Cena no Banheiro (Narrada por Selena) Selena estava imóvel, cada músculo tenso enquanto tentava manter a calma. O ar no banheiro estava pesado e carregado de tensão, e a escuridão parecia tomar conta de todos os sentidos. Ela ouviu a voz de Thayla rompendo o silêncio. — O que você está fazendo aqui? — perguntou Thayla, a voz dela baixa e assustada. A pessoa não respondeu, deixando o ar ainda mais denso e tenso. Mas para Selena, isso teve um lado positivo: ao menos, agora, ela tinha uma direção clara. Usando o som da voz de Thayla como guia, ela deu alguns passos cautelosos, mantendo os sentidos aguçados, até finalmente encontrar o ombro da amiga. — Thayla, eu estou aqui — disse Selena com firmeza, tocando suavemente o ombro da amiga. — Agora, fique atrás de mim. Houve um momento de silêncio, até que a voz desconhecida voltou a ecoar na escuridão, fria e impassível. — Você não deveria estar aqui. O coração de Selena batia rápido, mas ela manteve a calma e se preparou para qualqu
Katherine ainda olhava incrédula para Clarck enquanto o observava, tentando entender a intensidade daquela situação. — O que foi isso? — ela perguntou, cruzando os braços e lançando-lhe um olhar exigente. Clarck suspirou, sua expressão era séria, mas antes que ele pudesse responder, Taylor se aproximou com Jenne ao seu lado. Ele parecia igualmente confuso, mas falava com um tom calmo e cauteloso. — Chefe… Não querendo te contrariar, mas também não entendi por que você fez aquilo — começou Taylor. Ele lançou um olhar para o lugar onde o homem desconhecido estivera e completou, — O cara meio que salvou a Selena e a Thayla. Se ele não tivesse agido rápido para trazê-las para cá, os danos poderiam ser maiores… até irreversíveis. Clarck apertou o maxilar, claramente irritado, mas manteve o tom sob controle ao responder. — Depois eu te explico melhor — disse, aproximando-se de Taylor, colocando a mão direita em seu ombro e inclinando-se para falar ao seu ouvido. — Quero que siga ele pa
Taylor ergueu as mãos lentamente ao ver o homem sacar a pistola. Cada segundo parecia se arrastar, e ele tentava manter a calma, avaliando sua situação com cautela. Na frente, o homem com a arma o encarava com um sorriso malicioso, enquanto outros dois observavam a cena de perto, um à direita e o outro à esquerda, ambos a uma distância de cinco passos, o que indicava uma formação estratégica. Ele sabia que, provavelmente, todos estavam armados, mas apenas a pistola do líder estava visível. Taylor respirou fundo, os olhos atentos aos mínimos movimentos de seus três oponentes. Haviam se passado alguns minutos, mas para ele pareciam horas. Com a mente afiada, percebeu que seu nervosismo seria sua pior inimiga ali, então tomou uma decisão calculada, mas arriscada, que, de alguma forma, colocaria um ponto final naquela situação tensa. --- No hospital Jenne se aproximou de Clarck, a expressão preocupada. — Era o Taylor? — perguntou ela, a voz trêmula. — Sim — respondeu Clarck, f
Dentro da Delegacia de Miami Beat Clarck observava o superior, que ainda estava tentando estancar o sangue do nariz após a brusca reação de minutos antes. Clarck cruzando os braços, com um olhar frio — Eu avisei. — Ele exalou o ar que segurava em seu peito, lançando um último olhar duro. — Não fique no meu caminho, ou vou passar por cima. Espero que depois de hoje isso não se repita. Antes que o superior pudesse responder, um homem de cabelos grisalhos e olhar penetrante se aproximou do grupo, sua postura imponente evidenciando que tinha autoridade na delegacia. Homem apontando para o superior ferido — Ei, você aí! Ajude-o a levantar. — Ele fez um gesto para que o segurança o auxiliasse. — E tire-o daqui. Levem-no para cuidar desse nariz. — Assim que o segurança obedeceu, o homem voltou sua atenção para Clarck. — Clarck, preciso falar com você. Clarck virando-se para Justin, que estava ao seu lado — Justin. — Ele fez um sinal para o amigo se aproximar. — Aqui. — J
