Victor estava mais bonito e feliz. Os seus olhos verdes brilhavam intensamente enquanto me olhava. — Você está misterioso! — eu falei curiosa, tentando encontrar uma resposta naqueles olhos sedutores. Victor se espalhou na banheira sorrindo de satisfação. Eu do meu lado, pensava que ele estava prestes a se declarar. — Vem aqui, vem!— ele pediu com os olhos fechados, as pernas abertas e a cabeça apoiada na extremidade da banheira. Eu fui lentamente o olhando sorrindo curiosa. “Será que seria agora?”— eu pensava. Eu me coloquei sobre ele e senti sua ereção no meio das minhas pernas. Victor me puxou pela cintura e eu colei no ventre dele. A sensação era maravilhosa. As pernas abertas, minha intimidade úmida pressionavam a pele dele impedindo a espuma ficar entre nós. Ele abriu os olhos e me puxou para um beijo, segurando a minha nuca. — Você me ama?— ele quis saber. Havia um medo , um desejo, e ódio também. — Não!— respondi subitamente. Victor sorriu e me beijou me forç
Encontrei Marcel ali próximo, o que achei muito estranho. — Onde está o seu patrão?— eu quase gritei. Marcel respondeu gesticulando nervoso: — Deve estar em algum lugar, não sei Nora! O que aconteceu? Eu não respondi e saí pisando firme. Dona Marlene chegou um tempo depois e Marcel que a estava esperando, se precipitou. — Marlene! Meu Deus, o que aconteceu aí dentro? Por que a Nora saiu cuspindo fogo? — Ela quer todos os homens para ela! O que ela tem a ver se eu estou grávida do meu patrão? — Você contou para ela? — Ela foi dizendo que dei o golpe da barriga! Eu odeio essa mulher! Marcel ficou pensativo. — Não sei se isso é bom ou ruim! Enquanto isso, eu cruzei com Alberto e ele me segurou pelo braço. — Calma! Onde você vai nervosa desse jeito? Eu parei e comecei a chorar. — Por que você está assim, Nora? — ele quis saber. — Essa dona Marlene, é uma cobra venenosa! Ela engravidou do meu marido! Ela destruiu o meu casamento! Alberto ficou pensativo. — Ela nunc
A minha cabeça parecia que ia explodir com tanta informação. De repente, eu descubro que a mesma mulher que se deitou com o Alberto, também se deitou com o Victor, e que essa mulher é a insuportável da dona Marlene. Quando eu vi aquela barriga, me deu um frio na alma. Victor estava ansioso por ser pai novamente, me ameaçando dizendo que se não fosse comigo, seria com qualquer outra e lá estava a perigosa, grávida! Meu Deus, eu queria morrer de desgosto! Sentei-me num banco de jardim pensando em tudo o que estava acontecendo. Passou um filme na minha frente! A partir de um casamento arranjado, eu tive o meu filho amado e por ele, decidi que faria tudo. Já havia recuperado os meus bens, não se tratava mais de dinheiro, eu havia perdido a guarda do meu filho, tudo girava em volta disso. Claro que no meio da tempestade, eu sentia um amor inexplicável pelo meu marido. Eu não queria, mas eu o amava. Eu estava cabisbaixa chorando baixinho quando Victor me en
Eu fiquei boquiaberta. Como ela sabia da dona Marlene. Ela tinha mais a dizer: — Querida, não se iluda com as palavras do Alberto, ele também me fez promessas antes de nos casarmos. — Até onde eu sei, o casamento de vocês foi arranjado, era apenas uma fachada. — Eu me apaixonei por ele, mesmo depois de ter tido tantos homens! Eu fiquei incrédula. Aquela mulher promíscua, que mais parecia uma cadela no cio, estava com ciúmes do Alberto, ou seria do Victor? — Aquela secretária é muito pior do que eu! Se quer aceitar o pedido de casamento do Alberto, se livre dela o mais rápido possível. Eu estava cada vez mais pasma com a cara de pau da Angeline. Qual era o problema dela? Por que estava querendo se meter naquela história? — O Victor é só um soberbo idiota, mas o Alberto fala macio e este sim, é perigoso!— Angeline insistia em falar. Eu fechei e abri os olhos impaciente. — Olhe aqui, Angeline, você se deu ao desfrute com o meu marido e sabe Deus c
