Clark suspira fundo, apoiando as mãos nas costas, enquanto Thayla o ajuda a andar. Ele tenta esconder as dores que sente, mas o leve ranger de seus dentes trai o desconforto.
— Acho que precisamos de férias — comenta Clark, forçando um sorriso. Os presentes riem, compartilhando aquele momento leve. Observam com admiração a tentativa de Clark de manter a postura, mesmo diante do cansaço visível. — E para onde vamos, então? — pergunta Justin, com um sorriso no rosto, cruzando os braços enquanto olha para Clark. Clark não demora a responder, esboçando um olhar distante antes de sugerir: — Que tal… Miami? — Legal! — exclama Selena, já animada com a ideia. — Deixa comigo, eu cuido de tudo! Clark acena com a cabeça, apreciando a prontidão dos amigos. Em seguida, vira-se para Justin e Taylor, gesticulando com um leve movimento da mão: — Justin, você e Taylor podem ir buscar as coisas da Thayla e da Kylie? Justin dá um sinal de positivo com a cabeça e diz: — Claro, chefe. — Vamos, Justin! — chama Taylor, dando-lhe uma cotovelada amistosa. Quando os dois estão prestes a sair, Clark ergue a voz: — Esperem! Os garotos param, e Thayla lança um olhar preocupado para ele. — Thayla, vá com eles — diz Clark, soltando lentamente o braço que estava apoiado no ombro dela. Thayla levanta uma sobrancelha, relutante. — E você mal consegue ficar em pé, quer mesmo que eu te deixe aqui? — retruca, cruzando os braços e olhando para ele com uma mistura de preocupação e autoridade. Clark ri, tentando aliviar a tensão. — Calma aí, não é pra tanto. E, de qualquer forma, o Deric pode me ajudar. — Ele lhe dá um sorriso encantador, inclinando-se levemente e roubando um beijo rápido. O gesto a faz suspirar, derrotada. — Tudo bem, mas… toma cuidado — murmura ela, com o olhar ainda cheio de preocupação, antes de caminhar até Justin e Taylor. Clark observa Thayla, Justin e Taylor se afastarem até desaparecerem de sua vista. Então, sentindo a presença ao seu lado, vira-se e vê Deric caminhando em sua direção. Clark observa Deric se aproximando, e ele mal tem tempo de se virar antes que o amigo pergunte: — Como tá aí? — Deric arqueia uma sobrancelha, analisando a expressão de Clark, que tenta disfarçar o incômodo. Clark solta um sorriso forçado, passando a mão sobre o ferimento, tentando parecer despreocupado. — Um pouco com dor, mas pronto pra outra. Deric ri, sem esconder o divertimento ao ver a careta de dor no rosto do amigo. — Tô vendo — comenta, com uma leve provocação. Clark esboça um sorriso determinado e, ignorando a dor, faz um gesto para Deric segui-lo. — Vamos, temos que ir a um lugar. Deric corre alguns passos até emparelhar com ele e, enquanto caminham lado a lado, pergunta: — Posso perguntar aonde estamos indo? Clark dá um sorriso enigmático, olhando de soslaio para o amigo. — Pra ser sincero, ainda não sei — admite, com um leve riso. — Mas logo saberemos. Ele saca o telefone do bolso, desbloqueia rapidamente, e vai direto aos contatos. Com os olhos atentos, desliza a lista de nomes até encontrar “Zacchi”. Sem hesitar, clica para iniciar a chamada. No terceiro toque, uma voz atende: — Oi, fala! — Preciso que descubra um endereço pra mim — diz Clark, direto ao ponto. — Vou te mandar uma foto e o nome de quem eu quero que você ache no W******p. Com um movimento ágil, Clark ativa o viva-voz e navega até o aplicativo de mensagens. Encontra o nome de Zacchi e abre a conversa, digitando o nome da pessoa e anexando a foto. — Pronto, acabei de enviar — comenta, focado na tela. Após uma breve pausa, Zacchi responde: — Chegou aqui. Em cinco minutos te mando o que pediu. Clark desliga a chamada e, enquanto aguardam, ele e Deric trocam um olhar silencioso. Deric observa o amigo, a postura firme de Clark, apesar das dores evidentes. Passam-se alguns minutos, até