Flávia Deus do céu, havia me esquecido de como é bom fazer as pazes com o Oliver! O homem tem uma pegada que, Deus me livre! Não, não me livre não, pelo amor de Alá! O fato é que desde que desci daquele avião e vi o meu deus-grego-do-olimpo com cara de quem comeu e não gostou, segurando um imenso buquê de lírios-brancos, eu me derreti todinha. Esqueci completamente o motivo real da nossa briga. Esqueci toda a raiva e quase me esqueci da sementinha também, se não fosse os enjoos seguidos de uma sessão de vômitos após três horas de “ais” e “uis” na cama com meu marido. Preciso me lembrar de brigar mais com ele, porém, não pensem que eu me esqueci de fazê-lo pagar por me engravidar outra vez. Definitivamente não vou engravidar sozinha, mas não vou mesmo.— O que você está assistindo? — Ele pergunta assim que sai do banheiro cheirando a loção pós barba e se acomoda ao meu lado, debaixo dos lençóis. Preciso mencionar a pele deliciosamente fresca e perfumada? Ou o corpo delicioso e comestí
Flávia— Agnes, me ajuda por favor! — pedi entrando bruscamente na sala da minha amiga e sem pedir licença. Puxei uma cadeira e me sentei bem na sua frente. Ela me lançou um olhar estranho… estranho demais para o meu gosto.— Salvar você de quê? — perguntou. Comecei a mexer nas minhas mãos de modo frenético.— Não sei… de mim mesma, da minha cama, do gostoso do Oliver. — Comecei a enumerar, apontando cada dedo meu.— Faz dias que eu não te vejo por aqui. Você está bem? — inquire e olha rapidamente a tela do seu computador.— Não, eu não estou bem! — respondo quase que em desespero. Ela tirou os olhos do computador e me encarou especulativa.— Náuseas? — indagou. Puxei a respiração.— Também. — Agnes me olhou diminuto e com as sobrancelhas unidas.— Já sei, não consegue dormir bem a noite. A gravidez está te incomodando. — Jogou mais uma sugestão e eu rolei os olhos para a minha amiga.— Também.— Mas não é muito cedo para incomodar? — questionou e eu bufei de modo audível.— Não estou
Oliver— Hummm, que gostosa! Que macia! Que delícia! — digo sentindo a maciez da cama me recebendo por inteiro. Meus olhos se fecharam rápido e me agradeceram por isso. Dormir… Eu preciso dormir. Meu Deus, confesso que fiquei radiante com a nova gravidez da Flávia, juro! Contudo, os hormônios da mulher e toda aquela ideia de desejos vão me matar antes do nascimento do nosso filho! Começo a sentir a deliciosa sensação do sono me levando para bem longe e o meu corpo inteiro relaxando de uma forma contagiante. Solto um gemido apreciativo e depois um suspiro prazeroso. Obrigado mamãe! Resmunguei baixinho.— Oliver? — Uma voz estrondosa começou a me chamar ao longe. Eu relevo, jogando o som lá para trás da minha mente e me viro satisfeito, tentando reconectar o meu sono de beleza outra vez. — Acorda, Oliver! — A voz gritou.— Agora não mamãe, só mais um pouquinho, por favor! — pedi com um tom arrastado e preguiçoso na voz, quase ressonando mesmo e segurei a sua mão, a beijando sem seque
Simone Se você leu o livro Cinquenta Tons de Cinza, faz uma ideia do que é ter Petrus Borbolini na cama. O seu jeito autoritário, o olhar intimidante, as mãos pesadas e determinadas pegando em todas as partes do meu corpo. Meu Deus, eu nunca me imaginei em uma situação como essa. E saber que quando eu li o livro, me irritei pra cacete com a tal da Ana Steel por deixar aquele gostoso Christian Grey ter tanto domínio sobre ela. Oh, meu Deus, estou pagando com a minha língua literária e confesso que estou rindo por dentro, porque essa porra toda é uma delícia! É um tal de senta aqui, pega ali, agacha, levanta e quando ele me amarra e faz aquelas proezas dos infernos? Se tem algo mais quente do que o fogo, é esse mesmo que está me rasgando por dentro. Não é exatamente um BDSM. Não, não é. Mas isso tudo é tão provocante, envolvente, atraente quanto. O Petrus é mandão, sem ser machista. É pervertido, sem ser ordinário. É perverso, sem praticar qualquer tipo de violência e cada gesto domin
