Amy acordou lentamente, o corpo ainda relaxado após o que havia sido um momento intenso com Marcus. A luz fraca do luar filtrava-se pelas cortinas, indicando que já era noite. Ela piscou algumas vezes, os olhos ajustando-se à escuridão suave do quarto, antes de perceber que Marcus não estava ao seu lado. A sensação de vazio ao seu lado na cama contrastava com o calor que ainda emanava do lençol, e por um instante, ela se sentiu perdida, como se a realidade a tivesse abandonado no momento em que seus olhos se abriram.Confusa, ela se sentou na cama, puxando a colcha para cobrir seu corpo nu enquanto seus pensamentos ainda estavam emaranhados com os eventos recentes. O quarto estava quieto, exceto pelo som suave do ar-condicionado e pelo leve murmúrio que vinha de algum lugar da casa. Por um momento, um leve sorriso brincou em seus lábios ao lembrar-se da maneira como Marcus a tinha segurado, como se ela fosse algo precioso, frágil, e ao mesmo tempo, algo que ele nunca queria soltar. Ma
Amy não conseguiu se segurar e, com um soluço, jogou-se nos braços da amiga, sentindo o peso de tudo que estava acontecendo finalmente desabar sobre ela.— Eu vi. — Zoe disse suavemente, enquanto acariciava os cabelos da amiga, tentando transmitir algum conforto. — Eu estava tentando te mandar mensagens, mas você não deve ter visto com tantas notificações. — Zoe encarou a amiga e olhou em direção à casa de Marcus, na esperança de que ele estivesse vindo. — Onde está Marcus?— Marcus não sabe... — Amy murmurou, a voz entrecortada pelo choro, o rosto pressionado contra o ombro de Zoe.— Ele ainda não viu as notícias? — A cantora balançou a cabeça negativamente.— Ele estava cozinhando quando sai, completamente alheio ao que está acontecendo. — Amy disse chorosa. — Eu fiquei com medo de encará-lo e ver a decepção em seu olhar.— O que pretende fazer? — Zoe perguntou, a voz calma e controlada, mas com uma preocupação palpável.Amy se afastou um pouco, limpando as lágrimas com a manga da c
Satisfeito com a resposta, Marcus sorriu e se afastou, caminhando em direção ao quarto onde Amy estava descansando. A noite tinha sido tranquila até então, mas uma parte de Marcus estava ansiosa para compartilhar a refeição que havia preparado. Ele queria aproveitar um momento em família, algo que não tinha feito há muito tempo.Quando chegou à porta do quarto, Marcus bateu levemente antes de girar a maçaneta. Ele entrou com um sorriso suave, pronto para acordar Amy, mas ao abrir a porta, foi recebido por um vazio inesperado. O quarto estava escuro, as cortinas fechadas, e não havia sinal de Amy.Confuso, Marcus acendeu a luz, esperando que talvez ela tivesse se levantado para ir ao banheiro ou pegar algo. No entanto, ao olhar ao redor do quarto, percebeu que as roupas, antes espalhadas pelo chão, já não estavam mais ali. O coração de Marcus começou a bater mais rápido, uma sensação de pânico crescendo em seu peito.— Amy? — chamou ele, a voz levemente trêmula.Sem resposta, Marcus se
— Senhor Caldwell. — Ethan chamou. — Eu sei que você está preocupado com ela, todos estamos. Mas Amy precisa de um tempo e você precisa respeitar.Tudo o que Marcus tinha lido nos comentários, imagens que ele sequer sabia como haviam sido tiradas e postadas, tudo aquilo o angustiava, pois pela primeira vez sentia que aquela doce menina podia estar desmoronando.Ao imaginar o quão assustada Amy poderia estar, Marcus sentia o peito doer e ser rasgado. Não conseguia ficar calmo com tudo aquilo, e não saber onde ela estava só piorava tudo aquilo.— Me digam. — Marcus implorou com a voz embargada. — Me digam onde ela está.— Marcus. — Zoe chamou a atenção de Marcus e sorriu levemente pegando em sua mão. — Ela está bem, em um lugar seguro. Mas deixa ela sozinha por um tempo, deixa ela respirar. Quando ela se sentir pronta, irá entrar em contato com a gente.Marcus estava paralisado. A dor e o desespero em seus olhos não podiam ser disfarçados, e o toque de Zoe em sua mão parecia insignifica
