PetrusQuando abri os meus olhos percebi o quarto todo escuro. Porra, escureceu! Não era para isso ter acontecido. Era para Simone dormir e eu poder sair sem ter que lhe dar mais explicações. O celular começou a vibrar em cima do criado mudo e eu o peguei antes que ela acordasse.— Fala — disse o mais baixo possível, pois não queria que ela me escutasse.— A mina tá pirando aqui, véi! Eu não sei mais o que fazer. — Félix disse agoniado.— Deve ser devido às drogas que ela não está consumindo. Ela está amarrada? — sussurrei olhando na direção da cama, me certificando de que Simone ainda dormia.— Está, mas parece que vai espumar feito cachorro doente a qualquer momento. — Cospe as palavras irritado. Respiro fundo.— Relaxa, Félix! Isso faz parte do processo. Me avisa quando ela estiver sóbria — peço.— Ela falou o tempo todo em um tal de Adam e não para de falar no Sniph. A garota não está falando coisa com coisa, cara — interpele. Bufo baixinho e olho para cama outra vez. — Ok, estou
KellEu estou vendo, mas eu não estou acreditando no que vejo. Pode um carinha ser tão lindo e tão gostoso como o Lipe e ainda ser atencioso e carinhoso e, ao mesmo tempo, tão infantil? Estou rindo por dentro, enquanto assisto à Carolina e a Natália se divertindo com o meu namorado como nunca se divertiram na vida. Como elas mesmas disseram; a melhor babá do mundo!Estou na cozinha da minha casa, preparando alguns bolinhos de chocolate a moda da casa, enquanto a minha irmã e a minha prima estão maquiando o meu namorado e fazendo um tipo de penteado ridículo em seus cabelos e o detalhe, o meu namorado parece estar amando a brincadeira dessas duas. Ligo a batedeira e me abaixo para pegar algumas forminhas em baixo do balcão e quando ergo o meu corpo, encontro o Lipe do outro lado, parecendo uma mocreia desengonçada. Pressiono os lábios, segurando uma boa risada.— Ele não ficou lindo, Kell? — Naty perguntou com os olhos brilhantes, esperando algum elogio da minha parte. Para piorar a mi
KellA escolha do filme foi algo além de inusitado, foi surpreendente. Saímos um pouco do tema das princesas da Disney e assistimos uma maravilhosa aventura de robôs. A Carol e a Naty amaram a escolha ao ponto de não sentir sono em nenhum momento.— Podemos assistir só mais um? — Nathalia pediu quase como uma súplica.— Você sabe as regras, Naty — falei com um tom sério e ela fez uma carinha de choro.— Ok, nós até vamos para a cama, mas o Lipe vai nos contar uma história. — Carol praticamente exigiu. Olhei para o meu namorado, com um sorriso bobo, que eu não consegui evitar e ele deu de ombros.— Tudo bem — Concordei, até porque eu tinha uma pequena bagunça para organizar. — Mas vê lá, hein? Vê se não abusa muito. É só uma história e depois dormir. — disse com um leve tom autoritário e os observei sumirem, depois que alcançaram o topo da escadaria. Suspirei olhando a nossa pequena bagunça de pratos e copos na mesinha de centro e comecei a tirá-los, levando tudo de volta para a cozin
Kell— Tudo bem — respondi baixinho, feliz por ele pensar em mim com tamanho cuidado. Ele sorriu, parecia aliviado com a minha resposta.— Se importa se assistirmos à mais um filme? — Sugeriu e eu dei ombros. — E eu adoraria outro bolinho daqueles — pediu, fazendo o meu sorriso se ampliar.— Eu adoraria — falei referente ao filme e quando pensei em levantar-me e ir até à cozinha, ele segurou a minha mão me impedindo de sair do lugar.— Isso não quer dizer que não podemos nos beijar, ou trocar algumas carícias — sussurrou com a voz rouca e eu suspirei baixinho, o beijando em seguida.— Não, não quer — concordei em sua boca e depois me afastei e fui para cozinha como se pisasse nas nuvens.**** Dias depois…Escuto os sons das risadas das meninas animadas em minha cama, quando a Marina abre a sua bolsa e derrama alguns objetos em cima do colchão. Olho para todos eles completamente extasiada. Pego um objeto pequeno e cilíndrico com algum tipo de controle e o olho tentando entender aquilo
