CAPÍTULO CENTO E CINCO

“ Você é meu norte, meu sul, meu tudo.”

“ Sem você eu não posso, não posso continuar.”

Cloe passou horas rearrumando as letras, refazendo partes e chegou a uma música que expressava tudo o que sentia por seu amor. Não queria que fosse uma música triste e depressiva, queria que fosse uma homenagem ao amor que sentiam um pelo outro. O amor que sabia que os nutris e os unia.

Ela esvaziou a mente das angústias à meia-noite quando, ainda sentada ao piano, sentiu um cheiro a lhe chegar às narinas e abriu os olhos e sorriu, aspirou o cheiro até se sentir cheia de paz. Era como se em seu íntimo, ela sentisse que Túlio estava vivo. Ele não poderia estar morto, se tivesse ela saberia. Como um fio invisível e tênue, ela soube que sua vida estava ligada a dele. Simples assim, ela não sentia-o finito, acabado, sentia que ele ainda vivia e enquanto sentisse esse fio, enquanto esse fio estivesse atado a ela, saberia que Túlio vivia.

Ela permaneceu tocando de olhos fechados na varanda, em dado moment
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