Amy acordou com uma sensação de peso sobre os ombros, como se o mundo ainda estivesse sobre ela. Seus olhos estavam secos, mas a dor ainda era tangível em seu peito. O quarto que um dia fora seu refúgio agora parecia estranho, desconfortável, como se não pertencesse mais àquele lugar, e ela se sentia deslocada em sua própria pele. Ao descer as escadas, Melissa estava na cozinha, preparando o café da manhã, e Charles, sentado à mesa, lhe deu um sorriso acolhedor, tentando não a pressionar.— Bom dia, filha. — Melissa disse suavemente, colocando uma xícara de chá diante dela.Amy não respondeu. Limitou-se a um leve aceno de cabeça, o que já era mais do que havia feito nos últimos cinco dias. Charles, percebendo que as palavras não eram a melhor forma de alcançá-la no momento, fez uma sugestão com um tom calmo.— O que você acha de passarmos o dia juntos hoje? — Ele perguntou, tentando encontrar uma maneira de trazê-la de volta à realidade, mesmo que por um breve momento. — Pensei em faz
Do lado de fora, Victoria observava Marcus com olhos determinados. Ela sabia que ele estava emocionalmente vulnerável, e essa era sua oportunidade de finalmente conquistá-lo. Nos últimos dias, tinha se tornado mais ousada, vestindo-se de maneira ainda mais provocante na tentativa de chamar sua atenção. No entanto, Marcus parecia cada vez mais distante, e a frustração de Victoria só aumentava. Naquele momento, ela decidiu agir.Com passos calculados, Victoria entrou no escritório sem bater e trancou a porta atrás de si, um clique suave que Marcus não ouviu por estar perdido na música. Ela o observou de costas, absorto, totalmente alheio ao que acontecia ao seu redor. Lentamente, Victoria começou a tirar sua roupa, deixando o vestido cair aos pés com um movimento lento e sensual. Agora, vestida apenas com uma lingerie preta rendada, ela caminhou em direção a ele, com a respiração acelerada pela antecipação.Marcus continuava imóvel, os olhos fixos na paisagem do lado de fora, a melodia
— Acorde para a realidade, Marcus! — Ela cuspiu as palavras com um tom ácido. — Você acha mesmo que aquela garotinha te ama? Que ela está com você porque é um homem incrível? — Ela soltou uma risada amarga. — Não seja ridículo. Ela está com você porque você é Marcus Caldwell, o famoso CEO, rico e influente. Um troféu para ela exibir. Mas agora que todos sabem sobre o vídeo, agora que a sociedade está contra esse relacionamento... você realmente acha que ela vai continuar com você? Ela vai te deixar, Marcus!Marcus permanecia em silêncio, os punhos cerrados ao lado do corpo, os olhos semicerrados, como se absorvesse cada palavra dela, tentando controlar a raiva que borbulhava dentro de si.— Ela vai te deixar porque você é vinte anos mais velho, viúvo, e ainda tem uma filha. Que mulher jovem e no auge da carreira vai querer isso? — Ela deu um passo à frente, sem noção do quão perto estava de ultrapassar os limites. — Você é patético se acha que tem alguma chance com alguém como ela. El
Amy segurava o copo de água com as mãos trêmulas, a dor no peito quase insuportável. O silêncio da sala parecia sufocá-la enquanto ela tentava encontrar as palavras certas. Seus lábios tremiam, mas ainda assim ela permanecia em silêncio, lutando contra a onda de emoções que ameaçava engoli-la.— Minha filha — Charles interveio suavemente, inclinando-se na poltrona ao lado —, não importa o que esteja acontecendo, você não precisa enfrentar isso sozinha. Estamos aqui, sempre estaremos. Mas precisamos que você nos deixe entrar. Você precisa confiar em nós.As lágrimas começaram a se formar nos olhos de Amy, e sua visão ficou turva. A pressão que ela tentava segurar finalmente parecia ceder um pouco. Ela engoliu em seco, a voz quase inaudível quando conseguiu finalmente falar.— Eu... eu só... — Ela tentou, mas as palavras saíam entrecortadas pela dor. — Eu sinto como se estivesse afundando e... não consigo mais sair. Não consigo escapar de tudo isso.Melissa e Charles trocaram olhares pr