Diana conseguiu me fazer tomar um banho e só foi embora quando eu adormeci. Ela entrou no quarto do Victor sabendo que ele estava acordado. Victor estava pensativo na varanda. — Diana! Como ela está?— ele se precipitou desesperado. — Ela está dormindo agora, Victor! Agora me fale sobre essa história dessa moça que espera um filho seu. — Não é meu, é do Alberto! — Victor se defendeu. Diana ficou impaciente. — Que seja! Como chegou aos ouvidos dela? Nora não sai de casa! Victor baixou a cabeça resignado. — Eu arquitetei um plano odiota para que ela se decepcionasse com o Alberto. — O quê!— Diana ficou pasma. — Isso mesmo. Eu consegui um emprego para a dona Marlene no escritório do Alberto, para o monitorar, mas ele me saiu melhor do que encomenda. Ele engravidou a moça! — Como pode ter tanta certeza?— Diana quis saber. — Ela não confessou, mas eu deduzi. Ele confessou que cedeu a tentação dela. A Nora sabe, eu não entendo por que
Diana se inclinou curiosa. — O que esse menino está maquinando dessa vez?— ela indagou assustada. Charles e Tony apenas assentiram com a cabeça e se prontificaram do lado de um dos carros, e os outros dois homens entraram na casa. Dois carros estavam disponíveis para a minha viagem e outros dois saíram com o Victor. Diana desceu, ainda com o Júnior no colo. — Zilma! Leve o Júnior para passear! Eu acompanhava aquele movimento, curiosa por saber o que estava acontecendo. — Depois eu explicou, Nora!— ela disse saindo da casa desesperada. Eu suspirei impaciente e fiquei olhando para Zilma que andava conduzindo o meu filho pela mão. Diana chegou agitada, junto dos seguranças, já falando: — O que o patrão de vocês está planejando? Digam logo, sem rodeios! Charles que namorava Mary e Tony que namorava Zilma se assustaram. — Vocês dois, desembuchem! Eu quero saber o que o Victor falou para vocês! — Ele só pediu para levar a don
Victor estava desesperado. — Por que não me atendem? Droga! O que deu errado? Marcel entrou na sala para ver o que estava acontecendo. — Calma Victor! Por que está tão agitado? — Eles não me atendem! Marcel começou a ligar para os seguranças, mais exatamente para Charles e Tony, pois esses eram os responsáveis pela operação. Charles e Tony olhavam para os seus aparelhos de celular que vibravam e os ignoravam. Diana estava tranquila e até cochilava. Assim que chegaram à mansão e estacionaram o carro, os dois homens só esperaram Diana descer para ligar para o patrão. — O que? Diana foi junto? Fizeram muito bem!— Victor falava agitado. — E então?— Marcel estava curioso. Victor ficou pensativo. — Não deu dessa vez! — Então desista, será melhor! — Nunca! Marcel se retirou contrariado. Depois de arrumar as minhas roupas com a ajuda de Ana, eu já conseguia raciocinar melhor. — Eu vou seguir com o plano, An
Eu podia ver através dos olhos brilhantes daquele homem bem vestido e educado, que ele se interessava por mim, o que me deixava encabulada. — E então, Nora! Me conte o que tem feito? Como está a sua relação com o Rei da Soja? Eu ri desconfortável e sentei na minha cadeira. — Aconteceram muitas coisas, doutor!— eu disse rindo de nervoso. — Como o que, por exemplo?— Ele me encarava com os seus olhos vivos, o rosto feliz, e eu me sentia acuada. Ele percebeu e encostou-se na sua cadeira, todo falante. — İmagino que tenha voltado para o seu marido e que está aqui pelo seu filho! Tentativa desastrosa! Adivinhei? Eu ri sem jeito. — Foi exatamente isso o que aconteceu!— eu disse sem graça. — Precisa ter as mesmas armas que ele!— ele disse sério. — É sobre isso! — eu também fiquei séria. O doutor Alexandre esticou a mão sobre a mesa procurando a minha. — Precisa ser fria— ele disse me olhando. Eu olhei para a mão que segurava a mi