Uma semana havia se passado e Anthony tinha viajado para o Canadá em busca de respostas. A relação entre Jacob e Samantha estava cada vez mais degradante. O advogado dele tinha procurado Samantha com os papeis do divorcio, Samantha o colocou para fora de casa aos pontapés, em seguida foi até a empresa onde sem pedir licença, entrou na sala do marido o confrontando. Foi necessário Liam se intrometer para evitar um mal maior. Depois desse confronto, Jacob decidiu sair de casa e ir para o Apart hotel. Samantha não aceitou com facilidade e se humilhou mais uma vez aos pés de Jacob que segurou em seus ombros e encarou os seus olhos azuis.— Por favor, Samantha, não faça isso! Por mais que ela implorasse e fizesse ameaças contra a sua vida, ele, pela primeira vez, não recuou e manteve a sua palavra, saindo de sua casa onde tinha vivido com Samantha nos últimos sete anos, deixando um passado para trás. Sophie se mudou para a casa da filha, estava preocupada com a saúde mental da filha, p
O sol brilhava do lado de fora da sala de aula, mas dentro da mente de Valentina, uma tempestade começava a se formar. Tudo estava bem até segundos atrás, ela estava sentada em sua cadeira, rabiscando pequenas flores no canto de seu caderno enquanto ouvia a professora explicar a atividade e de repente, o mundo ao seu redor ficou distante.O som das vozes desapareceu, o lápis escorregou de sua mão quando uma sensação esmagadora tomou conta de seu peito.Um medo intenso. Uma angústia profunda, desconhecida, mas tão real quanto o ar que ela respirava. Seus dedinhos apertaram a borda da carteira com força.— Joshua…Seu nome surgiu em sussurro, mas a sensação que veio com ele foi como um grito.Ela não sabia explicar, mas sabia que algo estava errado. O medo de Joshua era o seu medo. A dor dele era a sua dor.Seus olhos começaram a arder, a visão ficando turva pelas lágrimas que se formaram rapidamente.Seu pequeno corpo começou a tremer e seu coração acelerou.— Valentina? — a voz suave
O dia havia começado como qualquer outro. Reuniões, contratos, decisões importantes. Mas um telefonema foi o suficiente para que tudo ao redor perdesse sentido.Jacob estava na empresa, tentando manter a concentração nos números e documentos à sua frente, mas sua mente estava inquieta. O telefonema de Anthony, logo cedo, ainda ecoava em sua cabeça.— Já desembarquei no Canadá. Assim que eu deixar minha mala no hotel, irei até o endereço da enfermeira.Essas palavras martelavam em sua mente sem parar. Ele sabia que estava muito próximo da verdade, mas será que estava pronto para ouvi-la?O que realmente aconteceu naquela noite de 13 de outubro?Um frio percorreu sua espinha, como um presságio de que algo ainda pior estava por vir.E veio.A porta de sua sala foi aberta abruptamente. A expressão de sua secretária fez o sangue de Jacob gelar no mesmo instante.O rosto dela estava pálido, os olhos arregalados de pavor.— Senhor Lancaster… — ela hesitou, a voz embargada pelo medo.O coraçã
Liam dirigia como se o próprio inferno estivesse em seu encalço. O carro cortava as ruas da cidade em alta velocidade, os faróis iluminando o caminho, cada segundo era precioso demais para ser desperdiçado. Dentro do veículo, o silêncio era denso, quase sufocante. Kaleb e Liam trocavam olhares preocupados, mas nenhum dos dois dizia uma palavra. Qualquer tentativa de amenizar a situação seria inútil.Jacob estava imóvel no banco do passageiro, sua inquietação era evidente. Seus dedos tremiam levemente enquanto passavam pelos cabelos, puxando-os para trás, como se a dor física pudesse, de alguma forma, aliviar o caos dentro dele. Seu peito subia e descia rapidamente, sua respiração era entrecortada, quase ofegante. O medo esmagava seus ombros, uma sombra gélida apertando seu coração.— Jacob… — Liam começou, sua voz baixa, tentando ao menos arrancar uma reação do amigo.Ele sequer piscou. Estava ali, mas não estava. Sua mente já havia corrido para o hospital, para o quarto onde Joshua
