LizApós um tempo, Henry sumiu com a tal da Mandy, e Pedro e Ana voltaram para o hotel que estavam hospedados.Eu estava na cozinha com a Sam, guardando as taças, e o Hendrick conversava com o Martin na sala.— Vai me contar o que aconteceu no banheiro? — Merda, Sam! — falei num tom de brincadeira. — Achei que você já tinha esquecido. — Ela riu.— Fala!— Eu quero a metade da máfia...— Por quê?— Eu não sei. — Respirei fundo. — Na verdade, sabia sim, eu quero dar o troco nele.— Mas você não sabe o que fazer, e nem ao menos administrar essas coisas. — Eu sabia que era verdade. — E olha que quase te mataram, e ainda nem sabemos o motivo disso...— Eu sei, eu sei! — rebati, impaciente.— E se você morrer? E se fizerem alguma emboscada? Ou se... se... — começou a falar sem parar.— Fique calma. — A abracei. — Pensei em contratar alguém para me ajudar.— Sabe que eles não vão aceitar qualquer um, né?! E o que isso tem a ver com o que aconteceu no banheiro?— Tirando que ele me deu um or
LizEra quase nove da manhã quando acordei. Hoje era a despedida de solteira da Sam e tinha que ajudá-la nos preparativos finais.Ergui-me, fiz minha higiene pessoal, vesti um short jeans preto, uma regata rosa e um Keds preto. Enquanto passei meu café, fiz umas torradas e preparei um bolo de caneca.Sentei no sofá e apreciei o meu café da manhã, aproveitando a vista da janela da sala.Fiquei pensando na proposta do Henry, no Martin e no quanto ele estava me fazendo bem...Também pensei na morte dos meus pais, se realmente foi proposital ou sei lá o quê.Não sabia exatamente em quem confiar, e sentia saudades da minha antiga vida.Saí do meu devaneio quando a campainha tocou. Achei estranho, pois o porteiro não me avisou nada.Fui até a porta, e quando abri era o Patrick. Pela primeira vez, ele estava todo despojado. Das outras vezes em que eu o vi, ele sempre usava terno, mas agora vestia um calção de pano mole, marrom, e uma camiseta florida com o fundo branco, além de sandálias ma
Liz— Olha, Henry... — Olhou-me e sentou no lugar que eu tinha indicado. — Você veio aqui para conversar comigo ou para interrogar meus convidados?— Precisamos conversar! — Fitou-me.— Que bom! — Dei um meio sorriso para o Henry. — Antes vamos terminar o nosso café — disse, voltando a olhar o Patrick, que estava mais branco que uma folha de papel.— Preciso ir, Liz, tenho alguns assuntos pra resolver! — Pegou o celular do bolso e encarou o visor.Tinha certeza de que ele estava mentindo, e que a presença do Henry o deixava nervoso.— Aconteceu alguma coisa?— Problemas no serviço.— Tudo bem, então. — Ele se levantou. — Te acompanho até a porta.— Não precisa.— Que isso, faço questão! — Henry segurou minha mão quando ameacei levantar, e lancei-lhe um olhar mortal.— Até a próxima — Patrick falou, indo em direção à porta.— Obrigada pela toscana — gritei antes que ele desaparecesse do meu campo de visão. — Quer café? — perguntei para o Henry, que apenas fez sinal negativo com a cabeç
Liz— O que você me diz, Liz? — Ana perguntou ansiosa.Algumas horas atrás, Sam nos buscou de carro para vir ver como vai a decoração e mais algumas coisas.— O quê? — No mundo da lua de novo? — Ana riu. — Sobre os gogos boys, será que a Sam vai gostar?Sim, eu estava no mundo da lua, um que se chamava Henry McNight. Estava pensando sobre a sua proposta. Não sabia se devia aceitar, mas sabia que estava com saudades dos seus toques, carícias e da maneira como transávamos ou fazíamos amor. Ele era o meu estresse e minha calmaria ao mesmo tempo.Só queria que ele fosse menos confuso e mais verdadeiro. Tinha momentos que acreditava que ele me amava, já em outros não.— O que vocês estão cochichando? — Saí do meu transe quando a Sam chamou nossa atenção.Ela estava com a moça que faria a decoração, da despedida de solteira que acabou se tornando um chá de lingerie com gogos boys. Estávamos no salão onde iria acontecer a festa, e vimos que nos fundos dele foi montado um bar. Toda a decor
