- Eu... Jamais...
Nem terminei de falar e Catriel deu a volta pelo corpo de Donatello até chegar na bengala que havia jogado longe. Pegou-a do chão e voltou na nossa direção, parando em frente ao jornalista, que seguia no chão, ensanguentado.
- Não... – Donatello pediu, temendo o que o príncipe faria.
Catriel girou a bengala de madeira nobre no ar e encarou Donatello.
- Não, Cat! – Implorei quando o vi levantar o objeto, direcionando à cabeça de Donatello, trocando o percurso no último minuto, fazendo-a tocar o chão com força, e estrondo ecoando ao mesmo tempo que se partiu ao meio.
Cheguei a pôr as mãos na frente dos olhos, evitando ver o que aconteceria. Meu coração acalmou-se quando percebi a bengala quebrada no chão. Catriel, por sua vez, a juntou e jogou sobre Donatello:
- Terá que levantar sozi
- Se é justo ou não, sinceramente não sei... Mas uma certeza eu tenho: você e Henry não cumpriam as regras estipuladas por nosso pai.- Também não acho que você vá cumprir. – Ela me olhou enquanto levantava de sua cadeira.- Eis um bom motivo para ele não nos impedir de dormirmos juntos. – Aleguei.Pauline sorriu e me deu um beijo no rosto:- Durma bem, Aimê, independente de ser sozinha ou acompanhada. E descanse... Foi um longo dia e cheio de surpresas.- As meninas já estão na cama?- Sim.- Quero apresentá-las a Catriel amanhã.- Ficarão enlouquecidas. – Ela sorriu, suspirando – Confesso que lembrei do meu tempo de namoro com Henry e deu certa saudade.- Do que exatamente? – Eu quis saber.- Da paixão que ainda ardia em nós... Infelizmente a chama se apagou em
- Vamos marcar a data, Cat. – Falei imediatamente.- Não quero pressioná-la, Aimê. Sei o quanto sonha com este momento e todo o tempo que precisaria para organizar da forma como sempre desejou. Tentarei aprovar uma emenda, já que todos sabem do meu noivado com Aimê. O que talvez tenhamos que fazer é uma festa pública, já que a pedi... Bem, foi quando estávamos nos despedindo de meu pai. – Percebi que a voz dele embargou na última frase, ao lembrar do momento.- Eu quero marcar a data. A não ser que... Você não tenha pressa. – Fiquei incerta.- O que eu mais quero é que se torne minha esposa, Aimê! – Ele pegou minha mão, girando o anel que havia me dado em torno do meu dedo, nervosamente.- Vocês se amam. Não há porque protelar a data. – Meu pai afirmou.- Não falta muito para a coroação. Três meses depois de me tornar a rainha é tempo suficiente para que eu organize tudo para o casamento. Antes disto... É necessário me preparar definitivamente para assumir o trono. Então tenho que con
Ele pegou o livro de volta, pondo para trás do corpo:- Nick é de Juliet e você é minha, combinado? Nada de sonhar com o tal do Senhor Perfeito.- Hum... Vou tentar. – Tentei pegar o livro, me obrigando a abraçá-lo.Catriel amparou meu corpo, descendo-me levente enquanto as mãos seguravam-me pelas costas e meus braços envolviam seu pescoço, nossos olhos fixos um no outro:- Ela gosta de dar de quatro... E levar uns tapas no bumbum.- E você gostou disto... – Ri.- Gostei. Talvez eu sonhe com Juliet de quatro... Enquanto em afofo o bumbum dela até ficar vermelho.- Ela seria decapitada... O primeiro “cortem a cabeça dela” proferido pela rainha. – Gargalhei.- Sinceramente, acho que aqueles dois sequer se atreveriam a entrar nos nossos sonhos, já que estão “muito bem, obrigado”.- Mas você gostou da forma como eles fodem.- Eu gostei e aposto que você vai mudar seu livro preferido.- Talvez eu mude... E queira reproduzir tudo num futuro próximo.- Desculpe, mas marquei algumas páginas c