A chuva castigava Londres naquela noite, transformando as ruas em espelhos d’água que refletiam o brilho frio dos relâmpagos. Os trovões ressoavam como um aviso sombrio, como se o próprio universo tentasse alertar sobre o que estava prestes a acontecer.Dentro da maternidade, os corredores estavam agitados. Médicos entravam e saíam das salas de parto, enfermeiras corriam para lá e para cá, os gritos de mulheres em trabalho de parto se misturavam ao som da tempestade.Naquele hospital, duas mulheres estavam prestes a dar à luz. Duas mães, dois destinos… e um segredo que jamais poderia ser revelado.Luna HarrisonO grito escapou dos meus lábios assim que outra contração intensa rasgou meu corpo. Eu me contorcia na maca, segurando o lençol com força enquanto as enfermeiras me levavam às pressas para a sala de parto.— Respire, Luna. Está indo bem, logo seus bebês estarão nos seus braços. — disse o médico ao meu lado, tentando manter a calma.Mas eu não conseguia. Era cedo demais, muito ce
Dizem que na vida só temos a certeza da morte. Mas eu tinha outra: A de que meu destino havia mudado para sempre. Um ano e três meses atrás...— Ele abusou de mim, pai. Eu… eu…PlaftSinto o rosto arder pelo tapa que levei no rosto, mas nada se compara a dor que sinto dentro do peito. Meu pai, aquele que deveria me proteger das mazelas do mundo, cuidar de mim, não acreditava no que eu dizia. — Você é uma dissimulada e mentirosa como sua mãe. Thomás jamais faria isso com você, Luna. Como você pode… saia da minha casa, a partir de hoje não é mais minha filha! Encaro a figura alta bem diante de mim. O homem de cabelos loiros iguais aos meus, seus olhos verdes sempre me lembravam um par de esmeraldas. Não consigo exteriorizar a dor dilacerante que corta minha alma. Sem dizer uma única palavra, dei às costas e saí daquela casa. A casa que pertenceu à minha mãe, onde fui feliz até meus oito anos, depois disso o destino cruel levou a levou, vítima de câncer de mama. Eu saí sem levar nad
Existe um ditado que diz “Palavras confortam a mais profunda dor”. Eu discordo, acredito que um abraço envolvente,sincero, vale mais que mil palavras. Saio da ponte de Westminster correndo e deixo o homem que acabou de me impedir de fazer uma burrada para trás. “Meu Deus, o que eu ia fazer?”Não posso dar fim à minha vida, preciso ser forte e sobreviver a tudo isso, não por mim, mas pela memória de minha mãe! Fecho o sobretudo no meu corpo e vou para o único lugar onde sei que serei acolhida: a casa da minha melhor amiga, Kate. Desde pequena somos melhores amigas, apesar das tentativas da minha madrasta de nos afastar. Segundo ela, Kate não era do meu “nível social”, tolice. Sempre duvidei dos verdadeiros sentimentos de Ingrid em relação ao meu pai. Não que fossemos ricos mas, comparado a ela, tínhamos uma condição de vida muito superior. Depois da morte da minha mãe, passados seis meses, ela chegou na nossa casa. Quando a vi, pensei que pudesse amá-la como uma mãe, mas a decepção
Jacob Alexander LancasterÉ incrível como sua vida é capaz de mudar de uma hora para outra, em fração de segundos, principalmente quando existe dinheiro envolvido. O relógio marcava sete da noite, mas eu ainda estava preso na minha sala, encarando a cidade iluminada pela vista panorâmica do meu escritório. Meu maxilar ainda estava tenso, e a caneta em minha mão girava entre os dedos em um movimento automático.Eu estava puto.As palavras do meu pai ainda ecoavam na minha mente, irritantes e constantes, como uma maldita martelada. “Você tem que pensar na imagem da empresa, Jacob. Você precisa de estabilidade. Precisa de uma esposa.”Soltei uma risada seca, amarga e repeti:--- Precisa de uma esposa.Como se casamento fosse uma maldita estratégia de marketing.Fechei os olhos, respirando fundo. Meu pai e seu sócio estavam determinados a forçar essa união para promover minha imagem no mercado internacional. Investidores tradicionais valorizavam líderes com “vida pessoal estável”, e, ap