Respirei fundo e deixei as lágrimas tomarem conta do meu rosto. Eu estava fofida. Max já havia feito a denúncia e agora ficaria do lado de Donatello, confirmando a mentira. Eis uma das atitudes que eu não esperava dele.- Não acredito que ele fará isso. Juro que vou matá-lo com minhas próprias mãos! – Catriel falou entredentes.- Acalme-se, Aimê! – Alexia pediu, pegando minha mão carinhosamente.Max me olhou e deu um sorriso com o canto dos lábios antes de dizer aos membros da Corte presentes:- Como todos aqui sabem, sou completamente apaixonado pela princesa de Alpemburg, Aimê D’Auvergne Bretonne. E isto já faz uns bons anos... Talvez desde que a vi pela primeira vez. Cansado de ser recusado por ela, já que sempre deixou claro que casaria com alguém da realeza, decidi agir a meu favor.- Como assim? – João H
Todos tentavam me acalmar e os ouvia pondo a culpa em Max. No entanto aquilo não fazia sentido algum. Eu conhecia Max e Odette... E não os convidei para estarem ao meu lado a toa. Eram pessoas nas quais eu confiava plenamente e por aquele motivo lhes dei os mais altos cargos da coroa.Como esperado depois do depoimento de Max, fui liberada e absolvida, recaindo toda a culpa sobre ele.Eu queria falar com Odette, mas haviam tantas pessoas, que eu nem sabia de onde haviam surgido.- Acho melhor não saírem pela porta da frente, Majestade. – Alguém sugeriu.- Mas devem haver repórteres também na porta dos fundos. – Estevan alegou.- Se formos rápido, conseguimos sair antes do povo que está na frente dar a volta, Majestade. – Falou Sasha.Atravessamos o salão da Corte e nos encaminhamos para a porta dos fundos. Os policiais solicitaram via rádio que as
- Eu... Jamais...Nem terminei de falar e Catriel deu a volta pelo corpo de Donatello até chegar na bengala que havia jogado longe. Pegou-a do chão e voltou na nossa direção, parando em frente ao jornalista, que seguia no chão, ensanguentado.- Não... – Donatello pediu, temendo o que o príncipe faria.Catriel girou a bengala de madeira nobre no ar e encarou Donatello.- Não, Cat! – Implorei quando o vi levantar o objeto, direcionando à cabeça de Donatello, trocando o percurso no último minuto, fazendo-a tocar o chão com força, e estrondo ecoando ao mesmo tempo que se partiu ao meio.Cheguei a pôr as mãos na frente dos olhos, evitando ver o que aconteceria. Meu coração acalmou-se quando percebi a bengala quebrada no chão. Catriel, por sua vez, a juntou e jogou sobre Donatello:- Terá que levantar sozi
- Se é justo ou não, sinceramente não sei... Mas uma certeza eu tenho: você e Henry não cumpriam as regras estipuladas por nosso pai.- Também não acho que você vá cumprir. – Ela me olhou enquanto levantava de sua cadeira.- Eis um bom motivo para ele não nos impedir de dormirmos juntos. – Aleguei.Pauline sorriu e me deu um beijo no rosto:- Durma bem, Aimê, independente de ser sozinha ou acompanhada. E descanse... Foi um longo dia e cheio de surpresas.- As meninas já estão na cama?- Sim.- Quero apresentá-las a Catriel amanhã.- Ficarão enlouquecidas. – Ela sorriu, suspirando – Confesso que lembrei do meu tempo de namoro com Henry e deu certa saudade.- Do que exatamente? – Eu quis saber.- Da paixão que ainda ardia em nós... Infelizmente a chama se apagou em
- Vamos marcar a data, Cat. – Falei imediatamente.- Não quero pressioná-la, Aimê. Sei o quanto sonha com este momento e todo o tempo que precisaria para organizar da forma como sempre desejou. Tentarei aprovar uma emenda, já que todos sabem do meu noivado com Aimê. O que talvez tenhamos que fazer é uma festa pública, já que a pedi... Bem, foi quando estávamos nos despedindo de meu pai. – Percebi que a voz dele embargou na última frase, ao lembrar do momento.- Eu quero marcar a data. A não ser que... Você não tenha pressa. – Fiquei incerta.- O que eu mais quero é que se torne minha esposa, Aimê! – Ele pegou minha mão, girando o anel que havia me dado em torno do meu dedo, nervosamente.- Vocês se amam. Não há porque protelar a data. – Meu pai afirmou.- Não falta muito para a coroação. Três meses depois de me tornar a rainha é tempo suficiente para que eu organize tudo para o casamento. Antes disto... É necessário me preparar definitivamente para assumir o trono. Então tenho que con
Ele pegou o livro de volta, pondo para trás do corpo:- Nick é de Juliet e você é minha, combinado? Nada de sonhar com o tal do Senhor Perfeito.- Hum... Vou tentar. – Tentei pegar o livro, me obrigando a abraçá-lo.Catriel amparou meu corpo, descendo-me levente enquanto as mãos seguravam-me pelas costas e meus braços envolviam seu pescoço, nossos olhos fixos um no outro:- Ela gosta de dar de quatro... E levar uns tapas no bumbum.- E você gostou disto... – Ri.- Gostei. Talvez eu sonhe com Juliet de quatro... Enquanto em afofo o bumbum dela até ficar vermelho.- Ela seria decapitada... O primeiro “cortem a cabeça dela” proferido pela rainha. – Gargalhei.- Sinceramente, acho que aqueles dois sequer se atreveriam a entrar nos nossos sonhos, já que estão “muito bem, obrigado”.- Mas você gostou da forma como eles fodem.- Eu gostei e aposto que você vai mudar seu livro preferido.- Talvez eu mude... E queira reproduzir tudo num futuro próximo.- Desculpe, mas marquei algumas páginas c
- Mas... Como assim? – Indaguei.- Foi ontem à noite.- Como ele se atreveu?- Eu me atrevi. – Pauline riu – E gostei do beijo.- Por que está me contando isso? – Senti certa tristeza, por conta de Henry.- Porque... Para quem mais eu contaria? – Ela pareceu confusa.Dizer-lhe que eu sentia muito por Henry seria praticamente acabar com a possibilidade de Pauline confiar seus segredos a mim novamente. Ao mesmo tempo que concordar com aquilo poderia incentivá-la a se envolver com o segurança.Sim, eu havia o beijado. Então que moral tinha para cobrar qualquer coisa dela? Mas... Meu Deus, que situação complicada! As filhas delas estavam ali, ainda sofrendo a falta do pai e a separação. A própria Pauline se dizia ainda confusa.- Diga alguma coisa... – Ela pediu.- Quero que você seja feliz, Pauline. E encontre o q
- E Pauline? Ela também curte os carros e a velocidade? Ou prefere os holofotes e redes sociais?- Nenhum dos dois. Pauline não sabe o que gosta ou quer.- Pelo que percebi ela sabe que não quer o marido. – Ele observou.- E eu sinto tanto por Henry.- Por que sente?- Porque Henry é um ótimo homem.- Talvez não para sua irmã.- Sim, ele é... Um ótimo marido, um ótimo pai... E ainda assim ela o deixará.- É um direito dela, não acha? É a vida dela... Se não está feliz, tem que dar um jeito de procurar encontrar algo que a faça se encontrar novamente.- Ela e Henry sempre foram perfeitos um para o outro.- E ainda assim não deram certo – ele elevou os ombros – Eu não achava você a mulher ideal para mim...- Não?- Como já mencionei a