Clarck liga para Taylor O telefone de Taylor vibra no console do carro. Ele pega rapidamente e atende. — Fala, chefe, — atende Taylor com voz firme. — Está tudo bem aí? — pergunta Clarck, do outro lado da linha, com o tom de quem analisa cada detalhe. Taylor olha para Justin, que está ao seu lado, antes de responder. — Sim, tudo tranquilo, — responde, mantendo o tom seguro. Clarck solta um suspiro quase imperceptível, mas relaxado. — Certo. Passe em uma lanchonete e compre um X-Bacon e uma Coca Zero. Estou com fome, — diz, num tom que mistura seriedade e descontração. Taylor, do outro lado, solta uma risada curta. — Pode deixar, chefe. A gente encontra você no local combinado em 20 minutos, — responde Taylor com um sorriso no rosto. — Perfeito, — diz Clarck antes de desligar. Na estrada… — E aí, cara, — começa Taylor, girando o volante enquanto mantém os olhos atentos na estrada. — O chefe mandou pegar um X-Bacon e uma Coca Zero." Justin ergue uma sobrancelha, rindo. —
Dentro do galpão...O silêncio do galpão é quebrado pelo som das portas se abrindo com violência. Dois homens entram, armas em punho, apontando-as diretamente para os dois prisioneiros.— Nem se mexam!, — um deles grita, enquanto os meliantes arregalam os olhos, surpresos e assustados, tentando entender o que estava acontecendo.No fundo do galpão, ainda envolto em sombras, o jovem ri baixinho, sua silhueta parcialmente coberta pela escuridão, suas mãos cruzadas em uma postura despreocupada.— Qual é a graça, Clarck? — rosna um dos homens, irritado.Sem responder, o jovem dá dois passos lentos à frente, deixando as sombras para revelar sua identidade completamente. A expressão de tranquilidade em seu rosto só aumenta a tensão.— O-o quê? — balbucia um dos homens, espantado. — Não pode ser... Se você está aqui... — Ele rapidamente tenta pegar o telefone, seus dedos tremendo ao discar, mas é surpreendido por Taylor, que se aproxima e acerta uma coronhada forte em sua cabeça. O homem des
A rua estava caótica. Carros parados, motoristas fora dos veículos tentando entender o que tinha acontecido, e transeuntes curiosos formando um círculo em torno de Clarck. A cena era iluminada pelas luzes amareladas dos postes e pelos faróis dos carros, criando um contraste com o céu escuro da noite.— Clarck! — a voz de Jenner ecoou pela rua, carregada de desespero. Ela descia as escadas do hospital a toda velocidade, seu salto batendo contra o concreto enquanto seus olhos estavam fixos no corpo caído do cunhado.A garota que Clarck perseguia parou abruptamente alguns metros adiante. Ela olhou para trás, vendo Clarck tentar se mexer no asfalto. Por um momento, ela hesitou. Seus lábios se curvaram em um sorriso de alívio ao perceber que ele ainda estava vivo, mas o momento de preocupação foi breve. Ela virou as costas e continuou correndo, desaparecendo na escuridão da rua.Jenner atravessou a rua sem olhar para os lados, ignorando os motoristas que buzinavam impacientemente. — Saiam
Algumas horas depois, após receberem a notícia de que Selena havia acordado, ela foi avaliada pelos médicos e então eles permitiram que ela recebesse visitas. O ambiente estava iluminado suavemente pela luz do sol que atravessava as persianas parcialmente abertas. O ar cheirava a álcool e desinfetante, típico de hospitais. Selena estava recostada na cama, coberta por um lençol branco, enquanto máquinas monitoravam seus sinais vitais. Clarck permanecia parado na porta, os braços cruzados, enquanto Justin ajeitava o travesseiro da namorada. — Oi — Justin disse, entrando no quarto com um sorriso caloroso. — Oi... — respondeu Selena, com a voz baixa, enquanto tentava se ajeitar na cama. Ela fez uma careta, o desconforto evidente. — Calma aí, apressadinha. — Justin sorriu e, com cuidado, ajustou o travesseiro atrás dela, ajudando-a a se recostar melhor. — Prontinho. Melhor assim, né? — Obrigada. — Selena murmurou com um leve sorriso, mas seu olhar logo se voltou para Clarck, que perma