A verdade era que Victor parecia levar a sério essa história de ser pai. E se ele tivesse um filho com outra mulher? E se com ela se casasse e ainda assim quisesse ficar com o Júnior? Meu filho ser criado por outra mulher, nem pensar! Eu não baixei a guarda e continuei afirmando para as criadas que não amava mais o Victor. Claro que aquela história estava me tirando do sério, mas em mim ele não faria filho nenhum. Se bem que quando apertava o tesão, eu acabava transando sem preservativo. Era gostoso ver ele implorando para ficar ali quentinho. — Deixa Nora, por favor, só um pouquinho! E quando ele gozava eu também chegava nas nuvens. Ele estava cada vez mais sedutor. Eu sustentava a hipótese de que tomava anticoncepcional. — Vem Nora, vem!— ele chamava desesperado. E eu ia, toda assanhada, sem pensar nas consequências. Diana, com seu grande poder de sensibilidade, veio falar comigo: — Nora, eu me vejo em você, é como se o passado voltasse à tona. Esse menino deve estar comet
No final do dia, Marcel saiu para se encontrar com a dona Marlene e se surpreendeu quando a viu com um vestido marcando a barriga. — Marlene! Você está linda de barriga!— ele disse puxando a cadeira para ela sentar. A moça deu uma olhada em volta do restaurante e sorriu dizendo: — Nossa amigo, que lugar requintado você me trouxe! Eu só vim num lugar assim quando era secretária do seu patrão. Nem Alberto me leva nesses lugares! Foi nesse momento que Marcel aproveitou para dar o bote. — Então vocês estão tendo um caso? Eu bem que imaginei, você não é boba, pescou um peixe grande! A moça ficou sem jeito, se ajeitou na sua cadeira, mas Marcel ainda queria falar. — Sim, porque você bem que tentou com o Victor, que eu sei! Dona Marlene cruzou os braços aborrecida: — Victor só tem olhos para aquela chata da mulher dele! Marcel concordou, enquanto era servido de um vinho pelo garçom. — Mas o que o seu patrão está achando de tudo isso? Ele
Victor estava mais bonito e feliz. Os seus olhos verdes brilhavam intensamente enquanto me olhava. — Você está misterioso! — eu falei curiosa, tentando encontrar uma resposta naqueles olhos sedutores. Victor se espalhou na banheira sorrindo de satisfação. Eu do meu lado, pensava que ele estava prestes a se declarar. — Vem aqui, vem!— ele pediu com os olhos fechados, as pernas abertas e a cabeça apoiada na extremidade da banheira. Eu fui lentamente o olhando sorrindo curiosa. “Será que seria agora?”— eu pensava. Eu me coloquei sobre ele e senti sua ereção no meio das minhas pernas. Victor me puxou pela cintura e eu colei no ventre dele. A sensação era maravilhosa. As pernas abertas, minha intimidade úmida pressionavam a pele dele impedindo a espuma ficar entre nós. Ele abriu os olhos e me puxou para um beijo, segurando a minha nuca. — Você me ama?— ele quis saber. Havia um medo , um desejo, e ódio também. — Não!— respondi subitamente. Victor sorriu e me beijou me forç
Encontrei Marcel ali próximo, o que achei muito estranho. — Onde está o seu patrão?— eu quase gritei. Marcel respondeu gesticulando nervoso: — Deve estar em algum lugar, não sei Nora! O que aconteceu? Eu não respondi e saí pisando firme. Dona Marlene chegou um tempo depois e Marcel que a estava esperando, se precipitou. — Marlene! Meu Deus, o que aconteceu aí dentro? Por que a Nora saiu cuspindo fogo? — Ela quer todos os homens para ela! O que ela tem a ver se eu estou grávida do meu patrão? — Você contou para ela? — Ela foi dizendo que dei o golpe da barriga! Eu odeio essa mulher! Marcel ficou pensativo. — Não sei se isso é bom ou ruim! Enquanto isso, eu cruzei com Alberto e ele me segurou pelo braço. — Calma! Onde você vai nervosa desse jeito? Eu parei e comecei a chorar. — Por que você está assim, Nora? — ele quis saber. — Essa dona Marlene, é uma cobra venenosa! Ela engravidou do meu marido! Ela destruiu o meu casamento! Alberto ficou pensativo. — Ela nunc