Flávia Deus do céu, havia me esquecido de como é bom fazer as pazes com o Oliver! O homem tem uma pegada que, Deus me livre! Não, não me livre não, pelo amor de Alá! O fato é que desde que desci daquele avião e vi o meu deus-grego-do-olimpo com cara de quem comeu e não gostou, segurando um imenso buquê de lírios-brancos, eu me derreti todinha. Esqueci completamente o motivo real da nossa briga. Esqueci toda a raiva e quase me esqueci da sementinha também, se não fosse os enjoos seguidos de uma sessão de vômitos após três horas de “ais” e “uis” na cama com meu marido. Preciso me lembrar de brigar mais com ele, porém, não pensem que eu me esqueci de fazê-lo pagar por me engravidar outra vez. Definitivamente não vou engravidar sozinha, mas não vou mesmo.— O que você está assistindo? — Ele pergunta assim que sai do banheiro cheirando a loção pós barba e se acomoda ao meu lado, debaixo dos lençóis. Preciso mencionar a pele deliciosamente fresca e perfumada? Ou o corpo delicioso e comestí
Flávia— Agnes, me ajuda por favor! — pedi entrando bruscamente na sala da minha amiga e sem pedir licença. Puxei uma cadeira e me sentei bem na sua frente. Ela me lançou um olhar estranho… estranho demais para o meu gosto.— Salvar você de quê? — perguntou. Comecei a mexer nas minhas mãos de modo frenético.— Não sei… de mim mesma, da minha cama, do gostoso do Oliver. — Comecei a enumerar, apontando cada dedo meu.— Faz dias que eu não te vejo por aqui. Você está bem? — inquire e olha rapidamente a tela do seu computador.— Não, eu não estou bem! — respondo quase que em desespero. Ela tirou os olhos do computador e me encarou especulativa.— Náuseas? — indagou. Puxei a respiração.— Também. — Agnes me olhou diminuto e com as sobrancelhas unidas.— Já sei, não consegue dormir bem a noite. A gravidez está te incomodando. — Jogou mais uma sugestão e eu rolei os olhos para a minha amiga.— Também.— Mas não é muito cedo para incomodar? — questionou e eu bufei de modo audível.— Não estou
Oliver— Hummm, que gostosa! Que macia! Que delícia! — digo sentindo a maciez da cama me recebendo por inteiro. Meus olhos se fecharam rápido e me agradeceram por isso. Dormir… Eu preciso dormir. Meu Deus, confesso que fiquei radiante com a nova gravidez da Flávia, juro! Contudo, os hormônios da mulher e toda aquela ideia de desejos vão me matar antes do nascimento do nosso filho! Começo a sentir a deliciosa sensação do sono me levando para bem longe e o meu corpo inteiro relaxando de uma forma contagiante. Solto um gemido apreciativo e depois um suspiro prazeroso. Obrigado mamãe! Resmunguei baixinho.— Oliver? — Uma voz estrondosa começou a me chamar ao longe. Eu relevo, jogando o som lá para trás da minha mente e me viro satisfeito, tentando reconectar o meu sono de beleza outra vez. — Acorda, Oliver! — A voz gritou.— Agora não mamãe, só mais um pouquinho, por favor! — pedi com um tom arrastado e preguiçoso na voz, quase ressonando mesmo e segurei a sua mão, a beijando sem seque
Simone Se você leu o livro Cinquenta Tons de Cinza, faz uma ideia do que é ter Petrus Borbolini na cama. O seu jeito autoritário, o olhar intimidante, as mãos pesadas e determinadas pegando em todas as partes do meu corpo. Meu Deus, eu nunca me imaginei em uma situação como essa. E saber que quando eu li o livro, me irritei pra cacete com a tal da Ana Steel por deixar aquele gostoso Christian Grey ter tanto domínio sobre ela. Oh, meu Deus, estou pagando com a minha língua literária e confesso que estou rindo por dentro, porque essa porra toda é uma delícia! É um tal de senta aqui, pega ali, agacha, levanta e quando ele me amarra e faz aquelas proezas dos infernos? Se tem algo mais quente do que o fogo, é esse mesmo que está me rasgando por dentro. Não é exatamente um BDSM. Não, não é. Mas isso tudo é tão provocante, envolvente, atraente quanto. O Petrus é mandão, sem ser machista. É pervertido, sem ser ordinário. É perverso, sem praticar qualquer tipo de violência e cada gesto domin