Eu sabia que Alberto seria importante para mim no futuro, provavelmente, mas ele se mostrava cada vez mais especial. — Desculpe-me Alberto, mas eu preciso ir!— eu disse sem jeito. Alberto segurou a minha mão. — Em um mês temos outro compromisso social e espero vê-la novamente. — Estarei aqui!— eu disse me soltando das mãos de Alberto. Eu segui de volta para a minha mesa e percebi que Victor não estava lá. Ele estava conversando com dona Marlene num lugar longe dali. — Ele está mesmo apaixonado por ela, senhor! Eu vi nos olhos dele!— a moça dizia Insistentemente. — Não preciso ouvir mais isso, dona Marlene! Eu vou proibir a Nora de me acompanhar nesses eventos e pronto. Dona Marlene ficou indignada. — E ela aceita isso facilmente? Como se fosse propriedade sua?— ela quis saber. — Ela é minha mulher!— Victor disse seco. — Sim, senhor, eu já entendi porque o meu patrão lhe incomoda tanto! Victor já ia saindo e se voltou cur
— Volta aqui, garota! Para de ser infantil! Você me quer, vem! Eu dei um passo para trás, subindo a roupa. — Não quero mais me sentir usada! Chega! Acabou! Victor ficou impaciente e me tocou do quarto: — Então vai! Vai lá se aliviar sozinha! Quem sabe não prefere pensar nele! Deve se lembrar como foi quando ele abusou de você! Eu bufei e saí correndo. Eu sabia que estava certa. Não queria mais me sentir usada, mas talvez não estivesse sabendo falar do jeito certo, não sei, mas me tranquei no meu quarto e fiquei no escuro encolhida, morrendo de desejo de ser tocada. — Que droga! Por que eu não me satisfiz e só então disse que era só sexo, como sempre fiz? Não, isso não estava funcionando mais!— Eu falei para mim mesma. Fiquei ali, tentando acalmar o desejo. Estava com raiva do Victor, portanto, decidi pensar no Alberto me tocando. Minhas mãos já deslizavam por baixo da camisola e eu me vi no carro com Alberto. Bêbada, eu tentava reagir. Ele me beijou e foi bom, mas eu tentei
Junior praticamente se jogou nos braços do pai e eu fiquei rindo no meu canto. — Vai rindo, Nora! Depois eu te pego de jeito!— Victor disse me desafiando. Eu fui sentar numa mesa e fiquei observando pai e filho brincarem na água. Júnior ria muito gostoso. — Vem nadar com o papai, vem filho!— Victor falava sorrindo e eu me derretia. Eu suspirei pensativa. Queria tanto que as coisas fossem diferentes. Diana se aproximou e sentou-se na minha mesa, falando: — Você pensa que me engana, Nora! A quem você quer enganar? Você nunca vai deixar de amar o meu filho! Eu virei lentamente para responder, totalmente indiferente : — Diana, só eu sei o que vai no meu coração. Se você não acredita, eu sinto muito, isso não muda nada! Diana colocou a mão no peito e me olhou assustada. — Menina! Por que é que quando você vai nessas festas e encontra o senhor Alberto, volta desse jeito, confusa? Eu procurei me controlar para manter a minha serenidade. Olhei para Victor na piscina e não disse n
A verdade era que Victor parecia levar a sério essa história de ser pai. E se ele tivesse um filho com outra mulher? E se com ela se casasse e ainda assim quisesse ficar com o Júnior? Meu filho ser criado por outra mulher, nem pensar! Eu não baixei a guarda e continuei afirmando para as criadas que não amava mais o Victor. Claro que aquela história estava me tirando do sério, mas em mim ele não faria filho nenhum. Se bem que quando apertava o tesão, eu acabava transando sem preservativo. Era gostoso ver ele implorando para ficar ali quentinho. — Deixa Nora, por favor, só um pouquinho! E quando ele gozava eu também chegava nas nuvens. Ele estava cada vez mais sedutor. Eu sustentava a hipótese de que tomava anticoncepcional. — Vem Nora, vem!— ele chamava desesperado. E eu ia, toda assanhada, sem pensar nas consequências. Diana, com seu grande poder de sensibilidade, veio falar comigo: — Nora, eu me vejo em você, é como se o passado voltasse à tona. Esse menino deve estar comet