A minha cabeça parecia que ia explodir com tanta informação. De repente, eu descubro que a mesma mulher que se deitou com o Alberto, também se deitou com o Victor, e que essa mulher é a insuportável da dona Marlene. Quando eu vi aquela barriga, me deu um frio na alma. Victor estava ansioso por ser pai novamente, me ameaçando dizendo que se não fosse comigo, seria com qualquer outra e lá estava a perigosa, grávida! Meu Deus, eu queria morrer de desgosto! Sentei-me num banco de jardim pensando em tudo o que estava acontecendo. Passou um filme na minha frente! A partir de um casamento arranjado, eu tive o meu filho amado e por ele, decidi que faria tudo. Já havia recuperado os meus bens, não se tratava mais de dinheiro, eu havia perdido a guarda do meu filho, tudo girava em volta disso. Claro que no meio da tempestade, eu sentia um amor inexplicável pelo meu marido. Eu não queria, mas eu o amava. Eu estava cabisbaixa chorando baixinho quando Victor me en
Eu fiquei boquiaberta. Como ela sabia da dona Marlene. Ela tinha mais a dizer: — Querida, não se iluda com as palavras do Alberto, ele também me fez promessas antes de nos casarmos. — Até onde eu sei, o casamento de vocês foi arranjado, era apenas uma fachada. — Eu me apaixonei por ele, mesmo depois de ter tido tantos homens! Eu fiquei incrédula. Aquela mulher promíscua, que mais parecia uma cadela no cio, estava com ciúmes do Alberto, ou seria do Victor? — Aquela secretária é muito pior do que eu! Se quer aceitar o pedido de casamento do Alberto, se livre dela o mais rápido possível. Eu estava cada vez mais pasma com a cara de pau da Angeline. Qual era o problema dela? Por que estava querendo se meter naquela história? — O Victor é só um soberbo idiota, mas o Alberto fala macio e este sim, é perigoso!— Angeline insistia em falar. Eu fechei e abri os olhos impaciente. — Olhe aqui, Angeline, você se deu ao desfrute com o meu marido e sabe Deus c
Diana conseguiu me fazer tomar um banho e só foi embora quando eu adormeci. Ela entrou no quarto do Victor sabendo que ele estava acordado. Victor estava pensativo na varanda. — Diana! Como ela está?— ele se precipitou desesperado. — Ela está dormindo agora, Victor! Agora me fale sobre essa história dessa moça que espera um filho seu. — Não é meu, é do Alberto! — Victor se defendeu. Diana ficou impaciente. — Que seja! Como chegou aos ouvidos dela? Nora não sai de casa! Victor baixou a cabeça resignado. — Eu arquitetei um plano odiota para que ela se decepcionasse com o Alberto. — O quê!— Diana ficou pasma. — Isso mesmo. Eu consegui um emprego para a dona Marlene no escritório do Alberto, para o monitorar, mas ele me saiu melhor do que encomenda. Ele engravidou a moça! — Como pode ter tanta certeza?— Diana quis saber. — Ela não confessou, mas eu deduzi. Ele confessou que cedeu a tentação dela. A Nora sabe, eu não entendo por que
Diana se inclinou curiosa. — O que esse menino está maquinando dessa vez?— ela indagou assustada. Charles e Tony apenas assentiram com a cabeça e se prontificaram do lado de um dos carros, e os outros dois homens entraram na casa. Dois carros estavam disponíveis para a minha viagem e outros dois saíram com o Victor. Diana desceu, ainda com o Júnior no colo. — Zilma! Leve o Júnior para passear! Eu acompanhava aquele movimento, curiosa por saber o que estava acontecendo. — Depois eu explicou, Nora!— ela disse saindo da casa desesperada. Eu suspirei impaciente e fiquei olhando para Zilma que andava conduzindo o meu filho pela mão. Diana chegou agitada, junto dos seguranças, já falando: — O que o patrão de vocês está planejando? Digam logo, sem rodeios! Charles que namorava Mary e Tony que namorava Zilma se assustaram. — Vocês dois, desembuchem! Eu quero saber o que o Victor falou para vocês! — Ele só pediu para levar a don