Liz— Olha, Henry... — Olhou-me e sentou no lugar que eu tinha indicado. — Você veio aqui para conversar comigo ou para interrogar meus convidados?— Precisamos conversar! — Fitou-me.— Que bom! — Dei um meio sorriso para o Henry. — Antes vamos terminar o nosso café — disse, voltando a olhar o Patrick, que estava mais branco que uma folha de papel.— Preciso ir, Liz, tenho alguns assuntos pra resolver! — Pegou o celular do bolso e encarou o visor.Tinha certeza de que ele estava mentindo, e que a presença do Henry o deixava nervoso.— Aconteceu alguma coisa?— Problemas no serviço.— Tudo bem, então. — Ele se levantou. — Te acompanho até a porta.— Não precisa.— Que isso, faço questão! — Henry segurou minha mão quando ameacei levantar, e lancei-lhe um olhar mortal.— Até a próxima — Patrick falou, indo em direção à porta.— Obrigada pela toscana — gritei antes que ele desaparecesse do meu campo de visão. — Quer café? — perguntei para o Henry, que apenas fez sinal negativo com a cabeç
Liz— O que você me diz, Liz? — Ana perguntou ansiosa.Algumas horas atrás, Sam nos buscou de carro para vir ver como vai a decoração e mais algumas coisas.— O quê? — No mundo da lua de novo? — Ana riu. — Sobre os gogos boys, será que a Sam vai gostar?Sim, eu estava no mundo da lua, um que se chamava Henry McNight. Estava pensando sobre a sua proposta. Não sabia se devia aceitar, mas sabia que estava com saudades dos seus toques, carícias e da maneira como transávamos ou fazíamos amor. Ele era o meu estresse e minha calmaria ao mesmo tempo.Só queria que ele fosse menos confuso e mais verdadeiro. Tinha momentos que acreditava que ele me amava, já em outros não.— O que vocês estão cochichando? — Saí do meu transe quando a Sam chamou nossa atenção.Ela estava com a moça que faria a decoração, da despedida de solteira que acabou se tornando um chá de lingerie com gogos boys. Estávamos no salão onde iria acontecer a festa, e vimos que nos fundos dele foi montado um bar. Toda a decor
LizApós uns minutos que os meninos foram embora, continuávamos nos divertindo no karaokê, mas agora só as garotas.July, que era prima da Sam, estava cantando Love On Top, Beyoncé, e estava chocada com o quanto a voz dela era muito linda.— Depois dela é a gente — Ana gritou, bem alegre. — Vamooooos! — Puxou-me pelo braço e fomos em direção ao palco.Ela tentou colocar outra música, e não sabia bem qual era. Não conseguia ler, só acabei descobrindo qual era quando começou a tocar. Era a Tutu, Camilo com Pedro Capó. Aquela música me lembrava de Nova Iorque, e eu e o Petter sempre cantávamos quando ele me levava para a faculdade.Depois do karaokê, Sam abriu seus presentes e tomamos mais algumas doses de tequila. A noite era maravilhosa. Já era quase uma da manhã quando decidimos ir embora, e precisava confessar que estava exausta.— Obrigada por tudo, meninas. — Sam nos abraçou, animada. — Nos vemos amanhã? — Ainda não sei. — Ela arqueou uma das suas sobrancelhas e colocou uma das m
— Podemos falar de outras coisas. — Ele ficou me olhando por algum tempo.Liz— Como o quê?— Não sei, sua infância, ou, sei lá... — Ele riu. — Só sei que você dá aula de Direito Civil e é da máfia. Fora essas coisas, não sei mais nada sobre você — terminei de falar em um fôlego só, e começamos a comer.Após finalizarmos nosso jantar em silêncio, ele não tentou nenhuma gracinha.— Já está tarde — disse, tirando a mesa. Olhei no visor do meu celular e vi que eram quase 3h da manhã.— Pode deixar aí, amanhã eu limpo — comentei.— Liz, quem é o seu vizinho? — Ele franziu o cenho ao perguntar.— O Patrick.— Patrick?— Sim, o amigo do John e seu também. — O maxilar dele travou. — Aconte...— Não, pode deixar que eu termino — ele me interrompeu, e, em seguida, estendeu as mangas da camisa, preparando-se para lavar a louça. — Vá descansar para o seu almoço de amanhã. — Estava de costas para mim. — Ou melhor, de hoje.Como ele sabia?— Você podia ter ficado com a boca fechada e ter tornado