que o telefone vibra com uma nova mensagem. Clark abre o W******p e vê a localização enviada por Zacchi. Ele estuda o endereço por um instante e então passa o telefone para Deric, mostrando o local. — Aqui está. Você dirige — diz Clark, entregando a responsabilidade ao amigo. Deric pega a chave do carro com um aceno confiante. — Deixa comigo. Clark sorri e segue ao lado de Deric até o carro, apoiando-se ligeiramente ao entrar no veículo. Enquanto Deric ajusta o GPS, Clark relaxa no assento, respirando fundo e se preparando para o que está por vir. Leonard empurra a porta, praticamente se jogando para dentro do pequeno apartamento escuro. Ele solta um suspiro exausto e passa a mão pelo rosto. — Enfim, em casa... — murmura, com a voz cheia de alívio. Mas, antes que ele possa relaxar, uma voz ecoa na escuridão: — Nossa, achei que nunca mais ia chegar. Leonard congela, o coração acelerando. Ele franze o cenho, procurando na penumbra pela direção da voz desconhecida. — Quem está aí? — pergunta, os olhos procurando por um interruptor. Suas mãos tateiam a parede até encontrar o botão, e ele liga a luz. A claridade inunda o pequeno cômodo, revelando Clark encostado à parede e Deric, sentado casualmente no braço do sofá, mordendo uma maçã com um ar despreocupado. Clark esboça um sorriso tranquilo, mas enigmático. — Olhe bem, Leonard. Se prestar atenção, vai me reconhecer. Leonard o observa por um segundo, piscando, até que algo em seu rosto familiar faz a ficha cair. — Ah, espera aí… você é o namorado da Thayla! — diz ele, soltando o ar com um misto de alívio e surpresa, antes de cair sentado no sofá. — E, a propósito, essa maçã é minha. Deric levanta a fruta parcialmente mordida e sorri, desinibido. — Espero que não se importe — comenta, enquanto termina a maçã sem qualquer cerimônia. Leonard revira os olhos ao ver Deric pegar outra maçã da fruteira, mas suspira, tentando recuperar o controle da situação. — Não, não fique à vontade, por favor — ironiza, observando o garoto com uma expressão meio divertida, meio resignada. Clark endireita a postura e dá um passo à frente, assumindo um tom direto. — Vamos direto ao assunto. Leonard cruza os braços, arqueando uma sobrancelha. — Que bom. Espero que seja importante, já que vocês invadiram a minha casa. — E é — diz Clark, com um meio sorriso. — Vim aqui para te convidar para umas férias. E, antes que me diga algo sobre seu emprego, já cuidei disso. Arrumei um substituto e uma desculpa para sua ausência. E o melhor de tudo: não vai te custar nada. Leonard observa Clark com um olhar de incredulidade misturada com curiosidade, tentando processar a situação. Ele passa a mão pelo queixo, balançando a cabeça lentamente. — Você pensou em tudo, hein? — murmura, um leve sorriso escapando de seus lábios, enquanto olha de Clark para Deric. Clark sorri, relaxando um pouco a postura. — Apenas quero te dar uma chance de respirar, Leonard. Uma pausa... pra aproveitar um pouco. Deric termina de mastigar a maçã e lança um olhar de cumplicidade para Clark, dando-lhe um breve aceno de apoio. Leonard observa o gesto, sua expressão suavizando enquanto parece refletir. O ambiente do apartamento, com suas paredes decoradas com pôsteres de bandas antigas e prateleiras lotadas de livros e objetos de coleção, traz uma atmosfera aconchegante, mas também um pouco desgastada, como se estivesse pedindo por uma mudança de ares — algo que Clark parece notar.Clark e Deric caminham pelo apartamento, observando Leonard com um olhar cúmplice.