LizApós uns minutos que os meninos foram embora, continuávamos nos divertindo no karaokê, mas agora só as garotas.July, que era prima da Sam, estava cantando Love On Top, Beyoncé, e estava chocada com o quanto a voz dela era muito linda.— Depois dela é a gente — Ana gritou, bem alegre. — Vamooooos! — Puxou-me pelo braço e fomos em direção ao palco.Ela tentou colocar outra música, e não sabia bem qual era. Não conseguia ler, só acabei descobrindo qual era quando começou a tocar. Era a Tutu, Camilo com Pedro Capó. Aquela música me lembrava de Nova Iorque, e eu e o Petter sempre cantávamos quando ele me levava para a faculdade.Depois do karaokê, Sam abriu seus presentes e tomamos mais algumas doses de tequila. A noite era maravilhosa. Já era quase uma da manhã quando decidimos ir embora, e precisava confessar que estava exausta.— Obrigada por tudo, meninas. — Sam nos abraçou, animada. — Nos vemos amanhã? — Ainda não sei. — Ela arqueou uma das suas sobrancelhas e colocou uma das m
— Podemos falar de outras coisas. — Ele ficou me olhando por algum tempo.Liz— Como o quê?— Não sei, sua infância, ou, sei lá... — Ele riu. — Só sei que você dá aula de Direito Civil e é da máfia. Fora essas coisas, não sei mais nada sobre você — terminei de falar em um fôlego só, e começamos a comer.Após finalizarmos nosso jantar em silêncio, ele não tentou nenhuma gracinha.— Já está tarde — disse, tirando a mesa. Olhei no visor do meu celular e vi que eram quase 3h da manhã.— Pode deixar aí, amanhã eu limpo — comentei.— Liz, quem é o seu vizinho? — Ele franziu o cenho ao perguntar.— O Patrick.— Patrick?— Sim, o amigo do John e seu também. — O maxilar dele travou. — Aconte...— Não, pode deixar que eu termino — ele me interrompeu, e, em seguida, estendeu as mangas da camisa, preparando-se para lavar a louça. — Vá descansar para o seu almoço de amanhã. — Estava de costas para mim. — Ou melhor, de hoje.Como ele sabia?— Você podia ter ficado com a boca fechada e ter tornado
Liz— Henry? — Mirou-me. — Faz amor comigo? — Pude ver o brilho em seus olhos com o meu pedido. Talvez eu esteja sendo fraca, ou até mesmo muito boba, mas precisava dele, precisava dos seus toques e dos seus beijos. Precisava senti-lo dentro de mim, e aquilo era tudo o que eu precisava e queria.— Eu te amo — falou, voltando a me beijar.Sua língua pedia passagem de uma forma rígida e urgente, e me deixei levar pelo seu beijo. Ele me segurou, me guiando em direção à minha cama, mas não me deixou sentar, eu continuava de pé.Henry depositou beijos em meu pescoço, e com apenas um movimento, tirou o meu vestido, jogando-o no chão. Naquele momento, parou, e ficou observando o meu corpo.— O que foi? — A maneira que ele me olhava me deixou sem graça.— É que... — Continuei a fitá-lo. — Essa lingerie ficou esplêndida no seu corpo! — disse aquilo e voltou a beijar o meu pescoço.Uma de suas mãos brincava com o meu seio por cima do sutiã, fazendo carinho em ambos, ao passo que a outra escorre
LizA claridade do sol batia em minha face, o que tornava difícil abrir meus olhos. Mesmo assim, sabia que o dia estava lindo lá fora.Henry estava ao meu lado, dormindo profundamente.Seu braço ainda permanecia ao redor da minha cintura, fazendo com que eu sentisse preguiça de me levantar.Por mim, ficaria ali com ele e aproveitaria o dia todo em seus braços. Bosta! Lembrei de súbito do almoço com o Martin.Tirei as mãos do Henry do meu corpo e me levantei com cuidado, para não o acordar.Pego meu celular e olhei no visor, vendo que já eram quase 10h da manhã. Olhei para o Henry e fiquei tentada a voltar para cama, mas precisava ir ao mercado.Levantei, fiz minha higiene e tomei um banho rápido. Aproveitando que estava quente, pus um vestido curto, todo florido e com o fundo rosa, além de uma rasteirinha cor de creme. Também prendi meu cabelo em um coque frouxo.Ao finalizar, Henry ainda dormia igual a uma pedra.Coloquei a cafeteira para passar o café, e catei minha carteira, celula