HenryAssim que desliguei o celular, enviei uma mensagem com o endereço do bar para ele e fui direto para lá.Depois de uns vinte minutos, cheguei ao local. Para minha surpresa, meu irmão já estava lá.— Irmãozinho... — falou, vindo ao meu encontro. — Já estava com saudades. — Nos abraçamos.— Vejo que já começou a festa sem mim. — Já estava bebendo.— Você demorou.— Foi o tran... — Perdi a fala quando vi a Liz sentada em uma mesa com suas amigas. Ela se levantou e seguiu em direção ao bar, que era onde eu e o Hendrick estávamos. Ela usava um vestido rosa na altura das suas coxas torneadas, um decote em U que já me deixava aceso, e estava sem maquiagem, mas perfeita.Ela usava um salto super alto, que proporcionava uma elegância no seu jeito de caminhar. E aqueles cabelos longos me deixavam louco só de me imaginar puxando-os.— Perde... — Hendrick também não terminava a frase, e observava a Liz comigo. — Quem é ela?— Liz, minha esposa. — Não a de vestido rosa, a de saia preta. — Nã
Henry— Como você sabia que esse era o carro dele? — Ana perguntou, curiosa.— É-é... qu... — Liz ficou toda corada.— Não acredito que o Hendrick disse que esse carro era dele? — falei risonho.— É, ele tinha comentado que tinha um Porsche amarelo, mas fiquei na dúvida quando ele falou que estava sem carro! — disse, e ficou esperando pela resposta da Ana.— Ele sempre se acha assim? — Ana perguntou para mim.— Às vezes, e olha que ele nem precisa de tudo isso.— Tenho certeza de que não — Ana pronunciou.— Vamos, entrem, meninas! — Fiquei do lado da porta do motorista, e Ana e Liz ficaram de pé do outro lado.— Pode ir à frente, Liz, e desço antes que você — Ana falou.— Vamos, está frio. — Ana sentou no banco de trás, obrigando Liz a ficar ao meu lado.Ana e eu conversamos o caminho todo, mas Liz não disse um “A”, e ficou o tempo todo com o olhar perdido.— Está entregue! — Obrigada, Henry — falou, jogando um beijo em minha direção. — Tchau, Liz. — Mas minha garota não prestava ate
LizFui obrigada a contar para o Pedro sobre a minha história e a do Henry, como se nós dois tivéssemos uma história juntos.Claro que Pedro ficou revoltado com os meus pais, ele até insinuou que eles me venderam para um homem rico, mas aquilo não fazia muito sentido, pois herança por herança, eu também era milionária.No jantar, resolvi provocar o Henry, mas só fiz aquilo pelo fato dele não saber o que queria. Disse que me queria longe, e depois ficou me elogiando. Que merda aquele homem tinha na cabeça?!Depois do jantar, na hora que todos se despediram, Ana não demorou para fazer um comentário maldoso.— Até eu fiquei com um pouco de nojo com aquela melação da Britney com o Henry. — Todos nós rimos da cara que Ana fez.— Posso levar vocês para casa — Pedro falou.— Pode ser — Ana respondeu.— Então eu vou com você e Liz vai com Pedro — Sam disse.— Não precisa se incomodar, Pedro, eu vou com as meninas — falei para ele.— Tenho que passar na casa do Igor, ou seja, o caminho é o mes
LizA claridade que vinha da janela me atingiu, e me virei, percebendo que Henry não estava mais ao meu lado.Será que ele tinha ido para a faculdade? Só aí lembrei que era sábado.Sentei-me na cama e senti um enjoo. Será que eu tinha bebido demais na noite passada?! Corri para o banheiro e vomitei. Lavei o meu rosto e minha boca, procurando por uma escova de dentes, mas, para minha sorte, tinha uma na embalagem, acreditava que ele não ia se importar se eu a usasse.Terminei minha higiene e fui para o seu closet, que não era nada diferente da sua antiga casa. Aproveitei para pegar uma camiseta dele, que mais parecia um vestido em mim. Procurei por minha bolsa e peguei o meu celular. Fui para a cozinha e senti o cheiro do café, que embrulhava o meu estômago. Fiquei parada na entrada, o observando, aproveitando que ele vestia apenas um calção cinza e estava sem camisa.Ele se virou e me olhou daquele jeito que eu amava. — Bom dia! — Sorri, indo em sua direção e encostando os nossos lá
