— Podemos falar de outras coisas. — Ele ficou me olhando por algum tempo.Liz— Como o quê?— Não sei, sua infância, ou, sei lá... — Ele riu. — Só sei que você dá aula de Direito Civil e é da máfia. Fora essas coisas, não sei mais nada sobre você — terminei de falar em um fôlego só, e começamos a comer.Após finalizarmos nosso jantar em silêncio, ele não tentou nenhuma gracinha.— Já está tarde — disse, tirando a mesa. Olhei no visor do meu celular e vi que eram quase 3h da manhã.— Pode deixar aí, amanhã eu limpo — comentei.— Liz, quem é o seu vizinho? — Ele franziu o cenho ao perguntar.— O Patrick.— Patrick?— Sim, o amigo do John e seu também. — O maxilar dele travou. — Aconte...— Não, pode deixar que eu termino — ele me interrompeu, e, em seguida, estendeu as mangas da camisa, preparando-se para lavar a louça. — Vá descansar para o seu almoço de amanhã. — Estava de costas para mim. — Ou melhor, de hoje.Como ele sabia?— Você podia ter ficado com a boca fechada e ter tornado
Liz— Henry? — Mirou-me. — Faz amor comigo? — Pude ver o brilho em seus olhos com o meu pedido. Talvez eu esteja sendo fraca, ou até mesmo muito boba, mas precisava dele, precisava dos seus toques e dos seus beijos. Precisava senti-lo dentro de mim, e aquilo era tudo o que eu precisava e queria.— Eu te amo — falou, voltando a me beijar.Sua língua pedia passagem de uma forma rígida e urgente, e me deixei levar pelo seu beijo. Ele me segurou, me guiando em direção à minha cama, mas não me deixou sentar, eu continuava de pé.Henry depositou beijos em meu pescoço, e com apenas um movimento, tirou o meu vestido, jogando-o no chão. Naquele momento, parou, e ficou observando o meu corpo.— O que foi? — A maneira que ele me olhava me deixou sem graça.— É que... — Continuei a fitá-lo. — Essa lingerie ficou esplêndida no seu corpo! — disse aquilo e voltou a beijar o meu pescoço.Uma de suas mãos brincava com o meu seio por cima do sutiã, fazendo carinho em ambos, ao passo que a outra escorre
LizA claridade do sol batia em minha face, o que tornava difícil abrir meus olhos. Mesmo assim, sabia que o dia estava lindo lá fora.Henry estava ao meu lado, dormindo profundamente.Seu braço ainda permanecia ao redor da minha cintura, fazendo com que eu sentisse preguiça de me levantar.Por mim, ficaria ali com ele e aproveitaria o dia todo em seus braços. Bosta! Lembrei de súbito do almoço com o Martin.Tirei as mãos do Henry do meu corpo e me levantei com cuidado, para não o acordar.Pego meu celular e olhei no visor, vendo que já eram quase 10h da manhã. Olhei para o Henry e fiquei tentada a voltar para cama, mas precisava ir ao mercado.Levantei, fiz minha higiene e tomei um banho rápido. Aproveitando que estava quente, pus um vestido curto, todo florido e com o fundo rosa, além de uma rasteirinha cor de creme. Também prendi meu cabelo em um coque frouxo.Ao finalizar, Henry ainda dormia igual a uma pedra.Coloquei a cafeteira para passar o café, e catei minha carteira, celula
LizHenry me contou tudo sobre o seu passado, e me senti muito mais aliviada com o seu desabafo. Agora, conseguia entender a bagagem que o acompanhava.Após a conversa, ele me ajudou a limpar o apartamento, e tinha rosas por toda parte.— Depois do casamento, você se muda — Henry contou enquanto caminhava em direção porta, o acompanhando.— Sim, senhor. — Ele parou, me dando um beijo na testa. — Vê se consegue resolver tudo com o Martin... — Me envolveu em seu abraço. — Fale que você desistiu do divórcio. — Ah, e a Mandy? — Começou a rir.— Ela foi apenas para te fazer ciúmes. Inclusive, tenho que parar com isso, pois tem momentos que sou pior que um adolescente. — Gargalhou, se afastando.— Ainda bem que você sabe. — Eu só sei que você tem um poder sobre mim. — Segurou meu rosto entre suas mãos. — Que eu não sei o que é, e não sei controlar... — Fez uma pausa. — Isso faz com que eu tenha atitudes pouco aceitáveis. — Você precisa se controlar... — falei sendo severa.— Você preci
