AdonisComeço a abrir alguns caixotes e a aprecio as frutas e as iguarias que darão sabor aos novos pratos do bistrô. Na cozinha, o aroma dos molhos já começam a se espalhar pelo ambiente e o meu coração salta de satisfação. Eu amo fazer essa parte. Mexer com os alimentos, criar e deixar a imaginação fluir, é como uma arte. Misturar os sabores e as cores e no final ver o sorriso satisfeito de quem degustou e soube apreciar com elegância cada sabor encontrado ali. Porém, com o movimento do bistrô aumentando, não posso mais me aventurar aqui na cozinha, então fico só com a parte criativa e passo para os meus profissionais as mais novas artes da degustação. — O pêssego é uma fruta tão linda, não é? A sua pele aveludada é tão delicada, mas a maciez da sua carne adocicada é de dar água na boca. — A voz da Tina se faz ouvir na minha cozinha. Olho ao meu redor e vejo que os homens continuam fazendo seus trabalhos, sem dar importância a presença da garçonete aqui dentro. Olho para trás, para
Flávia Pego o décimo quinto teste e encaro a caixa em minhas mãos, puxando uma respiração pesada. Quando suspeitei da gravidez, fiz a Agnes comprar algumas caixas e eu não sei por quê, mas todos eles me dizem a mesma coisa.— Ora vamos Flávia, quantos testes mais você precisa fazer para aceitar que está…— Não diga essa palavra! — Corto a minha amiga sem tirar os meus olhos do objeto. Ela bufa se jogando no sofá do quarto de hotel. — Farei até que um deles me conte a verdade. Eu não estou você sabe o que, porque eu tive os devidos cuidados para não ficar, você sabe o que — rosno impaciente.— Evitar dizer a palavra não mudará em nada, Flávia Simões. — Ela rebateu. — Não seja covarde, porque você nunca foi uma. Qual o problema em ficar…— Agnes Ferraço, se você disser essa palavra, eu prometo que esgano você! — berro jogando algumas almofadas nela e me levanto do sofá.— Eu desisto! — Agnes ralhou e começou a andar para fora do cômodo.— Onde você vai? — indaguei encarando a minúscula
Flávia— Bom dia! — Agnes disse plena e maravilhosa, vestida em um roupão de seda branco. — Nossa, você está horrível! — falou com um leve ar de riso no canto da boca. De onde estou lhe apontei o meu dedo em riste.— Não me provoque Agnes Ferraço. Eu tive uma noite de cão na privada do meu quarto de hotel e não vou engolir as suas insinuações. — Ela riu e eu revirei os olhos pra ela. Nojenta! Peguei o meu celular que estava largado na minha frente, sobre o tampo de vidro da mesa e comecei a mexer na minha agenda. Mesmo olhando fixamente para o aparelho, podia vê-la se servir de uma xícara de café e pôr dois torrões de açúcar dentro dele. Ela mexeu lentamente a colherinha dentro da xícara e eu senti que os seus olhos estavam em cima de mim. Então ela levou a xícara a sua boca, tomou um pequeno gole e em seguida saboreou o café francês.— Vai ligar para o Oliver? — perguntou quando o meu dedo indicador seguiu apontando para o seu número em minha agenda.— Não. — respondi passando três n
Petrus Ela geme gostoso quando sente o gelo escorregando por sua barriga sequinha. O corpo inteiro estremecendo bem diante dos meus olhos. Ergo o meu corpo e olho as mãos presas as algemas no espaldar da cama, seus olhos vendados com uma fita larga de seda vermelha e sua boca entre aberta, soltando um ar sôfrego. Simone está completamente sobre o meu domínio, sobre o meu poder. Ela é policial, deveria ter esse poder em suas mãos, mas sente prazer em ser dominada por mim e eu confesso que amo ter o poder em minhas mãos. Levo a pedra de gelo para a minha boca e inclino o meu corpo, para beijar a sua pele, o seu corpo. No ato, a pedra toca sua pele, que se arrepia, fazendo o meu pau se contorcer dentro do meu jeans surrado.— Petrus. — Ela sussurra de uma maneira sôfrega e arrastada, mas eu simplesmente a ignoro. Quero levá-la ao extremo, fazê-la sentir o melhor orgasmo da sua vida, apenas com a minha boca e falando em boca. A minha continua descendo pelos seios, que agora estão rígidos
