Estou "recobrada" (II)

Ouvi o som da porta do box abrindo e Odette ajustou a temperatura, deixando a água um pouco mais morna. Não deixou que eu pusesse shampoo nos cabelos, fechando o registro e me puxando para fora, enquanto enxugava meus cabelos com uma toalha.

Assim que ela enrolou a toalha nos meus cabelos úmidos, peguei outra e sequei o corpo, colocando em seguida o roupão de tecido macio e confortável que me foi entregue, pondo por último a calcinha.

Percebi que mesmo tendo saído do banho, ainda chorava, sem me dar em conta.

Cheguei no quarto e havia uma xícara de café puro fumegante ao lado da cama.

— Beba tudo. Não tem açúcar, mas é proposital. Vai deixá-la sóbria.

Não contestei. Sentei na cama e bebi o café forte, fazendo careta. Olhei-a:

— Eu... Tenho consciência da porra que fiz... — admiti.

Odette pegou o celular e deslizou os dedos, me olhando em seguida:

— Por enquanto não há nada na mídia. É melhor que descanse, Aimê. Amanhã terá um longo dia pela frente.

— Eu... Não fiz por querer. E por qu
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