LizAssim que cheguei em casa, fui para o meu quarto guardar meu vestido. Após isso, deitei na cama, peguei meu celular e decidi mandar uma mensagem para o Henry.[Eu, hoje às 18h22]: Tá aí? [Henry, hoje às 18h22]: Pra você, sim.[Eu, hoje às 18h23]: Meu convidado desistiu de ir ao casamento.[Henry, hoje às 18h23]: Uau![Eu, hoje às 18h23]: Por quê? Não era o que você queria?![Henry, hoje às 18h24]: Pensei que seria mais difícil.[Eu, hoje às 18h24]: Ele é uma boa pessoa.[Henry, hoje às 18h24]: Podemos apresentar a Mandy para ele.[Eu, hoje às 18h25]: Não gosto dela.[Henry, hoje às 18h25]: Eu sei. ): ): ): Amanhã passo aí às 17h, pode ser?[Eu, hoje à, 18h26]: Estava pensando...[Henry, hoje às 18h26]: ?[Eu, hoje às 18h27]: Você poderia dormir aqui essa noite.[Henry, hoje às 18h27]: Tentador o seu convite, mas eu tenho que levar o Hendrick a um bar. É a despedida de solteiro dele, e ainda tenho que terminar algumas coisas no escritório.[Eu, hoje às 18h28]: *Mandei um emoticon c
LizO dia tão esperado havia chegado, e Henry estava lá embaixo me esperando, ao passo que estava descendo no elevador.As portas do elevador se abriram e lá estava ele, encostado no capô do carro, com as pernas cruzadas. Uma de suas mãos foi para dentro do bolso da sua calça do terno azul-marinho, e seu cabelo encontrava-se penteado para trás.Gente, estava sem fôlego, ele estava lindo!— Você não vem? — disse assim que percebeu a minha presença. Eu estava parada dentro do elevador, admirando a sua beleza.Sorri para ele, indo em sua direção.— Você está linda — elogiou, colocando uma de suas mãos em minha cintura e me puxando para um beijo. — Ainda bem que tem bem pouco convidado.— Por quê? — O fitei. — Não quero ninguém cobiçando a minha esposa. — Sorriu.— Senhora — falou, me soltando e abrindo a porta do carona.— Obrigada — comentei, fechando a minha porta e andando em direção à porta.Ele entrou no carro, ligou o som e, em seguida, colocou uma música do Bruno Mars, Just The W
Liz— Chegou o momento da dança dos noivos! — a cerimonialista anunciou no alto-falante.Eles seguiram em direção à pista de dança e começaram a tocar a valsa. Minutos depois, o restante dos convidados iniciou a dança.— Me acompanha? — Henry disse, gentil.— Eu não sei dançar.— Por favor. — Suplicou.— Eu vou pisar no seu pé. — Fiz uma careta para ele.— Eu não ligo — falou, rindo.Por fim, acabei dançando com o Henry, mas acabei pisando algumas vezes em seus pés, só que mesmo assim não desistiu.Após um tempo, chegou tão esperado momento da Sam jogar o buquê.*** Henry ***Os dias foram passando e ainda estava tentando me aproximar da Liz. Decidi fazer uma surpresa para ela, antes precisava conversar com Sam, pedir sua ajuda, não queria que nada desse errado.Enquanto esperava que Liz e Sam se desgrudassem por um minuto naquela festa, me peguei lembrando o motivo do meu distanciamento.— Henry! — Hendrick me chamou.Eu estava no meu escritório em casa, pensando em tudo o que já ti
Liz— Isso é seu — disse, colocando o anel no meu dedo. — Gostou?— É maravilhoso. — As lágrimas voltaram a escorrer pelo meu rosto.— Não fique assim — Henry falou, secando-as. — São lágrimas de alegria. — Sorri. — Eu não imaginava que você estava falando tão sério sobre recomeçar.— Liz, eu te amo, e quero provar que estou disposto a mudar. — Envolveu-me em seu abraço. — Só precisamos marcar uma data.— Uma data? — Sim, por mim, pode ser amanhã mesmo. — Saí do seu abraço, o fitando. — O seu aniversário é daqui a dois meses...— Você se lembra? — indagou, receoso.— É claro que sim. Podemos nos casar em Nova Iorque, ou nos casamos aqui e depois voltamos para lá... — Ele parecia indeciso.— Não gosta daqui?— Eu gosto... mas, eu não sei...— Sabe que terei que vir para cá com uma certa frequência por causa da máfia, né? Ainda mais agora, que não sei se o Hendrick vai continuar me ajudando. — Eu sei, e não me importo de vir com você todas as vezes que precisar. — Então ficamos aqu