PetrusQuando abri os meus olhos percebi o quarto todo escuro. Porra, escureceu! Não era para isso ter acontecido. Era para Simone dormir e eu poder sair sem ter que lhe dar mais explicações. O celular começou a vibrar em cima do criado mudo e eu o peguei antes que ela acordasse.— Fala — disse o mais baixo possível, pois não queria que ela me escutasse.— A mina tá pirando aqui, véi! Eu não sei mais o que fazer. — Félix disse agoniado.— Deve ser devido às drogas que ela não está consumindo. Ela está amarrada? — sussurrei olhando na direção da cama, me certificando de que Simone ainda dormia.— Está, mas parece que vai espumar feito cachorro doente a qualquer momento. — Cospe as palavras irritado. Respiro fundo.— Relaxa, Félix! Isso faz parte do processo. Me avisa quando ela estiver sóbria — peço.— Ela falou o tempo todo em um tal de Adam e não para de falar no Sniph. A garota não está falando coisa com coisa, cara — interpele. Bufo baixinho e olho para cama outra vez. — Ok, estou
KellEu estou vendo, mas eu não estou acreditando no que vejo. Pode um carinha ser tão lindo e tão gostoso como o Lipe e ainda ser atencioso e carinhoso e, ao mesmo tempo, tão infantil? Estou rindo por dentro, enquanto assisto à Carolina e a Natália se divertindo com o meu namorado como nunca se divertiram na vida. Como elas mesmas disseram; a melhor babá do mundo!Estou na cozinha da minha casa, preparando alguns bolinhos de chocolate a moda da casa, enquanto a minha irmã e a minha prima estão maquiando o meu namorado e fazendo um tipo de penteado ridículo em seus cabelos e o detalhe, o meu namorado parece estar amando a brincadeira dessas duas. Ligo a batedeira e me abaixo para pegar algumas forminhas em baixo do balcão e quando ergo o meu corpo, encontro o Lipe do outro lado, parecendo uma mocreia desengonçada. Pressiono os lábios, segurando uma boa risada.— Ele não ficou lindo, Kell? — Naty perguntou com os olhos brilhantes, esperando algum elogio da minha parte. Para piorar a mi
KellA escolha do filme foi algo além de inusitado, foi surpreendente. Saímos um pouco do tema das princesas da Disney e assistimos uma maravilhosa aventura de robôs. A Carol e a Naty amaram a escolha ao ponto de não sentir sono em nenhum momento.— Podemos assistir só mais um? — Nathalia pediu quase como uma súplica.— Você sabe as regras, Naty — falei com um tom sério e ela fez uma carinha de choro.— Ok, nós até vamos para a cama, mas o Lipe vai nos contar uma história. — Carol praticamente exigiu. Olhei para o meu namorado, com um sorriso bobo, que eu não consegui evitar e ele deu de ombros.— Tudo bem — Concordei, até porque eu tinha uma pequena bagunça para organizar. — Mas vê lá, hein? Vê se não abusa muito. É só uma história e depois dormir. — disse com um leve tom autoritário e os observei sumirem, depois que alcançaram o topo da escadaria. Suspirei olhando a nossa pequena bagunça de pratos e copos na mesinha de centro e comecei a tirá-los, levando tudo de volta para a cozin
Kell— Tudo bem — respondi baixinho, feliz por ele pensar em mim com tamanho cuidado. Ele sorriu, parecia aliviado com a minha resposta.— Se importa se assistirmos à mais um filme? — Sugeriu e eu dei ombros. — E eu adoraria outro bolinho daqueles — pediu, fazendo o meu sorriso se ampliar.— Eu adoraria — falei referente ao filme e quando pensei em levantar-me e ir até à cozinha, ele segurou a minha mão me impedindo de sair do lugar.— Isso não quer dizer que não podemos nos beijar, ou trocar algumas carícias — sussurrou com a voz rouca e eu suspirei baixinho, o beijando em seguida.— Não, não quer — concordei em sua boca e depois me afastei e fui para cozinha como se pisasse nas nuvens.**** Dias depois…Escuto os sons das risadas das meninas animadas em minha cama, quando a Marina abre a sua bolsa e derrama alguns objetos em cima do colchão. Olho para todos eles completamente extasiada. Pego um objeto pequeno e cilíndrico com algum tipo de controle e o olho tentando entender aquilo