SimoneNão é tão difícil acordar sorrindo ultimamente. Por incrível que pareça, Petrus tem o seu lado príncipe encantado. Ele adquiriu o hábito de me acordar com beijos, com uma bandeja de café da manhã na cama e também com uma rosa, desde que estamos juntos. Confesso que estou com medo de toda essa felicidade. Nunca foi tão fácil dormir e acordar sorrindo, ou ser beijada com tanta paixão por um homem perfumado em sua cama tão cedo assim. Tipo, eu já tentei, confesso. Tinha certeza de que isso jamais aconteceria de verdade entre nós, apesar da minha insistência em não desistir desse homem e acredite, não consegui ter com outros namorados o que eu tenho com ele hoje. É como se fôssemos feitos um para o outro. Como se as peças se encaixassem com uma perfeição singular.— Bom dia, preguiçosa! — Ele diz. Até essa voz rouca e grossa ao mesmo tempo é incrível e de alguma forma mexe comigo. Sorrio lânguida e maravilhada.— Bom dia! — digo abrindo os meus olhos e me virando para encontrá-lo e
Adonis — Confesso que cheguei a sonhar com essa gravidez. Porra, quando o Oliver disse que tinha que ser você. — Sorri. Agnes mexeu em meu cabelo com carinho e um sorriso lindo se abriu pouco a pouco em sua boca. Então ela suspirou.— Queria mesmo ter outro bebê?— E você não?— Serei sincera com você, não cogitei essa possibilidade. — Me virei de frente para a minha esposa e fechei os meus olhos, depois beijei calidamente a pontinha do seu nariz, depois a olhei nos olhos.— Já pensou, outra garotinha correndo dentro dessa casa? — Suspirei quase sonhador e sorri quando escutei o som da sua risada baixinha.— Ou um garotinho. Um mini Adonis correndo em casa. — Devaneou. Puta que pariu, um menino! Um lindo e esperto menino. Inicio uma nova sessão de beijos e ela sem hesitar, envolveu os meus ombros, se entregando aos beijos carinhosos e gemeu baixinho em seguida.— Que tal começarmos a treinar agora? — sussurrei ainda em sua boca e ela voltou a rir.— Agora? — Seus olhos brilharam de e
Adonis— Pai, eu não sou mais criança! — Carol reclamou rindo da minha brincadeira.— Ah, não? Minha nossa, não percebi quando você cresceu. — ralhei enquanto fungava no seu pescoço, arrancando mais risadas da minha filha.— Mas eu cresci e já sou quase uma adolescente. — resmungou ainda sorrindo.— Hum, deixe-me ver, acredita em papai Noel? — perguntei quando começamos a descer as escadas.— Claro que sim!— Hum! E em coelho da páscoa?— Dooooh, também, né?— Sério?— Sim! O que há de errado com você?— Nada, senhorita quase adolescente. Vamos tomar café da manhã? — A pus de volta no chão assim que chegamos à sala e ela correu em direção à cozinha. Confesso que sentir um grande alívio, ao perceber que ainda existia um pouquinho de criança em sua alma. Não sei se aguentaria outra adolescente trazendo um namorado à minha porta. Mas vou deixar ela pensar que é uma adolescente, por enquanto.— Onde você está? — indaguei assim que Oliver atendeu o telefone.— Chame a polícia, Oliver — ped
Simone A pior parte do trabalho de um policial, é quando você precisa tomar o depoimento de uma pessoa que não tem a menor capacidade de segurar as suas emoções. Olhar para a Sandy completamente arrasada, depois de segurar em seus braços o homem da sua vida quase morto, me deixou de coração partido, mas eu preciso fazer o meu trabalho. Aproximei-me calmamente da garota cabisbaixa e me sentei ao seu lado em um banco de hospital. Ela ergueu a cabeça para me olhar e eu encontrei uma mulher completamente devastada. Seu rosto estava inchado, seus olhos vermelhos e os lábios estavam trêmulos por conta do choro de horas. Eu nem precisei perguntar nada e ela já foi falando algo que me chamou atenção.— Não era para ser assim — disse com a voz embargada e baixa. — Ele só ia fazer mais uma vez e nós iríamos embora para bem longe daqui.— Fazer o que, Sandy? — perguntei calmamente. Ela fungou, puxou a respiração e mudou completamente sua fisionomia.— Eu contarei tudo pra você, Simone, mas quer