Capítulo 11

Finalmente dia vinte de fevereiro chegou. Heitor acordou como se tivesse dormido em cima de pedregulhos. Fora a pior noite desde que mudara-se. O nervosismo surgiu como um baque assim que debruçou-se para ficar sentado em sua cama.

Olhou para a janelinha redonda de seu quarto e percebeu que o dia estava nublado, não duvidaria se dali à alguns minutos caísse uma tempestade. A sua jaqueta se encontrava pousada em cima da cômoda que ficava ao lado da janelinha e Heitor correu em sua direção. Levantou tão rápido que bateu os calcanhares no piso de madeira, fazendo um ruído seguido de um berro:

— Heitor, se levantou agora?!

— Sim, mãe. — Respondeu o garoto, enquanto revirava os bolsos da jaqueta. — Aqui!

Guardou, então, o envelope na última gaveta da cômoda e jogou algumas meias por cima.

— Vem tomar o seu café, querido. Preciso de sua ajuda hoje!

— Estou indo.

O garoto vestiu uma camiseta branca, um suéter azul-ciano e sua velha bo

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