LizOlhos verdes e um pouco musculoso. Ele usava um terno preto, que me fazia lembrar do Henry, além de seus traços trazerem tal semelhança. — Meu Deus! Que gato! — Sam comentou, animada. — Preciso o conhecer.— Quer ir até lá? — Ana perguntou.— Vou esperar um pouco, ele acabou de chegar, vai que está esperando alguém.— Isso é verdade — Ana e eu falamos juntas.— Mas ele é um gato, hein?!Voltamos a conversar, e Sam não tirou os olhos dele.Algum tempo depois, vi o Henry passando por aquela porta e senti que ficava sem ar só em vê-lo. Ele foi em direção ao cara bonito que estava lá.— Viu? — Ana disse. — Ele estava esperando o professor.— Será que eles são irmãos ou primos? — Sam perguntou, curiosa.— Sei lá — respondi, mas continuei observando-os. — Podemos ir comprar as bebidas agora.— Isso. — Sam estava toda agitada. — Venham.— Você não vem, Ana? — falei quando ela não se levantou.— Não, vão vocês.Percebi que eles ficavam nos encarando e sustentei o seu olhar até chegar be
LizAcordei no meio da madrugada com fome e senti uma mão pesada na minha cintura. Ao mesmo tempo, lembrei que tinha uma fatia de bolo de chocolate na geladeira. Tirei a mão do Henry de cima de mim, com cuidado, para que ele não acordasse. Peguei o meu robe e desci bem devagar para não fazer barulho.Assim que cheguei à cozinha, fui direto para a geladeira, catei um copo de leite e a fatia de bolo que tinha lá.Sentei na ilha e comi. E como estava maravilhoso! O enjoo voltou, mas respirei fundo e fechei meus olhos, me negando a vomitar o bolo incrível.— Vai me contar o que está acontecendo? — Levei um susto quando ouvi a voz do Henry. Abri meus olhos e encarei o bolo.— Do que você está falando? — Fingi demência quando ele se sentou ao meu lado.— Você está estranha. — Senti seu olhar sobre mim e voltei a comer o meu bolo. — E você está passando mal e emagrecendo do nada.— Não estou emagrecendo.— Está, sim. Você está doente? — Continuou, ignorando-o. — Liz, olha para mim, porra! —
Liz— Eu sou da máfia — continua, me encarando. — E não era para você ter se casado comigo.— E com quem era? — Eric.— Eu não o conheço.— Ele trabalhava com seu pai. — Fez uma pausa. — Era um grande amigo meu, fomos criados e treinados juntos. Eric era o meu tutor, e por uma brincadeira de criança, começou a me chamar de tio, então ficou assim. As pessoas até acreditavam que eu era seu tio. — Respirou fundo. — Ele sempre gostou de estar na máfia, sempre amou desafios e sempre achava que estar no meio do perigo o deixava vivo. Com o tempo, ele veio para Nova Iorque e conheceu os seus pais.— Mas eu não me lembro dele... — E realmente não lembrava, nunca tinha ouvido falar dele.— Ele começou a trabalhar com eles em uma das empresas que você tem, e depois que os seus pais morreram, ele morreu logo em seguida. — Meu coração doía só de lembrar da perda dos meus pais, da falta que eles me faziam. — Eu vim para cá assim que soube da morte, e fiquei transtornado. — Uma lágrima começou a s
LizAbri meus olhos com uma pequena dificuldade, já que a claridade ainda me incomodava muito. Henry estava sentado na cadeira ao lado da cama em que eu estava, e sua cabeça estava em cima das minhas pernas, com uma das suas mãos segurando a minha.Tentei mexer minha mão, ou um dos meus dedos, o desespero começou a tomar conta, tentei mexer meus pés e nada de responderem ao meu comando. Tentei mais uma, duas, três, quatro vezes, e nada. Sentia que tinha alguma coisa na minha boca, mas não conseguia falar. Senti minha garganta seca, precisava de água, mas ninguém entrava e Henry não acordava.Fiquei lá, parada, com os olhos abertos, esperando que o Henry acordasse ou que alguém entrasse por um longo período de tempo.Alguém abriu a porta, e para minha alegria, era uma enfermeira.— Signora McNight? — falou em italiano, e não consegui entender.Não acredito que estamos na Itália.Ela saiu do quarto e Henry acordou quando ela bateu a porta. Ele passou as mãos no rosto, e seu cabelo, que