- Mas... Como assim? – Indaguei.
- Foi ontem à noite.
- Como ele se atreveu?
- Eu me atrevi. – Pauline riu – E gostei do beijo.
- Por que está me contando isso? – Senti certa tristeza, por conta de Henry.
- Porque... Para quem mais eu contaria? – Ela pareceu confusa.
Dizer-lhe que eu sentia muito por Henry seria praticamente acabar com a possibilidade de Pauline confiar seus segredos a mim novamente. Ao mesmo tempo que concordar com aquilo poderia incentivá-la a se envolver com o segurança.
Sim, eu havia o beijado. Então que moral tinha para cobrar qualquer coisa dela? Mas... Meu Deus, que situação complicada! As filhas delas estavam ali, ainda sofrendo a falta do pai e a separação. A própria Pauline se dizia ainda confusa.
- Diga alguma coisa... – Ela pediu.
- Quero que você seja feliz, Pauline. E encontre o q
- E Pauline? Ela também curte os carros e a velocidade? Ou prefere os holofotes e redes sociais?- Nenhum dos dois. Pauline não sabe o que gosta ou quer.- Pelo que percebi ela sabe que não quer o marido. – Ele observou.- E eu sinto tanto por Henry.- Por que sente?- Porque Henry é um ótimo homem.- Talvez não para sua irmã.- Sim, ele é... Um ótimo marido, um ótimo pai... E ainda assim ela o deixará.- É um direito dela, não acha? É a vida dela... Se não está feliz, tem que dar um jeito de procurar encontrar algo que a faça se encontrar novamente.- Ela e Henry sempre foram perfeitos um para o outro.- E ainda assim não deram certo – ele elevou os ombros – Eu não achava você a mulher ideal para mim...- Não?- Como já mencionei a
- Não, não merece. Eu sei que você mentiu para que eu não fosse punida, já que Donatello inventou toda aquela mentira. - Desgraçado! - Sabia que Catriel deu uma surra nele e jogou a tal bengala longe? O filho da puta levantou sem ela. Um mentiroso desgraçado. E não temos provas de que ele não pediu socorro naquela noite, Max. - Não, não temos. - Mas sabemos que ele não precisava ter pedido, Max. Ainda assim era nossa obrigação socorrê-lo. - Por isso sou culpado... Por tê-la feito fugir, por tê-la denunciado... Por tudo, Aimê. – Ele abaixou a cabeça, arrependido. - Max – pus minha mão sobre a dele, que estava recostada na mesa – Assim que eu for nomeada rainha, usarei a anistia real para tirá-lo daqui. - Mas... Você só pode usar isto uma vez ao longo do seu reinado. - Eu sei disto. - E não deve gastar isso comigo. - Com quem mais eu usaria, Max? – Sorri. - Com alguém que não a tenha traído, como e
- Se acha que é fictício, por que me fez ler?- Achei que você gostaria das cenas picantes. – Ele riu.Olhei para o avião e depois o encarei:- Juliet testou vários lugares: escada de emergência, banheiro de bar, Motel de beira de estrada e até mesmo um coqueiro – não contive o riso.- E vamos começar por qual deles? – Quis saber, com o olhar provocante.- Pelo avião.- Avião? – Inquiriu, incerto se acontecia sexo em avião no livro.Olhei para o jato que o esperava, já com a escada baixada e a aeromoça e o piloto na pista, aguardando o passageiro que não queria despedir-se de sua noiva.- Avião – confirmei, olhando no relógio – Será que pode atrasar uns dez minutos e satisfazer o desejo de uma noiva desesperada por seu príncipe?Catriel abriu a porta do car
Assim que saí do avião percebi que Sasha estava escorado no carro de trás. Antes que viesse na minha direção, entrei no carro da frente e pedi ao meu motorista:- Dirija imeditamente para o castelo, por favor.Ele fez exatamente como eu pedi, levando segundos para deixar a pista de pouso e o aeroporto particular de Alpemburg.Olhei pelo vidro traseiro, percebendo que o carro do segurança já seguia o meu. Eu não queria proximidade com Sasha. Ele teria que ser profissional ou eu falaria com meu pai a respeito. O beijo que havia dado nele foi somente para fazer ciúme em Catriel naquele dia. Poderia ter sido dado em qualquer outro homem que estivesse naquele mesmo local, naquela mesma hora.Assim que chegamos no castelo, desembarquei do carro e segui para a escadaria que subia para o castelo, já que a garagem era no subsolo. Odette me esperava ansiosamente, praticamente em frente à porta.- Odette? – Fiquei preocupada ao vê-la, especialmente quando percebi seu olhar nervoso.- Precisa sub