- Mas... Como assim? – Indaguei.- Foi ontem à noite.- Como ele se atreveu?- Eu me atrevi. – Pauline riu – E gostei do beijo.- Por que está me contando isso? – Senti certa tristeza, por conta de Henry.- Porque... Para quem mais eu contaria? – Ela pareceu confusa.Dizer-lhe que eu sentia muito por Henry seria praticamente acabar com a possibilidade de Pauline confiar seus segredos a mim novamente. Ao mesmo tempo que concordar com aquilo poderia incentivá-la a se envolver com o segurança.Sim, eu havia o beijado. Então que moral tinha para cobrar qualquer coisa dela? Mas... Meu Deus, que situação complicada! As filhas delas estavam ali, ainda sofrendo a falta do pai e a separação. A própria Pauline se dizia ainda confusa.- Diga alguma coisa... – Ela pediu.- Quero que você seja feliz, Pauline. E encontre o q
- E Pauline? Ela também curte os carros e a velocidade? Ou prefere os holofotes e redes sociais?- Nenhum dos dois. Pauline não sabe o que gosta ou quer.- Pelo que percebi ela sabe que não quer o marido. – Ele observou.- E eu sinto tanto por Henry.- Por que sente?- Porque Henry é um ótimo homem.- Talvez não para sua irmã.- Sim, ele é... Um ótimo marido, um ótimo pai... E ainda assim ela o deixará.- É um direito dela, não acha? É a vida dela... Se não está feliz, tem que dar um jeito de procurar encontrar algo que a faça se encontrar novamente.- Ela e Henry sempre foram perfeitos um para o outro.- E ainda assim não deram certo – ele elevou os ombros – Eu não achava você a mulher ideal para mim...- Não?- Como já mencionei a
- Não, não merece. Eu sei que você mentiu para que eu não fosse punida, já que Donatello inventou toda aquela mentira. - Desgraçado! - Sabia que Catriel deu uma surra nele e jogou a tal bengala longe? O filho da puta levantou sem ela. Um mentiroso desgraçado. E não temos provas de que ele não pediu socorro naquela noite, Max. - Não, não temos. - Mas sabemos que ele não precisava ter pedido, Max. Ainda assim era nossa obrigação socorrê-lo. - Por isso sou culpado... Por tê-la feito fugir, por tê-la denunciado... Por tudo, Aimê. – Ele abaixou a cabeça, arrependido. - Max – pus minha mão sobre a dele, que estava recostada na mesa – Assim que eu for nomeada rainha, usarei a anistia real para tirá-lo daqui. - Mas... Você só pode usar isto uma vez ao longo do seu reinado. - Eu sei disto. - E não deve gastar isso comigo. - Com quem mais eu usaria, Max? – Sorri. - Com alguém que não a tenha traído, como e
- Se acha que é fictício, por que me fez ler?- Achei que você gostaria das cenas picantes. – Ele riu.Olhei para o avião e depois o encarei:- Juliet testou vários lugares: escada de emergência, banheiro de bar, Motel de beira de estrada e até mesmo um coqueiro – não contive o riso.- E vamos começar por qual deles? – Quis saber, com o olhar provocante.- Pelo avião.- Avião? – Inquiriu, incerto se acontecia sexo em avião no livro.Olhei para o jato que o esperava, já com a escada baixada e a aeromoça e o piloto na pista, aguardando o passageiro que não queria despedir-se de sua noiva.- Avião – confirmei, olhando no relógio – Será que pode atrasar uns dez minutos e satisfazer o desejo de uma noiva desesperada por seu príncipe?Catriel abriu a porta do car
Assim que saí do avião percebi que Sasha estava escorado no carro de trás. Antes que viesse na minha direção, entrei no carro da frente e pedi ao meu motorista:- Dirija imeditamente para o castelo, por favor.Ele fez exatamente como eu pedi, levando segundos para deixar a pista de pouso e o aeroporto particular de Alpemburg.Olhei pelo vidro traseiro, percebendo que o carro do segurança já seguia o meu. Eu não queria proximidade com Sasha. Ele teria que ser profissional ou eu falaria com meu pai a respeito. O beijo que havia dado nele foi somente para fazer ciúme em Catriel naquele dia. Poderia ter sido dado em qualquer outro homem que estivesse naquele mesmo local, naquela mesma hora.Assim que chegamos no castelo, desembarquei do carro e segui para a escadaria que subia para o castelo, já que a garagem era no subsolo. Odette me esperava ansiosamente, praticamente em frente à porta.- Odette? – Fiquei preocupada ao vê-la, especialmente quando percebi seu olhar nervoso.- Precisa sub