— Então, Leonard, a viagem já está toda planejada — diz Clark, um sorriso leve no rosto. — Ah, e suas malas já estão prontas.Leonard ergue uma sobrancelha, claramente surpreso, mas não diz nada. Apenas dá um leve aceno e segue os dois até o carro, ainda processando as informações.Ao chegar no veículo, Deric se acomoda no banco do motorista, enquanto Clark se ajeita no assento do passageiro. Leonard, sem muita cerimônia, desliza para o banco traseiro, cruzando os braços e observando em silêncio enquanto Deric liga o carro.Clark pega o telefone e, com um toque rápido, disca o número de Thayla. Quando ela atende, sua voz soa ansiosa.— Thayla, só pra avisar que estamos a caminho do aeroporto. Estamos esperando você, Kylie e Katherine. — Ele faz uma pausa, ouvindo a resposta do outro lado, e sorri. — Isso, nos encontramos lá.Eles seguem pelas ruas da cidade, com Deric guiando o carro com facilidade enqu
O grupo estava reunido dentro do avião, no espaço reservado para os assentos, que se assemelhava a uma sala de estar improvisada. A iluminação suave vinha das luzes de leitura acima de cada assento, criando um ambiente acolhedor em meio ao luxo discreto do jato. Os assentos eram confortáveis, revestidos em couro, e as mesas dobráveis estavam abaixadas, cobertas com garrafas de água, copos e alguns petiscos. Deric se ajeitou em um dos assentos, com um sorriso malicioso nos lábios, enquanto lançava um olhar a Leonard, que os observava com curiosidade, as sobrancelhas arqueadas, atento a cada palavra que eles trocavam. — Já que você está tão interessado, vou te contar como ele juntou a gente. — Deric inclinou-se um pouco para a frente, o olhar brilhando. — Começa você, Taylor. Afinal, foi o primeiro a ser recrutado. Taylor sorriu, relaxando na cadeira. Ele olhou para os outros, como se revisitando uma memória antiga, e começou a contar sua história. — Eu estava preso, faltavam uns no
Na sala espaçosa e levemente iluminada da mansão, a tensão era palpável. Jenne caminhava de um lado para o outro, seus olhos frequentemente se voltando para as escadas, enquanto esperava por alguma notícia. Assim que ouviu os passos suaves de Thayla descendo, ela se adiantou, os olhos ansiosos.— E aí, alguma notícia? — perguntou Jenne, a preocupação evidente em sua voz.Thayla balançou a cabeça, exalando um suspiro exausto. — Não sei dizer... — respondeu ela, cruzando os braços e olhando para o topo das escadas. — Desde que chegaram, ele está lá no quarto com os médicos e ninguém me deixa entrar até que os exames acabem.No andar de cima, no quarto de Clarck, o médico e duas enfermeiras focavam-se no exame minucioso do inchaço que se formava no abdômen dele, consequência da queda recente do segundo andar do shopping. Clarck observava os profissionais com um semblante calmo, embora claramente desconfortável.— Pelo que estou vendo a olho nu, parece ser apenas um inchaço muscular, — d
O jovem casal se entrega completamente à intensidade daquele momento, permitindo que as emoções os guiem. Clarck, com um olhar ardente, captura os lábios de Thayla em um beijo profundo e apaixonado, enquanto suas mãos exploram cada curva do corpo dela. Com um toque suave, ele desabotoa a calça dela, revelando a pele macia que tanto o fascina, deixando-a apenas de lingerie. Num movimento ágil, Thayla se vira, posicionando-se sobre ele, e Clarck, em um instante de pura conexão, arranca a blusa da jovem. Seus lábios descem lentamente, traçando um caminho quente e desejoso da barriga até a altura dos seios. Ele faz uma pausa, mordendo delicadamente o laço do sutiã que a sustenta, seus olhos fixos nos de Thayla, que brilha com um desejo incontrolável. Eles se perdem um no olhar do outro, como se o mundo ao redor tivesse desaparecido. Thayla, com um sorriso travesso e um brilho no olhar, morde os lábios, implorando silenciosamente por mais. O desejo é palpável; ela quer que ele a faça sua