Liz— Henry? — Mirou-me. — Faz amor comigo? — Pude ver o brilho em seus olhos com o meu pedido. Talvez eu esteja sendo fraca, ou até mesmo muito boba, mas precisava dele, precisava dos seus toques e dos seus beijos. Precisava senti-lo dentro de mim, e aquilo era tudo o que eu precisava e queria.— Eu te amo — falou, voltando a me beijar.Sua língua pedia passagem de uma forma rígida e urgente, e me deixei levar pelo seu beijo. Ele me segurou, me guiando em direção à minha cama, mas não me deixou sentar, eu continuava de pé.Henry depositou beijos em meu pescoço, e com apenas um movimento, tirou o meu vestido, jogando-o no chão. Naquele momento, parou, e ficou observando o meu corpo.— O que foi? — A maneira que ele me olhava me deixou sem graça.— É que... — Continuei a fitá-lo. — Essa lingerie ficou esplêndida no seu corpo! — disse aquilo e voltou a beijar o meu pescoço.Uma de suas mãos brincava com o meu seio por cima do sutiã, fazendo carinho em ambos, ao passo que a outra escorre
LizA claridade do sol batia em minha face, o que tornava difícil abrir meus olhos. Mesmo assim, sabia que o dia estava lindo lá fora.Henry estava ao meu lado, dormindo profundamente.Seu braço ainda permanecia ao redor da minha cintura, fazendo com que eu sentisse preguiça de me levantar.Por mim, ficaria ali com ele e aproveitaria o dia todo em seus braços. Bosta! Lembrei de súbito do almoço com o Martin.Tirei as mãos do Henry do meu corpo e me levantei com cuidado, para não o acordar.Pego meu celular e olhei no visor, vendo que já eram quase 10h da manhã. Olhei para o Henry e fiquei tentada a voltar para cama, mas precisava ir ao mercado.Levantei, fiz minha higiene e tomei um banho rápido. Aproveitando que estava quente, pus um vestido curto, todo florido e com o fundo rosa, além de uma rasteirinha cor de creme. Também prendi meu cabelo em um coque frouxo.Ao finalizar, Henry ainda dormia igual a uma pedra.Coloquei a cafeteira para passar o café, e catei minha carteira, celula
LizHenry me contou tudo sobre o seu passado, e me senti muito mais aliviada com o seu desabafo. Agora, conseguia entender a bagagem que o acompanhava.Após a conversa, ele me ajudou a limpar o apartamento, e tinha rosas por toda parte.— Depois do casamento, você se muda — Henry contou enquanto caminhava em direção porta, o acompanhando.— Sim, senhor. — Ele parou, me dando um beijo na testa. — Vê se consegue resolver tudo com o Martin... — Me envolveu em seu abraço. — Fale que você desistiu do divórcio. — Ah, e a Mandy? — Começou a rir.— Ela foi apenas para te fazer ciúmes. Inclusive, tenho que parar com isso, pois tem momentos que sou pior que um adolescente. — Gargalhou, se afastando.— Ainda bem que você sabe. — Eu só sei que você tem um poder sobre mim. — Segurou meu rosto entre suas mãos. — Que eu não sei o que é, e não sei controlar... — Fez uma pausa. — Isso faz com que eu tenha atitudes pouco aceitáveis. — Você precisa se controlar... — falei sendo severa.— Você preci
LizAssim que cheguei em casa, fui para o meu quarto guardar meu vestido. Após isso, deitei na cama, peguei meu celular e decidi mandar uma mensagem para o Henry.[Eu, hoje às 18h22]: Tá aí? [Henry, hoje às 18h22]: Pra você, sim.[Eu, hoje às 18h23]: Meu convidado desistiu de ir ao casamento.[Henry, hoje às 18h23]: Uau![Eu, hoje às 18h23]: Por quê? Não era o que você queria?![Henry, hoje às 18h24]: Pensei que seria mais difícil.[Eu, hoje às 18h24]: Ele é uma boa pessoa.[Henry, hoje às 18h24]: Podemos apresentar a Mandy para ele.[Eu, hoje às 18h25]: Não gosto dela.[Henry, hoje às 18h25]: Eu sei. ): ): ): Amanhã passo aí às 17h, pode ser?[Eu, hoje à, 18h26]: Estava pensando...[Henry, hoje às 18h26]: ?[Eu, hoje às 18h27]: Você poderia dormir aqui essa noite.[Henry, hoje às 18h27]: Tentador o seu convite, mas eu tenho que levar o Hendrick a um bar. É a despedida de solteiro dele, e ainda tenho que terminar algumas coisas no escritório.[Eu, hoje às 18h28]: *Mandei um emoticon c