- Quero que saiba que... Não vou mais lamentar por você dizer que deixára Henry.- Não? – Ela arqueou a sobrancelha – O que a fez mudar de ideia?- A vida é sua. E é uma só. Não dá para passar o resto dela vivendo “mais ou menos”. Você merece mais.- Não tem ideio do quanto é importante para mim ouvi-la dizendo isso. Eu me sentia muito culpada quando mencionava o quanto Henry era um bom marido. Isso fazia com que eu me sentisse uma megera, ficando na obrigação de manter um casamento sem amor por conta do quanto ele era “boa gente”. E eu admiro Henry... Ele é um homem incrível. E merece uma mulher que o ame da forma como merece. Não posso ser injusta com ele, entende? Porque ele sempre foi muito maravilhoso comigo e nossas filhas.- Onde você acha que o amor de vocês se perdeu?Ela virou o rosto, com o olhar parecendo longe:- Eu não sei... Mas quando tive nossa primeira filha achei que aquilo fosse nos unir ainda mais. No entanto não foi o que aconteceu. Me parece que as meninas tirar
Naquela noite cheguei no castelo de Alpemburg no início da noite e recusei o jantar. Mas não fui para o meu quarto e sim para os aposentos de Odette. Minha amiga estava jantando na cama enquanto assistia um filme na televisão. Observei as imagens em preto e branco e perguntei, sentando na cama dela, sem cerimônia:- O que está assistindo? É assim mesmo, sem cor? Ou sua televisão está com problemas?- Sin City... E ele é assim mesmo, em preto e branco. É atual. Este filme é uma obra prima.Observei algumas das cenas, fingindo interesse, sendo que sempre preferi livros a filmes.Odette pausou a imagem e me olhou intrigada:- Por que me dispensou hoje?- Fui escolher meu vestido para a coroação.- Achei que eu fosse convidada a ir junto, já que fazemos tudo uma com a outra.- Não quis exclui-la. Mas como mandei fazer um vestido para você e é uma surpresa, preferi deixá-la por aqui.- Como assim? Vou receber um vestido assinado por uma estilista famosa que não é a sua mãe? – Ela arqueou a
- Então como fará?- Disfarçada. É a única maneira que encontrei. Ainda esta semana procurarei a reitoria da Universidade e tentarei apoio deles.- Uma pena que você não possa fazer a faculdade em País del Mar... Ou mesmo Avalon. Seria bem mais fácil poder estudar livremente, dando sua opinão quando questionada e assinando seus próprios trabalhos bem como pesquisas.- Avalon já não é mais uma possibilidade depois de tudo que houve com Alexia na faculdade. País del Mar... – suspirei – Seria uma utopia... – Sorri – Um país onde tratam a realeza com respeito e alteridade.- Nutrição? Fitoterapia? Por que esta escolha?- Quero estudar mais sobre o poder curativo das plantas.... E poder ajudar pessoas. E também poder criar formas de usá-las, seja em chás, infusões, sucos... Tirando algumas crises de estresse, eu nunca mais fiquei doente depois que comecei a ingerir meus próprios sucos e chás.- Isso é verdade. Eu também não fiquei mais doente. E inclusive minha imunidade aumentou.- Já pen
- Evitou? Como assim?Ela abriu um sorriso:- Disse que ele é o meu segurança. E transarmos deixaria tudo bem estranho entre nós. Também comentou o quanto é devoto ao nosso pai e que se sentiria traindo a confiança que o rei depositou nele.- Isso significa que vocês nunca irão transar? – Arregalei os olhos, curiosa.- Isso significa que Sasha Lykaios é totalmente confiável.- Por que não quis transar com você? – franzi a testa – Max também não quis transar comigo e ainda assim fodeu com a minha vida.Pauline revirou os olhos, não satisfeita com meu comentário:- Max e Sasha são diferentes.- São? Eu não conheço nada sobre Sasha Lykaios, que sequer é de Alpemburg. No entanto conheci Max no tempo de escola e passamos anos dividindo nossas vidas. E eu confiava nele. Ainda assim... Bem, você sabe bem tudo que houve.- Por que você tem a mania de achar que quando as coisas acontecem com você tem proporção maior?- Eu... Não disse isto.- Eu quase morri, mas você passou um ano lutando por