Clarck observou Thayla por alguns instantes, os olhos atentos acompanhando cada movimento dela ao escolher a roupa. Sentiu o coração bater mais rápido, e então se aproximou, envolvendo-a por trás com um abraço caloroso.— O que foi? — perguntou Thayla, percebendo a presença dele tão próxima. Ela virou um pouco o rosto, buscando os olhos do namorado com um sorriso no canto dos lábios.— Foi que você está maravilhosamente linda. — Clarck murmurou, deslizando as mãos suavemente sobre os braços dela, sentindo a textura delicada do tecido e a pele logo abaixo. Ele inclinou-se, depositando um beijo leve em seu pescoço, e Thayla fechou os olhos por um instante, deixando-se envolver pelo toque dele.Ela sorriu, sentindo o calor que irradiava de Clarck, e logo seu coração começou a acelerar, da forma que sempre acontecia quando ele estava tão perto. Ele percebeu, sentindo a respiração dela se tornar mais rápida.— Tá respirando forte, hein? — brincou ele com um tom provocativo, notando o efei
Clarck se inclinou em minha direção, franzindo as sobrancelhas enquanto meu celular vibrava repetidamente ao lado da cama. Ele olhou para a tela, visivelmente incomodado com a insistência das mensagens.— Quem quer que seja, quer muito falar com você — comentou ele, indicando o aparelho com um olhar intrigado.Revirei os olhos, irritada com a persistência das notificações. Desbloqueei a tela e, assim que vi quem era, soltei um suspiro irritado.— Ah, esse cara de novo... — murmurei, mostrando as mensagens a Clarck. — Olha só o tipo de coisa que ele manda.Clarck leu cada linha em silêncio, seu rosto assumindo uma expressão de surpresa e um leve incômodo.Mensagem no WhatsApp:"Quer fazer um test-drive comigo?"— Test-drive? Como assim? — digitei de volta, ainda sem entender aonde ele queria chegar."Testar... me experimentar. Sem compromisso."Eu arqueei as sobrancelhas, espantada.— Como assim? — respondi, horrorizada com a ousadia."Me experimenta pra saber como eu beijo, como sou n
Cena no Banheiro (Narrada por Selena) Selena estava imóvel, cada músculo tenso enquanto tentava manter a calma. O ar no banheiro estava pesado e carregado de tensão, e a escuridão parecia tomar conta de todos os sentidos. Ela ouviu a voz de Thayla rompendo o silêncio. — O que você está fazendo aqui? — perguntou Thayla, a voz dela baixa e assustada. A pessoa não respondeu, deixando o ar ainda mais denso e tenso. Mas para Selena, isso teve um lado positivo: ao menos, agora, ela tinha uma direção clara. Usando o som da voz de Thayla como guia, ela deu alguns passos cautelosos, mantendo os sentidos aguçados, até finalmente encontrar o ombro da amiga. — Thayla, eu estou aqui — disse Selena com firmeza, tocando suavemente o ombro da amiga. — Agora, fique atrás de mim. Houve um momento de silêncio, até que a voz desconhecida voltou a ecoar na escuridão, fria e impassível. — Você não deveria estar aqui. O coração de Selena batia rápido, mas ela manteve a calma e se preparou para qualqu
Katherine ainda olhava incrédula para Clarck enquanto o observava, tentando entender a intensidade daquela situação. — O que foi isso? — ela perguntou, cruzando os braços e lançando-lhe um olhar exigente. Clarck suspirou, sua expressão era séria, mas antes que ele pudesse responder, Taylor se aproximou com Jenne ao seu lado. Ele parecia igualmente confuso, mas falava com um tom calmo e cauteloso. — Chefe… Não querendo te contrariar, mas também não entendi por que você fez aquilo — começou Taylor. Ele lançou um olhar para o lugar onde o homem desconhecido estivera e completou, — O cara meio que salvou a Selena e a Thayla. Se ele não tivesse agido rápido para trazê-las para cá, os danos poderiam ser maiores… até irreversíveis. Clarck apertou o maxilar, claramente irritado, mas manteve o tom sob controle ao responder. — Depois eu te explico melhor — disse, aproximando-se de Taylor, colocando a mão direita em seu ombro e inclinando-se para falar ao seu ouvido. — Quero que siga ele pa