e lhe sacudi para lhe animar. — Você fez o seu melhor, Diana! Não se culpe. Victor é um homem trabalhador, honesto, o que mais você poderia querer? — Ele não sabe tratar uma mulher! — O
Victor ficou olhando fixamente nos meus olhos e apesar de saber que estávamos nos separando para sempre, ele ainda tinha aquele olhar de autoridade sobre o meu corpo. Ele me tomou nos braços e caminhou até a cama sem tirar os olhos dos meus lábios. Ele me colocou delicadamente na cama e afastou as minhas pernas se colocando no meio delas. — Eu vou te dar tanto prazer que jamais esquecerá dessa noite!— ele sussurrou. Eu relaxei o meu corpo esperando que aquelas mãos ágeis viessem me consumir. Victor era paciente e me olhava como se tivesse todo o tempo do mundo. — Tem mesmo que ir?— ele indagou desfazendo o laço da camisola que escondia os meus seios. Eu assenti, estufando o peito, como que os oferecendo para serem tocados. — Como vai fazer quando sentir vontade?— Agora ele já deslizava a mão até o meio das minhas pernas, onde ele estava apoiado e tirava a minha peça íntima, que deslizava facilmente pelas minhas pernas. Eu pensei que ele fosse tirar o membro para fora e me p
Ataquei a bandeja assim que Victor a colocou na cama. — Meu Deus, tudo o que eu gosto está aqui!— Eu exclamei parecendo uma criança. Victor sentou-se ao meu lado e pegou uma xícara com café com leite. — Elas capricharam, hein!— ele disse olhando cada detalhe do breakfast. — Elas são muito especiais. Eu olhava cada coisa e fazia um comentário. — Esse bolo é a especialidade da Amelia! Meu Deus, o pão de queijo da Norma não tem igual! O suco de laranja que eu amo, aqui tem o cuidado da Zilma! Victor também falava remexendo as comidas da bandeja. — Os croissants com certeza foi a minha mãe quem trouxe da padaria! Você é muito amada aqui, Nora! Eu fiquei pensativa. Quando chegasse lá na minha pequena cidade, Ana e Maria com certeza também me encheria de mimos. Elas estavam lá, desde que eu era pequena! Comemos até ficarmos satisfeitos, Victor recolheu a bandeja e voltou falando sério me olhando: — Precisa mesmo ir? Se quiser, pode voltar atrás, Nora! Eu olhei para os olho
Lá embaixo, todos me aguardavam. Júnior estava no colo de Zilma e comia um pão de queijo. Na sua inocência, não compreendia que provavelmente não voltaria a ver aquelas pessoas novamente. É, eu estava exagerando. A Diana era avó e iria atrás dele onde estivesse, e Victor era o pai, com certeza não lhe faltaria. Chegou a hora, foi muito choro. Zilma soluçava. Ela devia pensar que eu estava livre das amarras do Victor e não teria coragem de voltar para aquele mundo novamente. Diana quis me acompanhar até a minha cidade, mas Victor a dispensou. — Não precisa, mãe, deixe que eu mesmo faço isso! Diana concordou e até eu fiquei surpresa. Será que Victor estava armando alguma coisa? Eu fiquei tensa e Diana percebeu. — Eu vou junto e está decidido. Victor segurou o braço da mãe é disse tranquilo: — Confie em mim, mãe! Eu quero ir sozinho, para conversarmos mais! Diana se conformou e se recolheu num canto. Victor entregou o Júnio
Eu fiquei pensativa. Arthur me conhecia e sabia o quanto eu desejava ser amada. Ele sempre soube que eu não lhe correspondia à altura, mas que o seu amor me bastava. Eu me olhou sério e desabafou emocionado: — Nora! Eu fui um idiota! Eu me deixei levar pelo poder de persuasão do poderoso! Eu fiz você perder o nosso filho! Você nunca vai me perdoar por isso! Eu também me emocionei, não gostava de pensar nisso! Esse assunto ficou no passado. — Tudo bem Arthur, não vamos mais falar sobre isso!— achei melhor assim. Arthur sorriu e olhou para a direção de onde estávamos antes e disse brincalhão: — O que pretende fazer agora? Tem um príncipe para cuidar! Eu desci para o planeta terra e respondi animada: — Ah Arthur, eu pretendo levá-lo para conhecer a fazenda! Agora ele está crescendo, já entende! Vou lhe apresentar os bens que ele vai herdar. Arthur ficou empolgado. — Eu posso ir com vocês? Eu fiquei surpresa. — Antônio pode no
Eu desci do cavalo para observar toda aquela terra que agora me pertencia. Paguei um preço alto por ela, mas olhando agora, valeu a pena. Arthur amarrou o seu cavalo numa árvore, próximo do meu e veio suspirando. — Eu gosto disso, Nora! Gosto desse ar, aqui eu sinto paz! Eu me virei e ele estava com o braço apoiado nos meus ombros. — Eu sinto que voltei a minha essência! Aqui é o meu lugar!— eu disse. Arthur acariciou o meu rosto, delicadamente e disse olhando nos meus olhos: — Acho que teríamos dado certo, não fosse o homem de pedra! Eu ri, achando graça. — Você também o vê assim? — Todo mundo! Aquela estátua faz jus aquele coração de pedra! Eu fiquei pensativa. Victor era quente e já não me lembrava mais uma pedra. — Está pensando nele?— Arthur me trouxe de volta. — Ah, eu… — Você o ama!— ele deduziu. Eu baixei a cabeça e em seguida a sacudi, batendo a poeira das calças. — Vamos indo, Arthur, ainda tenho que dar uma olhada na contabilidade! Eu passei por Arthur e el
Thomas era muito simpático e galante, mesmo vestido no seu costumeiro jeans surrado. Ele beijou a minha mão e também encostou no aparato de madeira que se apoiava naquele pedaço de cerca. Ficamos os três, contemplando a soja majestosa que se curvava com o vento, à nossa frente. — Está quase boa para colheita!— Thomas disse passando o dorso da mão para tirar o suor da testa. Ele descansou o chapéu na cerca e continuou a prosa: — Preciso conferir o maquinário para quando tiver que usar, está funcionando perfeitamente. Eu olhei para ele, pensando em como era eficiente, podia ser administrador da fazenda, pois tinha iniciativa de ajudar com outros setores importantes, mesmo que não fizesse parte do seu ofício. Eu suspirei pensando em Victor. Com certeza, ele o instruiu para que tocasse a fazenda usando as modernidades, pois o administrador antigo, parecia ter ideias ultrapassadas e estava cansado. Joaquim estava ali por amor à profissão, mas não rendia tanto como no passado. Em p