No final do dia, Marcel saiu para se encontrar com a dona Marlene e se surpreendeu quando a viu com um vestido marcando a barriga. — Marlene! Você está linda de barriga!— ele disse puxando a cadeira para ela sentar. A moça deu uma olhada em volta do restaurante e sorriu dizendo: — Nossa amigo, que lugar requintado você me trouxe! Eu só vim num lugar assim quando era secretária do seu patrão. Nem Alberto me leva nesses lugares! Foi nesse momento que Marcel aproveitou para dar o bote. — Então vocês estão tendo um caso? Eu bem que imaginei, você não é boba, pescou um peixe grande! A moça ficou sem jeito, se ajeitou na sua cadeira, mas Marcel ainda queria falar. — Sim, porque você bem que tentou com o Victor, que eu sei! Dona Marlene cruzou os braços aborrecida: — Victor só tem olhos para aquela chata da mulher dele! Marcel concordou, enquanto era servido de um vinho pelo garçom. — Mas o que o seu patrão está achando de tudo isso? Ele
Victor estava mais bonito e feliz. Os seus olhos verdes brilhavam intensamente enquanto me olhava. — Você está misterioso! — eu falei curiosa, tentando encontrar uma resposta naqueles olhos sedutores. Victor se espalhou na banheira sorrindo de satisfação. Eu do meu lado, pensava que ele estava prestes a se declarar. — Vem aqui, vem!— ele pediu com os olhos fechados, as pernas abertas e a cabeça apoiada na extremidade da banheira. Eu fui lentamente o olhando sorrindo curiosa. “Será que seria agora?”— eu pensava. Eu me coloquei sobre ele e senti sua ereção no meio das minhas pernas. Victor me puxou pela cintura e eu colei no ventre dele. A sensação era maravilhosa. As pernas abertas, minha intimidade úmida pressionavam a pele dele impedindo a espuma ficar entre nós. Ele abriu os olhos e me puxou para um beijo, segurando a minha nuca. — Você me ama?— ele quis saber. Havia um medo , um desejo, e ódio também. — Não!— respondi subitamente. Victor sorriu e me beijou me forç
Encontrei Marcel ali próximo, o que achei muito estranho. — Onde está o seu patrão?— eu quase gritei. Marcel respondeu gesticulando nervoso: — Deve estar em algum lugar, não sei Nora! O que aconteceu? Eu não respondi e saí pisando firme. Dona Marlene chegou um tempo depois e Marcel que a estava esperando, se precipitou. — Marlene! Meu Deus, o que aconteceu aí dentro? Por que a Nora saiu cuspindo fogo? — Ela quer todos os homens para ela! O que ela tem a ver se eu estou grávida do meu patrão? — Você contou para ela? — Ela foi dizendo que dei o golpe da barriga! Eu odeio essa mulher! Marcel ficou pensativo. — Não sei se isso é bom ou ruim! Enquanto isso, eu cruzei com Alberto e ele me segurou pelo braço. — Calma! Onde você vai nervosa desse jeito? Eu parei e comecei a chorar. — Por que você está assim, Nora? — ele quis saber. — Essa dona Marlene, é uma cobra venenosa! Ela engravidou do meu marido! Ela destruiu o meu casamento! Alberto ficou pensativo. — Ela nunc
A minha cabeça parecia que ia explodir com tanta informação. De repente, eu descubro que a mesma mulher que se deitou com o Alberto, também se deitou com o Victor, e que essa mulher é a insuportável da dona Marlene. Quando eu vi aquela barriga, me deu um frio na alma. Victor estava ansioso por ser pai novamente, me ameaçando dizendo que se não fosse comigo, seria com qualquer outra e lá estava a perigosa, grávida! Meu Deus, eu queria morrer de desgosto! Sentei-me num banco de jardim pensando em tudo o que estava acontecendo. Passou um filme na minha frente! A partir de um casamento arranjado, eu tive o meu filho amado e por ele, decidi que faria tudo. Já havia recuperado os meus bens, não se tratava mais de dinheiro, eu havia perdido a guarda do meu filho, tudo girava em volta disso. Claro que no meio da tempestade, eu sentia um amor inexplicável pelo meu marido. Eu não queria, mas eu o amava. Eu estava cabisbaixa chorando baixinho quando Victor me en